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Vão-se os legumes... ficam os dedos!

por Teresa Mendonça, em 24.01.13
Depois de ter humilhado publicamente o meu marido (sorry!) pelo seu total desconhecimento de nomeação de legumes fiquei decidida a:

1. Proporcionar-lhe um pequeno briefing sobre o tema, com visitas a mercados e à secção de vegetais do Pingo Doce mais próximo, de modo a evitar novos embaraços.

2. Colocá-lo a cortar legumes cá em casa, que não há nada como aulas práticas para aprofundar conhecimentos. E estando eu, apesar de tudo, preocupada com o bem estar dos seus dedos, e convicta de que dificilmente ele se tornará um prodígio de técnica nesta matéria, alegrei-me ao descobrir este protector de falangetas pouco jeitosas (incluindo as minhas), que resolvi partilhar convosco.

Para os interessados, custa cerca de 7,5 euros na Amazon americana.



publicado às 13:20


Tanto Bem e eu tão mal

por João Miguel Tavares, em 24.01.13
Eu sei que isto pode parecer um anúncio ao leite Mimosa, mas é apenas um anúncio à minha prateleira de leites. Após a última investida da excelentíssima esposa ao supermercado, ela informou-me do seguinte:

- Eu bebo Bem Especial Cálcio Magro.
- Ela bebe Bem Especial 0% Lactose Magro.
- A Carolina bebe Bem Especial Cálcio Magro (ou será Meio Gordo?, no caso da Carolina já não me lembro bem, mas a excelentíssima esposa há-de esclarecer).
- O Tomás bebe Bem Especial 0% Lactose Meio Gordo.
- O Gui bebe Bem Especial Cálcio Meio Gordo.
- A Rita bebe Bem Especial Cálcio 100% Natural numa Incrível Embalagem.

Qual o problema disto? Bom, o problema é que, tirando a Rita, com a qual não tenho de me preocupar (por enquanto), todas as manhãs vou necessitar da concentração de um ginasta à beira de fazer o mortal na trave olímpica só para verter leite para dentro de taças.

"Oh, não! Acabei de trocar o pacote azul bebé pelo pacote azul forte!" Isto é um drama que pode perfeitamente acontecer. Desde que passaram a existir mais espécies de leites do que personagens esquisitas na Guerra das Estrelas, a minha vida ficou bastante mais complicada. E a Mimosa devia saber que eu não precisava disso. Já para não falar na minha mulher.


publicado às 10:10


Quem nunca julgou que atire a primeira perna

por João Miguel Tavares, em 23.01.13
Uma jovem estudante canadiana, Rosea Posey, tirou esta fotografia perturbante e provocadora, intitulada "Judgment". Entretanto foi vergonhosamente plagiada por uma marca britânica de lingerie, o que pelo menos serviu para dar a devida atenção à obra original.


publicado às 23:19


Hiperactividade, a polémica

por João Miguel Tavares, em 23.01.13
O Henrique Raposo, com o talento para a polémica que Deus lhe deu (é um elogio), escreveu este texto no Expresso, com o sugestivo título "as crianças não são hiperactivas, são mal-educadas". A crónica tem dado bastante conversa pelas redes sociais e pelos blogues, e o Ricardo Martins Pereira respondeu-lhe n'O Arrumadinho com um longo texto, onde contesta sobretudo a teoria de que os pais actuais não querem saber da educação das crianças para nada.

Apesar de ninguém me ter perguntado a opinião, eu, numa posição muito magnânime, diria que concordo com os dois. Ou seja, concordo que muitas crianças nos dias de hoje precisam de um par de tabefes e não os têm e que uma palmada dada na altura certa só faz é bem. E concordo também que os pais de hoje em dia têm uma dedicação às crianças que nenhuma geração anterior teve.

O que é que falha, então, na matemática, para haver tanto puto mal-educado por aí? Porque é que 1+1 não dá 2? Eu diria que onde a matemática entorta é em algo que a Helena Araújo denuncia muito bem aqui: é que na sociedade actual falta o tempo, mas falta, sobretudo, o espaço. A nossa sobre-preocupação pela saúde dos nossos filhos, o facto de termos passado a ver um pedófilo em cada esquina e um raptor em cada bairro, tornou-nos pais medrosos, e ao tornarmo-nos medrosos retirámos espaço às nossas crianças para correr, brincar na rua, esfolar os joelhos, trepar às árvores.

É certo que poderíamos ainda acrescentar uma outra distorção: com o aumento de psicólogos tendem a crescer as doenças psicológicas. Se é porque elas já existiam e não eram diagnosticadas, se é porque passaram a ser diagnosticadas embora não existam, é tema para teorias várias (algumas de conspiração), que não vêm agora ao caso.

