Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Um leitor escreveu: O leite não é a maior fonte de cálcio disponível, não sendo necessariamente essencial à dieta de uma criança (como muitos meninos e meninas intolerantes à lactose que nem por isso deixam de crescer saudáveis o comprovam). Até amêndoas e sementes de sésamo têm mais cálcio do que o leite (e ambos podem ser incluídos facilmente em pães ou até bolachas caseiras - em que se controla os açúcares e nem por isso deixam de ser atractivas para os mais pequenitos.)
E ainda outro, a respeito de um post em que uma mãe se preocupava por o filho não gostar de leite: O pequeno parece comportar-se como os restantes mamíferos conhecidos. Ao que parece somos os únicos que insistem em continuar, e até obrigar-nos, a beber leite de outros bichos.
Nos últimos anos têm sido muito acesas as discussões e debates sobre se o leite é ou não um alimento saudável para os humanos, em especial para as crianças. Os argumentos de um e outro lado da questão são múltiplos e por vezes extremados e pouco simpáticos (ou não fossem os nomes dos pobres animais que produzem o dito cujo - vacas e cabras - propícios a trocadilhos deselegantes). Por decreto, quando nos referimos a leite alimentar estamos a falar de leite de vaca. Quando queremos falar de leite de cabra ou outros temos que especificar a origem.
Como há muitos pontos importantes a discutir, divido a discussão em dois posts.
Comecemos pelos argumentos contra a ingestão: que há alimentos mais ricos em cálcio do que o leite, que somos a única espécie que bebe leite depois da infância e a única que bebe leite proveniente de outra espécie, que o leite contém hormonas que são administradas às vacas para crescerem mais rapidamente, que a maior parte dos lacticínios é pasteurizada e que esse processo destrói as proteínas do leite, que é homogeneizada e isso desnatura as proteínas e torna o leite mais difícil de digerir, que o leite tem mais colesterol que o bacon, que as vacas são alimentadas com milho e soja geneticamente modificados, restos de animais, pesticidas e antibióticos, que existe maior incidência de fracturas osteoporóticas em países com elevado consumo de produtos lácteos, que quem consome produtos animais tem um cemitério de bichos no estômago, e por aí adiante.