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Há alguns anos recebemos uma carta da minha irmã Luísa, que vive na Irlanda, com o seu presente de Natal para nós: em nosso nome ela tinha mandado para uma zona do mundo muito carenciada (não me recordo especificamente qual) um lote de pintainhos de galinhas poedeiras, alimento e patrocínio para a construção de uma capoeira, e ainda formação para a manter.
Na altura não conhecíamos nenhum projecto similar em Portugal e fiquei curiosa e fascinada com a organização evangélica que teve esta e tantas outras ideias que ajudam muito concretamente populações em risco amparando-as no presente e preparando-lhes o futuro. Desde então, de cada vez que vejo um pintainho, fico a imaginar quantas centenas de ovos terão dado os pintainhos Mendonça Tavares que foram entregues e qual teria sido a sua descendência. Numerosa, com toda a certeza.
Em 2006 foi criada em Portugal uma iniciativa semelhante - Presentes Solidários - organizada pela Fundação Fé e Cooperação, que apoia zonas carenciadas de países lusófonos. Cada ano existe uma campanha com bens e produtos diferentes, consoante as necessidades identificadas das populações a apoiar, e desde então já pudemos oferecer alfaias agrícolas, galinhas e galos, bicicletas, material escolar e até vacas. A fundação transfere o montante angariado para os parceiros no terreno e são eles quem adquirem os respetivos bens nos mercados e serviços locais e os entregam. Podemos depois visualizar as fotos com a entrega dos bens e a sua utilização.
Este ano a campanha tem disponível, por exemplo, um pack de mesa e cadeira escolar para entregar em Timor-Leste, um livro itinerante em Cabo Verde, uma consulta de Pediatria em Moçambique, um bibe escolar em São Tomé e Príncipe ou uma consulta de Oftalmologia com entrega de uns óculos em Angola. Encomendar é super fácil e podemos personalizar as mensagens nos postais que entregaremos como presente e recebê-los por correio ou imprimi-los no aconchego do nosso lar (uma óptima opção para presentes de última hora).
É uma alternativa fantástica para oferecer no Natal, num ano em que, tal como na parábola do Bom Samaritano, não podemos ficar indiferentes à carência que nos rodeia. "Vai e faz tu também do mesmo modo." (Lc 10, 37)