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Que cão ter em casa? #4

por João Miguel Tavares, em 02.12.13

A Jelly Pearl, no comentário a este post (2/12, 13.03), levanta mais uma questão importante sobre cães adoptados. Partilhando a sua experiência, a certa altura diz isto:

 

Como queríamos que fosse cachorrinho e não um cão adulto, quando visitasse um canil e procurasse por fofuras pequeninas, nunca iria saber qual o porte do animal em fase adulta.


Quando leio todos os testemunhos que já tiveram a simpatia de me enviar, fico mais tentado a optar por um cão de canil (não sei se a excelentíssima esposa partilha esta minha opinião, porque a ONU proibiu diálogos caninos no perímetro doméstico até 2014). No entanto, até porque acho que as crianças iriam adorar ver o cão crescer, gostava de escolher um cachorrinho, por muito pé de mesa que venha a ser roído.


E é aí que a questão da Jelly Pearl se torna fundamental para mim: se for um pobre e anónimo rafeiro de três ou quatro meses, como é que eu sou capaz de adivinhar à partida que tamanho (já para não falar na personalidade) que ele vai ter? É possível a alguém que perceba de cães olhar para um rafeiro-bebé e adivinhar por antecipação se vai ter 20 centímetros ou meio metro (isto sem ser com base em palpite de corretor de bolsa, claro)? 



publicado às 13:22


18 comentários

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De Cecília a 08.12.2013 às 15:24

Sei que a discussão é sobre cães, mas sempre que se acrescenta um capítulo a esta reflexão me lembro dos meus gatos.

Sempre fui a 'dog person', os gatos tinham muitas unhas e muitos dentes e saltavam e a uma pessoa tinha de estar sempre de sobreaviso. Há mais ou menos 3 anos decidi (depois de muito tempo de reflexão) que ia arranjar um cão e comecei a investigar: tinha de ser pequeno por causa do apartamento e não podia ser muito 'needy' por causa do meu estilo de vida. A procura foi, no entanto, abalroada pelos comentários do meu irmão, ele sim uma 'cat person', que me convenceu que um gato seria uma melhor opção (nem tanto pelo tamanho do apartamento, mas mais pela autonomia). Os receios eram grandes e o acordo foi 'tentar', sendo que que não me desse com os dentes e as unhas e os saltos do dito, ele o adoptaria.

Em Agosto de 2012, chegou-me às mãos a Pevide (directamente da Pedra Basta) e não será demais dizer que uma nova etapa começou! Foi um ano de 'descobrimentos': da alegria e do mimo que um bicharoco trouxe à minha vida. Infelizmente, também trouxe tristeza e a perda, menos de um ano depois de me chegar às mãos, numa das noites mais quentes de Julho de 2013, a Pevide caiu da janela e morreu. Depois da Pevide era tudo muito silencioso e triste - é preciso estar preparado para isto também.

A minha casa precisava de um gato e depressa descobri que havia por aí gatos a precisar de casa. O Tomilho (então 'TOM') saltou-me ao caminho no facebook, havia sido atirado da janela de um carro a caminho do Algarve (dava pouco jeito nas férias...). Fiquei de coração partido e, apesar de ser um gato já crescido e de não o conhecer, arrisquei e propus-me a ficar com ele. Depois, a mãe de uma amiga precisou de dar rumo a uma ninhada de gatinhos e eis que me chega o Pinhão (nem comer sabia!).

Quando me perguntam se gosto de gatos respondo que gosto dos meus. Das unhas e dentes deles não tenho medo. São de uma companhia e de um mimo inexplicáveis, chegam a ser melgas! E precisam de tão pouco! Não dão trabalho nenhum (é limpar a caixinha 2 vezes ao dia e dar o granulado) e (quase) não destroem nada.

Continuo a pensar em ter um cão, um dia, com uma casa maior (e idealmente com quintal).

A certeza que tenho é que gato ou cão a alegria da presença destes bichos nas nossas vidas compensa todo e qualquer trabalho que se possa ter.

Boa continuação de reflexão e de pesquisa!

