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Não sei se é só cá em casa, mas desde os primórdios da nossa família que quando a supervisão do entrajamento matinal dos miúdos é feita pelo pai, o resultado traz sempre uma surpresa. Eu costumo organizar os montinhos de roupa de cada um na véspera, para agilizar a saída de casa na manhã seguinte, mas isso nada pode contra a imaginação ornamental do caro esposo e sua descendência.
Já houve de tudo.
Roupa vestida do avesso ou com a parte da frente para trás é a fruta do dia. Calças e camisolas trocadas entre eles, com o Gui a arrastar as mangas e o Tomás com os antebraços de fora, é mato. Todos já usaram avultadas vezes o sapato esquerdo no pé direito e vice-versa. Quando o Gui era mais pequeno, os manos chegaram a ir para a escola com os sapatos trocados entre si (têm dois anos de diferença), e nem o facto de o Gui ter perdido o calçado 20 vezes e o Tomás a cada passo gemer de dor alertou o pai para o erro.
Mesmo agora, que estão mais crescidos e já se vestem sozinhos, as peripécias continuam a acontecer. Mas a culpa, obviamente, é sempre dos miúdos, nunca do supervisor. Porquê? Porque é importante estimular a autonomia deles, claro (e deitar um olhinho antes de sair de casa rouba-lhes perigosamente a independência).
Não sei se se perguntaram sobre o porquê do Gui ser tão desajeitado a patinar?
Adivinhem quem lhe calçou os patins?