por João Miguel Tavares, em 25.01.13
Em relação ao caso
Liliana, o Tribunal de Sintra emitiu uma nota de esclarecimento, que pode ser encontrada
aqui. Convém lê-la com atenção. A minha principal dúvida neste momento - e era isso que jornalistas e responsáveis pelo processo deveriam tentar esclarecer - é quanto aos timings da decisão, na medida em que a casa e a família que agora aparecem nas reportagens parecem (e sublinho várias vezes o "parecem") ter condições para acolher as crianças. O eterno pecado da justiça portuguesa - pecado esse que em relação a menores se transforma numa pura e simples obscenidade - é a demora na análise e decisão dos casos. Ou seja, era fundamental sabermos se a decisão de Maio de 2012 foi proferida tendo em conta a situação presente daquela mãe ou a situação passada. Agora, de uma coisa tenho cada vez menos dúvidas: o caso Liliana está muito mal contado, e convém percebermos o que está em causa antes de começarmos a opinar apaixonadamente com base em peças de três minutos na televisão.