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Eh pá, sabem o que é que era mesmo fixe? Era eu estar casado com uma médica, e ela também ter um blogue tipo Pais de Quatro, estão a ver? Assim poderia discutir a questão das vacinas, dar a sua opinião informada, e tal. Seria tão proveitoso para os leitores do blogue... Enfim, sonhar não custa, não é?
Ontem ao final da tarde fui com os quatro miúdos ao Centro de Saúde de Alvalade para uma consulta com o nosso médico (e enfermeira) de família. A Rita, a Carolina e o Gui levaram todos vacinas. Até eu levei - só o Tomás é que escapou. Todos resistiram heroicamente às agulhas, excepto o Gui, que estava calmíssimo, até escutar a seguinte frase dita pela enfermeira Susana a um jovem estagiário, perante uma seringa em preparação:
- Agora vamos tirar o ar.
A enfermeira Susana estava obviamente a referir-se à seringa, mas o Gui passou-se:
- Vão tirar-me o ar! Vão tirar-me o ar! Eu não quero que me tirem o ar!
E explicar-lhe que não era ele que iria ficar sem ar, mas sim a seringa, e que as vacinas não tiram o ar a ninguém? O rapaz não acreditava. Tive mesmo de o agarrar à força, se não não sairíamos dali.
Depois de levar a pica, olhou muito espantado para toda a gente, com aquele seu ar de "o quê?, mas afinal era só isto? E a falta de ar?". Juro que parecia uma cena retirada do Calvin & Hobbes. Só faltou o tigre.