por Teresa Mendonça, em 18.12.12
Caro esposo:
Está uma pessoa entretida a lidar com um maldito vírus respiratório que resolveu abancar cá em casa, quando, num intervalo de limpeza dos danos gastrointestinais colaterais (não me peçam detalhes, por favor), resolve ir ao blogue e se depara com um texto intitulado "
Então e eu?". Pois sobre o "Então e eu?" tenho eu então a dizer:
- Se nas 2.985.435 fotografias que temos desde que começámos a formar família eu estiver presente em 50, é uma sorte.
- Não se percebem as queixinhas sobre não aparecer nas fotografias, porque, de cada vez que saco da máquina para tirar uma, chovem comentários do tipo "devias guardar estes momentos no teu coração" (com acompanhamento de violinos) ou "pareces uma turista chinesa".
- Quando os nossos filhos crescerem e olharem para os álbuns de fotografias devem achar que são órfãos de mãe.
Devo então depreender que da próxima vez que estivermos em família, num daqueles momentos para mais tarde recordar, posso passar a máquina para as mãos do excelentíssimo esposo, pois estará entregue a um verdadeiro Gérard Castello-Lopes.