É possível que haja um excesso de diagnósticos de hiper-actividade, e que, como denuncia o Henrique, isso seja uma desculpa de certos pais para justificar comportamentos inadmissíveis dos seus filhos. Agora, o que não tenho quaisquer dúvidas é que o excessivo enclausuramento dos nossos jovens nas cidades actuais coloca muito puto a dar cabeçadas inúteis nas paredes. Há miúdos parvos. Há pais idiotas. Mas há, sobretudo, muito muro à frente dos nossos narizes.

Beyond the Wall, de David Bowman

publicado às 19:14


Queria ter quatro mãos

por Teresa Mendonça, em 23.01.13
O tempo passa depressa. Parece que a Rita nasceu há dois dias e já chegou a hora de deixar de estar as 24 horas com ela para poder retomar o trabalho. É a quarta vez que isto me acontece e nem por isso se torna mais fácil este afastamento necessário e, mais tarde ou mais cedo, saudável. Apetece estar cá e lá... Sabe bem voltar a ter tempo para nós, mas custa tanto deixar de estar sempre por perto para acarinhar, brincar, alimentar e ir observando as pequenas descobertas diárias de uma bebé de quase cinco meses.

É claro que ela vai ficar bem, pelo menos tentámos garantir que assim fosse, mas os primeiros dias vão ser difíceis. Talvez por isso tenha gostado tanto da ideia de arranjar duas mãos a mais para poder deixá-las à Rita quando for trabalhar. Este é o conceito das Zaky, umas almofadas australianas que imitam a forma das mãos e que foram já muito premiadas pelo seu efeito terapêutico, confortador, facilitador do sono e da postura. Inventadas por uma médica (mãe de um prematuro que precisou de permanecer numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais durante cinco meses) elas permitem que o bebé sinta o toque (ou não tivessem a forma de mãos), o cheiro (basta dormir enroscada nelas umas noites para que o cheiro da mãe ou do pai se entranhe) e o calor dos pais (aconselham a colocá-las por breves minutos na máquina de secar roupa), mesmo quando eles não podem estar por perto, o que conforta e acalma o bebé. Existe até um programa de donativos a hospitais pediátricos e Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais na Austrália e Nova Zelândia para aquisição e fornecimento de Zakys nessas instituições.

Mesmo parecendo retiradas de um filme da Família Addams acho que os resultados compensam. Não sei se mais para a mãe, se para a filha.






Existem em várias cores, podendo até fazer-se combinações - uma mão rosa com cheiro da mãe e uma mão azul com cheiro do pai - e compram-se aqui. São é caríssimas (perto de 80 euros, mais portes).

publicado às 12:16


A primeira palavra

por Teresa Mendonça, em 23.01.13
A Carolina anda muito empenhada em garantir que a primeira palavra da Ritinha seja "mana". Ontem, enquanto preparava as roupas para o dia seguinte, a Carolina veio a correr ter comigo super entusiasmada.

- Mamã, mamã, a Ritinha já consegue falar!
- O quê? Como é que foi isso? - perguntei-lhe eu.
- Eu estava a dizer-lhe "ma-na" ao seu lado e ela disse "ahn-ahn" [ler exactamente com a mesma entoação].

Temos uma bebé muito precoce. Ou uma mana muito ansiosa.

publicado às 10:36


Bebés de 4 meses denunciam discriminação

por João Miguel Tavares, em 23.01.13
A Associação dos Bebés de Quatro Meses (AB4M) promoveu ontem uma conferência de imprensa para reivindicar maior coordenação motora, dado aquilo que consideram ser "uma vergonhosa disparidade" entre o que já são capazes de compreender e o que são capazes de fazer.

"Esta situação não pode continuar", afirmou a presidente da AB4M, Rita Mendonça Tavares, que discursou a partir do seu carrinho de bebé, sem contudo ser capaz de segurar no microfone. "Um bebé de quatro meses já consegue ver as cores, já consegue reconhecer os pais, já consegue emitir sons, é absolutamente fantástico a sorrir, sabe segurar a cabeça e rodá-la para os dois lados, mas depois não consegue que os braços e as mãos reajam de uma forma minimamente articulada", indignou-se a jovem bebé.

Confrontada com o facto de esta situação já se arrastar há vários milénios, Rita Mendonça Tavares recusa-se ainda assim a baixar os braços, embora, na verdade, não tenha conseguido levantá-los como queria. "Já é mais do que tempo para a emancipação motora do bebé de quatro meses", declarou. "Nós não podemos continuar a suportar esta situação discriminatória, em que nos é sistematicamente barrada a interacção física com o mundo antes do meio ano. Não estamos a pedir para começar logo a gatinhar, mas queremos ao menos conseguir agarrar aquilo que está diante dos nossos olhos sem fazermos figuras ridículas."

