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As janelas da nossa casa não têm direito a cortinas (excepto na cozinha onde o calor no Verão é insuportável), pois o meu marido tem uma conhecida aversão a tudo o que tapa a entrada do olhar livre. Já aqui falou disso e para sublinhar as suas razões encontrou fotos de reposteiros do mais exagerado possível e acabou muito acompanhado nesta sua irrevogável decisão. Não escolheu um simples rolinho de black-out, como os que eu queria para a nossa janela do quarto, por exemplo, e que não incomodam ninguém.
Mas como em Portugal ultimamente nada é realmente irrevogável, nos últimos dias anunciou que afinal a casa precisava de cortinas, mas numa única janela. Fiquei curiosa e pensei que finalmente o meu marido tinha percebido que vestir-se praticamente às escuras no nosso próprio quarto, pela necessidade de ter que baixar os estores em pleno dia, para não entreter os vizinhos da frente, era completamente desnecessário. Mas não.
Afinal, a única coisa que merece ser preservada nesta casa são os livros do meu excelentíssimo esposo, que estão ultimamente a ser martirizados pela luz do sol que entra na nossa biblioteca, através de uma das janelas. Coitadinhos dos livrinhos...