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Num daqueles acontecimentos em cadeia que só a blogosfera pode proporcionar, e que no final descamba num lindo feastim de coincidências, aconteceu isto:
A Ana Garcia Martins, a.k.a. A Pipoca Mais Doce, imperatriz da blogosfera portuguesa e grande companheira de antigas aventuras na Time Out, colocou no seu blogue uma foto da sua árvore de Natal. Esta foto, mais precisamente:
Ui, o que ela foi fazer. A desvantagem de ter um blogue todo fashion é que, subitamente, uma simples e inocente fotografia sobre uma árvore de Natal se transforma muito depressa numa enxurrada de comentários (nem todos simpáticos) não sobre a árvore propriamente dita, mas sobre a beleza dos sofás e - sobretudo - sobre... a ausência de cortinados na sua sala.
Oh, sim, os cortinados. Sempre os malditos cortinados. O horror de uma catrefada de leitores menos encantadores do que aqueles que frequentam o Pais de Quatro desceu de repente sobre a sua cabeça, e a Ana sentiu-se obrigada a escrever um post sobre o facto de... não gostar de cortinados!
E eu pensei cá para mim: "Grande Pipoca, é isso mesmo, atira-te às cortinas! Tu percebes disto, pá, explica ao mundo que os cortinados são a maior foleirice portuguesa desde a última vez que a Paula Bobone saiu à rua!"
Mas a pressão social é uma coisa terrível. O post da Ana começava muito bem, assim desta maneira:
Há pouco falei aqui do blogue Faces in Places, mas agora existe também uma conta no Twitter intitulada Faces in Things. O conceito é o mesmo, os resultados parecem-me um pouco mais desequilibrados, mas continua a encontrar-se por ali coisas extraordinárias:
A Jelly Pearl, no comentário a este post (2/12, 13.03), levanta mais uma questão importante sobre cães adoptados. Partilhando a sua experiência, a certa altura diz isto:
Como queríamos que fosse cachorrinho e não um cão adulto, quando visitasse um canil e procurasse por fofuras pequeninas, nunca iria saber qual o porte do animal em fase adulta.
Quando leio todos os testemunhos que já tiveram a simpatia de me enviar, fico mais tentado a optar por um cão de canil (não sei se a excelentíssima esposa partilha esta minha opinião, porque a ONU proibiu diálogos caninos no perímetro doméstico até 2014). No entanto, até porque acho que as crianças iriam adorar ver o cão crescer, gostava de escolher um cachorrinho, por muito pé de mesa que venha a ser roído.
E é aí que a questão da Jelly Pearl se torna fundamental para mim: se for um pobre e anónimo rafeiro de três ou quatro meses, como é que eu sou capaz de adivinhar à partida que tamanho (já para não falar na personalidade) que ele vai ter? É possível a alguém que perceba de cães olhar para um rafeiro-bebé e adivinhar por antecipação se vai ter 20 centímetros ou meio metro (isto sem ser com base em palpite de corretor de bolsa, claro)?
O blogue Faces in Places é uma pequena delícia, que demonstra bem a nossa incrível capacidade para antropormofizar tudo aquilo que nos rodeia. Acho que os miúdos vão adorar:
O meu amigo Hugo Neves, director de arte da Time Out, enviou-me esta óptima história sobre um pai que decidiu colorir os desenhos dos seus filhos pequenos. O resultado é excelente, e fica apenas a dúvida se aquilo resulta porque o talento do pai para colorir consegue transformar um desenho banal numa ilustração competente, ou se aquilo resulta porque a qualidade dos desenhos originais das crianças é bastante mais elevada do que poderíamos supor à partida. Eis o antes e o depois:
Nos últimos tempos parece que tem havido algumas experiências de pintar digitalmente, mas eu aconselharia a manter-se fiel aos lápis. Colorir em computador é uma arte dificílima: ou se é muito bom, ou mais vale estar quieto.
Mais truques de Richard Wiseman para animar o fim-de-semana. Já sabe: entre a dezena de propostas, nem tudo tem a mesma graça, mas aquela ideia de usar o telemóvel para fingir que se consegue tornar uma criança invisível é óptima.