por Teresa Mendonça, em 12.06.13
Há uns tempos, o meu excelentíssimo esposo gozou
aqui comigo por uma certa manhã, em que saí de casa em passo de corrida com os três filhos em idade escolar atrás de mim, a porta de casa ter ficado aberta e ele só ter dado conta disso depois de ter tomado calmamente o seu pequeno-almoço e assistido às notícias da manhã. O esposo tinha toda a razão, mas havia um bom motivo para nos termos esquecido da porta aberta - pensávamos (ingenuamente) que atrás de nós ficaria um fidelíssimo pai a despedir-se da família.
Mas esquecimento com esquecimento se paga.
No domingo, quando íamos a caminho de Portalegre, precisámos de parar numa estação de serviço para meter gasóleo, tarefa que ficou a cargo do senhor pai. Quando já estava tudo pronto para partir, eu tive de sair do carro para procurar a chucha da Rita, que andava perdida no banco de trás, e eis senão quando... isto:
Isso mesmo. O homem da casa tinha deixado o depósito aberto, com a tampa meticulosamente encavalitada no tampão. Giro, não?
Sim, giro, mas não inédito. Há uns meses, íamos nós sossegadamente na autoestrada quando reparámos que todos os carros que passavam por nós desatavam a apitar, apontar e fazer sinais de luzes. Porquê? Pois é: vínhamos alegremente a despejar gasóleo pela A1.
E suspeito que não ficaremos por aqui. Depois de o papá se ter entretido a ensinar o Gui a abrir a janelinha das traseiras do carro (tem estado um calor insuportável e ele não resistiu...), agora não há dia em que o Gui - como seria de esperar - não abra a janela. Já fechá-la, é bastante mais complicado. E o papá também não se lembra nunca que aquele bocado de vidro não tem botão para subir e para descer. Portanto, se alguém quiser assaltar um carro nas nossas redondezas, é só procurar o monovolume da família
Star Wars...