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De sandra a 03.12.2013 às 14:12

Ola
Eu adotei uma cadelinha com 1 mês; nao percebia nada de cães, queria pequeno e na loja(tem para venda e para adoçao) onde adotei garantiram-me que sim... pois ... agora tenho 30 k de cão, ja deu cabo dos rodapés; das paredes e 2 tapetes...
é linda, protetora.... e meiga... e vai estar conosco ate que a vida deixe.
Mas pensem bem antes de arranjarem os canitos, pois nao se podem descartar apenas pq crescem muito, ou estragam a casa...

Boas decisoes...beijinhos
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De osmeusosteusosnossos a 03.12.2013 às 11:12

Super coragem! Nós também somos 6 em casa (um filho meu, dois do meu marido e um nosso) e também adoraria ter um cão mas tenho algum receio... Vou acompanhar aqui essa nova aventura!

http://osmeusosteusosnossos.blogs.sapo.pt/
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De Emília Castilho a 03.12.2013 às 09:43

Bom Dia:
Ora vamos lá falar mais um bocadinho de cães. Não sei se sabe, mas o cio de uma cadela demora um mês. Durante esse mês uma das fases do mesmo, a que se dá o nome de Estro, é o cio propriamente dito. Esta é a única fase em que a fêmea vai aceitar o macho. Deixa de ter corrimento ou sangramento, pois está no seu período fértil, que pode ir até sete dias. Enquanto eu como criadora controlo essa fase e decido quantas cruzas quero fazer e com que macho, nas cadelas que andam na mãe natureza não há qualquer tipo de controlo, ou seja, durante esse período elas podem cruzar com mais do que um macho diferente, logo, a mesma ninhada pode ter mais do que um pai, logo, a ninhada que virá a nascer pode ter vários tipos de cachorros, uns mais pequenos, outros maiores, uns de uma cor, outros doutra (...). De facto, o tamanho das patas pode ser um bom indício, a própria estrutura corporal... e como muitas vezes algumas destas ninhadas são recolhidas juntamente com a mãe, olhar para a mãe também já nos dá algumas pistas, parte do material genético é dela. Assim, se a mãe é pequena, decerto que alguns cachorros irão ser como ela.
Se existe coisa que eu adoro fazer é ficar a olhar para os cachorrinhos das minhas ninhadas, acredite, para mim é fascinante. É incrível ver, como desde pequenos existem os líderes, os seguidores, os traquinas, os calmos, a interação entre eles (aqui temos que estar muito atentos, principalmente enquanto mamão, porque são animais, seguem a lei da sobrevivência e os mais pequenos tendem a ficar para trás e eu enquanto criadora tenho que me certificar que todos ficam bem alimentados, daí serem pesados todos os dias) é algo incrível de observar. Na mãe natureza é feita a seleção natural, daí morrerem muitos cachorrinhos. Ou seja, desde bem pequeninos, já é possível aferir certas características no cachorrinho, daí, que se optar por adoptar, vá várias vezes ao canil, peça para o deixarem observar os cachorros...mas, acredite, que normalmente ganha o coração sobre o discernimento, sim, porque o coração tem razões que a razão desconhece e irá haver algum desses cachorrinhos que lhe irá derreter o coração...é o seu.
Prometo voltar. Um resto de bom dia.
Emília Castilho
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De Blog Profissão Mãe a 03.12.2013 às 03:04

Pelo tamanho das patas...parece parvo não é?
Mas um vet ensinou-me isso lol
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De Patrícia Ferreira a 02.12.2013 às 22:56

Pelo tamanho das patas! A personalidade é mais difícil reconhecer, mas também depende da personalidade dos donos!
Já a "energia canina" é outra questão... :)
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De A SK a 02.12.2013 às 17:14

Ah, e os cães (como as pessoas) não nascem ensinados nem com traços psicológicos completamente definidos! Como deve saber, há labradores agressivos e pitt bulls dóceis... O comportamento e personalidade que o seu cão vai ter no futuro não depende necessariamente dos seus genes, mas sim da forma como vai ser educado. Por isso (e isto é válido tb para o tamanho), não se focalize demasiado em tentar arranjar um "cachorro perfeito"; eles vão aprendendo à medida que vão convivendo com a família e de acordo com os limites que lhe são impostos.
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De A SK a 02.12.2013 às 17:02

