por João Miguel Tavares, em 24.07.13
Um amigo meu que estava a ver televisão na noite de segunda-feira enviou-me esta mensagem por sms: "Uma noite de sonho para o espectador progressista: papa e príncipes." Mas como nem eu nem ele somos particularmente progressistas (eu mais do que ele, ainda assim), devo confessar que tenho gostado de tudo desde segunda-feira até hoje, muito em particular da forma como Kate e William apareceram à porta da maternidade para mostrar o seu bebé.
Eis as coisas de que gostei:
1. Gostei que mostrassem o bebé com pouco mais de um dia de vida. É certo que é suposto ele vir a ser rei de Inglaterra, e portanto em certa medida é um bebé de todos os ingleses, mas celebro quem ainda expõe os seus filhos numa altura em que, por causa da defesa da privacidade e de medos de sei lá o quê, as crianças vão aos poucos desaparecendo das câmaras e, por consequência, dos espaços públicos.
2. Gostei do casal, acho que eles estão mesmo felizes, e do ar nada cagão com que se apresentaram, com o pai, na hora da saída, a colocar a cadeirinha do bebé no carro e a ser ele próprio a conduzir. É ridículo fazer o elogio da normalidade, mas tratando-se de príncipes e princesas, parece-me significativo.
3. Gostei da Kate continuar boa como o milho, e de aparecer com um cabelo esvoaçante que parecia patrocinado pela Linic. Adoro mamãs.
4. Gostei sobretudo que ela já ali estivesse de pé ao fim de tão pouco tempo, e que exibisse orgulhosamente a sua barriga pós-parto, ainda que num lindíssimo vestido azul e branco. Não houve aquela vergonha do "se calhar ainda não estou muito apresentável", ou "só apareço daqui a dois meses já no topo da minha forma", ou então "vou pôr um grande casaco para não se perceber que a minha pança ainda está super-inchada". Tudo ao natural. Bravo.
Em resumo, neste meu pequeno post cor-de-rosa, diria que começaram muito bem, sim senhor. Com sorte, William aprendeu com os papás tudo aquilo que não devia fazer quando crescesse. Às vezes essa é mesmo a melhor das lições.