A presidente da AB4M informou que a única coisa que ela própria e os restantes sócios conseguem executar, e com algum esforço, é colocar os dedos da mão esquerda na boca, chapinhar na água e levantar ligeiramente a parte superior do tronco quando têm muita vontade de ir para o colo da mãe ou do pai. Tudo o resto lhes está vedado. "Nem sequer posso agarrar o meu peluche favorito", confessou, com a voz ligeiramente embargada.

Em jeito de conclusão, Rita Mendonça Tavares declarou ainda que esta "é uma tremenda injustiça que tem de ser resolvida de uma vez por todas", garantindo que a associação que dirige "não vai esperar pelos seis meses para aceder a direitos humanos básicos". "Quer queiram quer não, a nossa voz vai fazer-se ouvir", afirmou. "E a gritar, pelo menos, nós aos quatro meses já somos bastante bons." Seguiu-se uma demonstração dessa capacidade, o que levou os jornalistas a abandonar a sala em passo apressado.

A presidente da AB4M, Rita Mendonça Tavares, ao colo da mãe, momentos antes da sua intervenção

publicado às 10:17


Gui & Rita

por João Miguel Tavares, em 22.01.13
As nossas noites em família têm andado demasiado atribuladas, sobretudo por causa do Gui, que ou faz fita ao deitar, ou faz fita ao jantar, ou faz fita ao jantar e ao deitar. O cúmulo jurídico dos castigos que já lhe apliquei à mesa dava para ele ficar fechado no quarto até ter 18 anos, não fosse ser frequentemente amnistiado por uma generosa advogada que anda cá por casa.

Hoje voltámo-nos a zangar a propósito de um prato de salmão, que só não lhe enfiei pela garganta abaixo porque a Teresa me fez jurar por todos os santinhos que eu ia ter paciência com ele. A teoria dela é esta: quando se grita com o Gui à hora de jantar, há pesadelos na certa pela noite fora. E a teoria, de facto, já foi devidamente comprovada na prática. Por isso, fui rapar o fundo do tacho da paciência, e lá consegui sacar um sorriso amarelo que permitiu que ele comesse uma última colher sem o psicodrama do costume.

Mas o mais giro foi o que aconteceu depois. O Gui saiu da mesa e em vez de ir para o quarto foi-se sentar na cadeirinha vazia da Rita que estava na cozinha. E lá ficou um bocado, mais entalado do que sentado, com as pernas no ar, meio meditativo. O pobre do Gui, do alto dos seus quatro anos, vê a sua mana, sente que perdeu o estatuto do mais novo da família, e intimamente deseja voltar a ser bebé.

Ele é fantástico com a Ritinha, trata-a com um carinho extraordinário, e como não se atreve a ser ciumento à frente dela, decide sê-lo à frente de um prato de salmão. Menos mal. Não se aceita. Mas compreende-se.

publicado às 22:56


Agriões espinafrados

por Teresa Mendonça, em 22.01.13
Esta manhã estive a fazer a primeira sopa da Ritinha. Como não tinha legumes verdes suficientes pedi ao meu excelentíssimo esposo que fosse num instante à mercearia e me trouxesse alguns. Os que achasse mais fresquinhos, excepto espinafres para não prejudicar a absorção do ferro.

Daí a nada (foi muito solícito e resistiu a ir ao quiosque da praça para comprar os jornais) aparece-me em casa um pouco envergonhado:

-"Vê lá tu que eu não queria fazer figura de ignorante e disse à senhora que queria um molho de nabiças, apontando para umas verduras que tinham um letreiro com esse nome por baixo, e ela disse-me que eram grelos. Envergonhei-me e trouxe este molho de agriões."

E aqui estão eles:


Acho que tenho um marido com dislexia leguminosa.

publicado às 16:28


Calças esburacadamente felizes

por Teresa Mendonça, em 22.01.13
Todas as semanas temos calças para remendar cá em casa (para não dizer todos os dias). Desde que o Tomás se tornou fã de futebol as suas calças ficam invariavelmente rasgadas no joelho esquerdo (ele adora fazer aquelas celebrações dos golos com os joelhos a arrastar no chão, e infelizmente parece que marca muitos golos na escola). Não ganho para remendos e joelheiras!

Ontem encontrei no blogue Pais criativos, filhos felizes, que sigo sempre com muito interesse, uma solução super engraçada e original. A partir de agora, acho que vão crescer dentes nas calças do Tomás.

Pinned Image

publicado às 10:36




Os livros do pai


Onde o pai fala de assuntos sérios



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