por João Miguel Tavares, em 29.08.13
Algumas reacções a este
post estão a fazer-me sentir um terrível pervertido. Por causa disso até fiz ontem à noite um teste à excelentíssima esposa com a capa do
Lolita, antes de ela ler o
post. E a verdade é que só à segunda é que a Teresa ligou as paredes às pernas e o tecto às cuecas brancas de uma menina. É estranho como para umas pessoas aquilo é absolutamente do domínio do óbvio, enquanto outras têm de esfregar os olhos várias vezes para ver o que lá está - e ainda assim não ficam completamente convencidas.
Será uma coisa gajo-gaja, dentro daquela lógica "os homens estão sempre a pensar naquilo"? Provavelmente por eu estar sempre a pensar naquilo, lembrei-me de um vídeo de
Ze Frank que vi há tempos, chamado "A Song for Freud", cujo refrão pode ser traduzido por "se procurares bem, encontrarás uma pila praticamente em todo o lado" - e as imagens do vídeo provam a tese com alguma eficácia. Ora vejam:
Como o próprio Ze Frank aconselha, "não cantem isto nos elevadores" - um risco sério, porque o raio da canção é daquelas que fica mesmo no ouvido.
Mas tendo eu dúvidas sustentadas sobre a tese "eles só pensam em sexo" versus "elas só pensam em filhos" (embora eu me queixe bastante desta segunda parte - sobre a primeira, a minha mulher que responda), prefiro deixar a justificação mais do lado da física e da óptica do que do lado da psicanálise. Esqueçam o Freud, portanto. O que se passou, provavelmente, é que coloquei as leitoras deste blogue demasiado próximas da parede. Ou seja, assim a capa percebe-se com dificuldade:
Mas assim já se percebe muito melhor:
Que é um outro modo de dizer: sim, o tamanho conta.