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Diálogos em família #20

por Teresa Mendonça, em 16.08.13
Papá - Eh pá, vocês andam tão chatos que qualquer dia vendo-vos.
Tomás - Por quanto é que nos vendias, papá?
Papá - Não sei, Tomás. Mas era barato.
Gui - Tu podias vender-nos, papá. Mas a mamã não deixava.
Papá - Aposto que a mamã vos vendia se lhe dessem o planeta Júpiter.
Gui - O planeta Júpiter é onde está o Jesus?
Tomás - Não é nada, Gui! O Jesus está em Jerusalém.

publicado às 10:48


Leituras de Verão

por João Miguel Tavares, em 15.08.13
"Não há palavras que exprimam o abismo entre estar-se isolado e poder-se contar com um aliado. Podemos conceder aos matemáticos que quatro são dois vezes dois. Mas dois não são duas vezes um: dois são duas mil vezes um. É por isso que, a despeito de centenas de inconvenientes, o mundo acabará por voltar sempre à monogamia."

G. K. Chesterton
O Homem Que Era Quinta-Feira

publicado às 10:59


As maravilhas das praias fluviais

por Teresa Mendonça, em 14.08.13
Este Verão planeámos uns dias de férias para promover a comunicação interprimos portugueses e irlandeses da mesma idade (a minha irmã mais nova erasmou-se com um simpático irlandês, com o qual tem dois filhos e meio). Fugimos ao reboliço da cidade e das praias concorridas e refugiámo-nos no sossego da paisagem beirã na esperança de a calma envolvente contagiar os miúdos - e, indirectamente, dar sopas e descanso aos progenitores dos primos.

Para refrescar as manhãs resolvemos partir à descoberta das praias fluviais perto da Catraia Cimeira, uma aldeia do concelho de Proença-a-Nova onde os meus pais têm uma casa. Ficámos rendidos aos encantos das praias fluviais. Poder tomar um banho ao som do chilrear dos passarinhos (e não do barulho de uma multidão), estender uma toalha à sombra de uma árvore (e não de um guarda-sol abrasador), ler um livro sob a aragem fresca do campo (sem levar com uma ventania de areia nos olhos), apanhar peixinhos (apesar de não ser fácil convencer os miúdos a libertá-los na hora da partida), coleccionar pedras de várias formas, colher flores silvestres e ervas aromáticas... Mais bucólico não pode ser.

A água não tem a temperatura do Algarve, mas sentimos uma proximidade com a natureza que não se encontra para os lados de Albufeira. E de bónus conseguimos ter fotografias como esta, com o Tomás e o Gui à pesca numa ribeira de água cristalina. É uma fotografia de Agosto de 2013, mas podia ser uma fotografia de Agosto de 1983 (quando eu tinha mais ou menos a idade do Tomás), ou de Agosto de 1893, não fosse o balde de plástico. É como se estivéssemos num tempo fora do tempo. E, no pináculo do Verão, isso só se consegue mesmo no interior de Portugal.

publicado às 19:00


Diálogos em família #19

por Teresa Mendonça, em 14.08.13
- Tomás, gostavas de pôr silicone?
- Blhec! Não, Gui! Pôr silicone é pior do que pôr desodorizante nos sovacos.
- Blhec! Com desodorizante crescem as nossas maminhas. Eu não quero ficar com as maminhas da mamã.

publicado às 16:45


Grandes notícias

por João Miguel Tavares, em 12.08.13
Ah, que bom. Da próxima vez, vou fazê-lo com a consciência muito mais descansada.

publicado às 09:39


Relato das férias #2

por João Miguel Tavares, em 11.08.13
Quando se está em viagem, a McDonald's é uma das melhores amigas de todos os pais, tanto em termos de carteira, como na capacidade de comer rápido sem ouvir protestos das criancinhas. E em Madrid tivemos três boas surpresas num restaurante McDonald's onde fomos jantar, que bem podiam ser importadas para cá:

1. Desde logo, a preocupação com o glúten é muito maior do que em Portugal. O Tomás tem alguma intolerância, e tanto na McDonald's, como, por exemplo, nos cartazes dos gelados da Frigo (correspondente à nossa Olá), a indicação de "sin gluten" está bem expressa em todo o lado, e tem inclusivamente direito a um ícone próprio.

2. À entrada do restaurante temos informação de desconto para a Associação de Família Numerosas de Espanha, num autocolante com imenso destaque. Outro bom exemplo que deveria ser rapidamente copiado.