A dimensão das patas pode ser um bom indício mas, até aos 6-8 meses de idade do cachorro é sempre imprevisível... O melhor modo de avaliar qual será o futuro tamanho do cachorro é, sem dúvida, saber quem são os pais. Se, por um lado, há muitas crias que vão parar completamente desamparadas aos canis sem forma de se saber quem são os pais, também há cadelas grávidas que são dadas para adopção ou apanhadas nas ruas, sendo que nestes casos já é mais fácil fazer uma previsão do tamanho futuro do animal. Procure sempre averiguar nos canis ou associações se sabem quem são os pais do cachorro a adoptar. :)
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De J.B. a 02.12.2013 às 15:53

Quem lida com cães com regularidade consegue "adivinhar" o porte do animal. E consegue ver-se pelo tamanho da pata! No meu caso, não adoptei não só para não correr esse risco mas porque procurei características específicas de temperamento e personalidade. Como sou só eu e passo o dia todo fora, convinham-me alguns traços que se conseguem encontrar facilmente em determinadas raças...
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De Anónimo a 02.12.2013 às 15:50

Caro João, acho óptimo que queira adoptar, até porque uma coisa que ainda não se falou (atenção não li os comentários todos, até pode já ter sido falado), é que até há cães de raça nos canis, porque há pessoas que estão dispostas a pagar para ter um cão, mas depois passado uns meses já não apetece, só porque não.
Em relação ao tamanho, é muito fácil estimar dentro das categorias conhecidas, seja mini, pequeno, médio, grande ou gigante, mais centímetro menos centímetro, dá para saber. O meu cão estava na rua e tinha cerca de 1 mês e já dava para ver pelas patinhas que seria crescido, mas também porque estava com a mãe e mais coisa menos coisa terão tamanhos semelhantes. Haverá excepções com certeza, mas se estimar que é pequeno, não lhe vai sair um gigante :)
Quanto ao que até já li por aqui que é melhor cão de raça para apartamento porque com um rafeiro não sabe o que espera, acho fascinante, parece que os cães de raça são todos iguais, tudo ali certinho e direitinho, como até já foi dito, às vezes até são piores porque há cruzamentos muito mal feitos, com muita família à mistura.
Sendo uma opinião e vale o que vale a minha sugestão seria, opte sem dúvida pela adopção, os meus vêm todos da rua porque sim, não há nenhum critério, mas em associações e canis é possível alguns critérios, como o porte e pelo. Optava por um cão de porte pequeno/médio, muito minúsculos até é perigoso por causa dos miúdos, ainda esmagam o cão hehe, tente um que não largue pelo se conseguir, mas também não é nenhum drama, arraçados de cão de caça tem muita energia, requerem muito exercício mas com as crianças até é óptimo. O meu cão era arraçado de podengo português, são cães de caça, cheios de energia, vivia num apartamento e nunca houve problema algum, e era grande, mas também há podengos médios, é um cão que se vê bastante, são muito espertos. Em relação à personalidade a maior parte vai depender de vocês, falem com pessoas que tenham, leiam livros, aprendam umas coisas porque tem que ser desde pequeno, não pode haver a desculpa, de coitadinho é bebe. Por exemplo, com o meu desde bebezinho que lhe punha e tirava a comida muitas vezes, mexia sempre na comida, para que se habituasse. Há cães que se tornam agressivos quando lhes mexem na comida e controlando desde bebes eles percebem que por ir mexer não quer dizer que lhe vão tirar. Educar e explicar às crianças que não é um brinquedo, não podem puxar rabos, orelhas, nada, festinhas devagar, sem brutalidades, se o cão está a dormir, deixá-lo estar, as crianças tem que aprender a respeitar o animal. É o mais importante. E incutir-lhes responsabilidades, como já foi falado.
Felicidades
Inês

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