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Um hino à vida

por João Miguel Tavares, em 29.11.13

Amália contou uma vez que em 1984 se instalou num hotel de Nova Iorque com a intenção de se suicidar, após lhe ter sido diagnosticado um tumor no pulmão. No entanto, alguém lhe ofereceu um vídeo de Fred Astaire, e esse vídeo - a alegria desse vídeo - salvou-lhe a vida. Por vezes, nos momentos mais cinzentos dos nossos dias, precisamos de ser recordados do extraordinário milagre que é o dom da vida, e das coisas extraordinárias que encerra. O vídeo que se segue tem esse poder - é como se Ward Miles dançasse tal qual Fred Astaire.

 

Ward Miles nasceu com apenas 25 semanas de vida e imensas complicações de saúde. Passou 107 dias nos cuidados intensivos, e no aniversário da sua chegada a casa, o seu pai decidiu oferecer à sua mãe este vídeo lindíssimo, que revê o miraculoso percurso de pouco mais de um ano em conjunto, e onde há de tudo, incluindo um cão. A história está toda aqui, e quem conseguir ver este filme sem ficar com os olhos marejados, por favor escreva a contar. Eu não consegui.



publicado às 09:45


9 comentários

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De Anónimo a 30.11.2013 às 08:24

A minha filha nasceu de 33 semanas,não teve problemas de saúde só não tinha os reflexos necessários para mamar e esteve 12 na UCIRN.Senti que estive 12 dias no limite da minha saúde mental.
Admiro profundamente os pais que lá passam 3 meses... E sei que é impossível para muitos voltarem a ser as pessoas que eram antes de viverem esta dificuldade.
Só mesmo um desfecho feliz como este pode voltar a iluminar o coração de uma mãe.
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De Paula a 29.11.2013 às 23:39

Fartei-me de chorar! Mas... esperem... eu não tenho filhos. Pelos comentários, parece que isto só é emocionante para quem tem filhos. Não devo ter percebido o video, então. Vai uma mulher sem filhos emocionar-se com isto? Claro que não. Sentir-se emocionado com a força de uma pessoa, se esta for recém-nascida, bébé, criança, é exclusivo de seres superiores: os que têm filhos.
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De Maria Cruz a 30.11.2013 às 14:28

Paula,
Se calhar, da maneira como escrevi, entendo que tenha entendido dessa forma, mas saiba que eu não penso de maneira nenhuma assim. Não há nada de superior em ter filhos, é super normal acontecer ou não, é a vida e as voltas que ela dá.
Apenas contei da emoção de ter os meus filhos, daquilo que senti, do que foi a minha experiência, mais uma vez, não me sinto nem um bocadinho superior a ninguém pelo fato de ser mãe.
E acho que a emoção é para quem a sente, independente de qualquer coisa!
Bom fim-de-semana!


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De Paula a 30.11.2013 às 17:08

Obrigada pela elevação do seu comentário, Maria. O tom irónico e, vá, algo revoltado com que escrevi advém do cansaço de constantemente ouvir comentários de mães que não pensam como a Maria. "Tu não compreendes porque não és mãe", "Não sabes o que estás a dizer porque não és mãe", "Tu não fazes nada na vida porque não és mãe"... Mas sou filha e amiga e tia e colega e neta e trabalhadora e suficientemente inteligente para saber que é muito diferente ser mãe ou não. Não sou mãe mas não sou vazia de acções nem de sentimentos. E eu penso que, de facto, "a emoção é para quem a sente". Obrigada! E bom fim-de-semana (o meu vai ser a trabalhar)!
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De Inês Monteiro a 29.11.2013 às 22:34

é a história normal de um prematuro... eu não chorei
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De Maria Cruz a 29.11.2013 às 15:02

Quando temos um filho achamos que esse é um sentimento tão especial, que deve ser difícil outra pessoa gostar do próprio filho da mesma maneira.
O amor é tão forte, tão diferente de tudo que sentimos antes que é estranho acreditar que todos amem assim. Depois vamos percebendo que esse sentimento é talvez uma das únicas emoções permitidas a todos aqueles que tem filhos. Desde o mais pobre ao mais rico, desde o mais espetacular dos homens, ao mais ordinário. Essa emoção de olhar pela primeira vez ao pequeno ser humano e saber que ele é nosso, apenas nosso... ui!tão bom! Quanto orgulho sentimos!
Num dos textos mais lindos que eu li, de João Cabral de Melo, chamado ¨Morte e Vida Severina¨ , o retirante explica a razão, de no meio de todos os problemas e desgraças da sua vida, ter mais um filho, e essa explicação até hoje me comove, e faz todo, todo o sentido:
¨E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.¨
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De Teresa A. a 29.11.2013 às 14:25

Nao só olhos marejados como arrepios por todo o corpo.
Eu tenho uns amigos que foram pais há 2 anos de um rapaz também super prematuro.
Infelizmente nao teve tanta sorte como o Ward... É muito pequenino, tem bastantes problemas motores e provavelmente neurológicos, ainda nao gatinha... Mas quando vejo os pais com este filho, o coracao derrete porque eles sao felizes pelos (pequenos) progessos que o filho vai fazendo.
E, numa sociedade em que a competicao comeca ainda na barriga das maes, às vezes é "bom" ver que, mais importante do que comparar qual filho é que comecou a falar mais cedo, etc, é agradecer a Deus por esse filho estar aqui, ao pé de nós.
A minha filha nasceu prematura (1 mês) e, devido a uma infeccao, só a pude ver e ter comigo 4 dias depois: ao ver a imagem da mae do Ward a pegar nele pela primeira vez, quase rebentei a chorar. As maes compreendem o que eu quero dizer.
Os filhos sao milagres, todos eles.
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De Antónia Guerra a 29.11.2013 às 12:21

Não resisti e vi o video no local de trabalho… pfffff não aguentei.

Custa mesmo ver os primeiros minutos, de facto pensa-se no pior.
É muito muito duro. Mas é uma grande prova a nós mesmos. E este menino foi sem dúvida um lutador com uns pais super optimistas e dedicados.
(Quando se tem filhos isto «bate» mesmo!)

Que este video seja um exemplo para nós todos! Para tudo, em tudo.


Como já disse uma vez, a frase de uma amiga: É bommm viver!
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De Olívia a 29.11.2013 às 10:20

Há muitos dias que vi este vídeo a circular no FB , e confesso que tentei evitar ao máximo vê-lo. É que sou muito lamechas e choro logo com estas coisas, mas acabei por vê-lo e aquilo que senti foi um grande orgulho daquele bebé e dos seus pais que se recusaram a acreditar no pior, aquele ser é de facto um lutador, e para quem diz que não acredita em milagres esta é a prova de que existem.
Este não é um vídeo lamechas, é um vídeo de coragem e de amor à vida, e quem tem filhos apenas se pode sentir mais forte depois de o ver.

Eu senti (apesar de ter chorado bastante...)

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