3. Adorámos uma das sobremesas de fruta que eles têm para os miúdos: melancia cortada e espetada num pau de gelado. Chamam-lhe Happy Sandía ("sandía" é melancia em espanhol, e dá para fazer um trocadilho com o clássico gelado sundae), e embora os nossos miúdos até não sejam muito de melancia, o resultado é tão giro e inesperado que eles não resistiram. Queremos em Portugal!



publicado às 09:11


Relato das férias #1

por João Miguel Tavares, em 10.08.13
Bom, a actualização deste blogue tem estado uma desgraça. Peço desculpa, mas nada me leva tanto tempo como estar entretido a ser pai. É uma canseira imensa, um trabalho incrível, uma exploração do homem pela criança que deveria ser impedida pela Constituição Portuguesa. Junte-se a isso uma net gaguejante, daquelas que torna proibitivo o upload de fotos, mais os preços do roaming, e o resultado foi este vergonhoso hiato, logo numa altura em que há tanto para escrever. Somos uns bloggers amadores, é o que é.

Voltando à vaca fria: sim, estamos vivos e, durante uns cinco dias, fomos espanhóis. Viajar com quatro filhos de avião em Agosto, para passar férias fora de Portugal, está praticamente fora de questão sem assaltar um banco, por isso agarrámos na nossa linda Sharan, cheia de malas até ao tecto, e metemo-nos a caminho da Catalunha, que fica a apenas 1100 quilómetros de Portalegre, onde está a casa dos meus pais.

Nós queríamos que os miúdos respirassem um ar que não fosse português, e eu queria, sobretudo, que eles tivessem uma experiência para mais tarde recordarem. Eu sou alérgico a 15 dias de férias parado onde quer que seja, e de cada vez que me falam em Algarve os meus cabelos elevam-se em direcções insuspeitas. Praia + Algarve + Agosto = JMT Serial Killer. Só que neste momento também não há pilim para passar duas semanas no Pacífico, a saltar de ilha em ilha.

Donde, a minha tese é esta: uma experiência curtinha mas muito intensa. Mais vale dois ou três dias num sítio out of the box mas que eles adorem, do que 15 dias a comer sandes de atum salpicadas de areia com perseguições regulares por entre toalhas ao homem das bolas de Berlim. O resultado que saiu desta complexa equação foi este sítio:


Ou seja, Port Aventura, o parque de diversões que já foi do estúdio Universal e que fica em Salou, a cerca de uma hora de Barcelona. À ida ficámos uma noite em Madrid, e depois instalámo-nos durante duas noites num dos hotéis do próprio parque, uma óptima ideia da qual não estamos na arrependidos: a diária é bastante cara (cerca de 350 euros por um quarto para seis pessoas, que na verdade era um quarto duplo), mas dá direito a pequeno-almoço, a três dias no parque para os seis, e, sobretudo, estávamos a 100 metros de uma entrada exclusiva para clientes do hotel, o que é um privilégio num parque que fecha à meia-noite (e é à noite que não há filas e dá para aproveitar todas as atracções). Era saltar da montanha russa directamente para a cama.

Comparando com a Eurodisney, onde fomos com a Carolina e com o Tomás há uns quatro anos e meio, o Port Aventura é mais teen e menos criançola. Não conseguimos aproveitar algumas das atracções mais chanfradas (para grande pena do papá) porque exigem pelo menos 1,40 metros de altura (e eles são inflexíveis ao milímetro), coisa que a Carolina ainda não tem. Mas, ainda assim, divertimo-nos bastante e os miúdos adoraram - incluindo o Gui e a Rita, que apesar de tudo tinham um espaço "Rua Sésamo" para eles dentro do parque. Depois faço uma descrição detalhada da viagem, filho a filho. Para já deixo algumas fotografias:

A família numa das atracções para os mais pequenos

A Rita na única coisa em que podia andar em todo o parque (snif, snif)

A mamã e os três filhos mais velhos antes de embarcarem no mui divertido (e molhado) Grand Canyon Rapids

À vinda, enchemo-nos de coragem e enfiámos uma directa de Barcelona - onde passámos mais duas noites, para eles conhecerem a obra do senhor Gaudí - até Portalegre. Mais de dez horas de carro, estoicamente aguentadas pelos quatro miúdos, em boa parte graças à melhor invenção de todos os tempos: o DVD no automóvel.

Mais histórias em breve.

publicado às 19:08


Sim, estamos vivos

por João Miguel Tavares, em 02.08.13
Uns mais vivos do que outros, na verdade. Peço desculpa pela falta de actualização deste blogue nos últimos dias, mas a família veio de carro para Barcelona passar umas mini-férias e das três, uma: ou não temos tido wireless, ou a internet anda a passo de caracol (fora de questão carregar fotos), ou então (razão dominante) andamos entretidos a ser pais das oito da manhã à meia-noite. A parte boa é que temos material para cinco posts diários. A parte má é que não temos tido tempo para os escrever. Mas aguardem-nos, que haveremos de dar notícias assim que encontrarmos internet século XXI e gente a quem empurrar os miúdos para cima.

publicado às 23:41

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Os livros do pai


Onde o pai fala de assuntos sérios



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