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Como já aqui afirmei, o Dr. Mário Cordeiro é o pediatra dos nossos filhos, e acaba de lançar mais um livro (um dia destes ele tem de escrever um livro a explicar como é que consegue escrever tantos livros), chamado Educar com Amor.
À boleia do seu lançamento, o Dr. Mário deu uma entrevista ao Observador, que tem precisamente o título deste post. Vale imenso a pena ler, até porque há dicas muito úteis sobre o período lectivo que se avizinha.
Para abrir o apetite e justificar o título, aqui fica um breve excerto:
Não devemos ser escravos dos nossos filhos. Eles não nos podem sugar a vida, têm de se habituar a ser autónomos e, de igual modo, saber precisar de nós. É aí que estou em desacordo com o Carlos González — em relação ao Estivill temos divergências quanto ao método do sono, do desamparo e de deixar a criança chorar, mas isso é outra história (o desamparo não faz bem a ninguém e é o contrário do amor). Em relação ao González, li que quando um filho nosso quer uma coisa temos de desligar a televisão para o ouvir. Calma! Se há direitos dos filhos, também há direitos dos pais.
Este blogue tem estado meio comatoso nos últimos tempos, mas é por boas razões: quanto mais comatoso está o blogue, mais vivos estamos nós. E os últimos 15 dias têm sido um rodopio familiar constante, com eles (os miúdos) de férias e nós (os pais) de semi-férias, sempre a rodar pelo país.
Nessas condições nem sempre é fácil actualizar o blogue, dada a minha dificuldade em postar a partir do iPad, onde é muito difícil formatar textos e fazer upload de fotos em sítios onde a net só passa de raspão. Mas, para que ninguém se queixe, fazemos como nos episódios das séries em que é preciso recuperar o que não vimos: um fast-forward do que se foi passando nas últimas duas semanas.
Nós ficámos mais ou menos aqui, nos anos da Ritinha, não foi? Mas essa gravação foi feita na manhã de dia 30, em Lisboa. À tarde, a Rita estava a celebrar o seu aniversário no Algarve. À chegada, os avós (e o Tomás, que já lá estava) tinham decorado impecavelmente o seu quarto. Olhem só pró estilo:
E depois, a Ritinha teve ainda direito a bolo de anos e a um novo parabéns a você na praia do Inatel, em Albufeira. Não é todos os dias:
Devo dizer que a Rita gostou especialmente de arrancar à dentada a cabeça dos três porquinhos do seu bolo. Fiquei um bocadinho assustado.
E por falar em cabeça: os dias de praia foram curtos, mas muito divertidos. Contudo, a cabeça dos rapazes, nos dias que correm, só pensa mesmo nisto:
Bola, bola, bola. Há dias consegui pôr o Tomás e o Gui a chorar em simultâneo, quais Madalenas arrependidas, com uma única frase: "Vocês estão a portar-se muito mal e já não vamos jogar para o campo." Mal disse isto, um mega-"buááááá" em cânone. Eram eles a chorar perdidamente e eu a rir-me com a extraordinária eficácia da minha ameaça. A brigada anti-palmada pode rejubilar: "não há bola" tornou-se muito mais eficiente do que uma nalgada no rabo.
Mas houve mais, além da celebração do meu 41º aniverário na Portagem, ali mesmo no sopé de Marvão. A Teresa falou disso aqui.
Como não poderia deixar de ser, neste intervalo de tempo o Gui continuou a criar novas e mui estranhas pulseiras, uma das quais para adornar uma garrafa de água da Memi e da Zé nos Montes da Senhora.
E o Tomás elevou a sua obsessão futebolística a um novo patamar:
Também tentámos salvar uma pequena rola que caiu do seu ninho, para grande comoção familiar.
E coleccionámos os nossos nomes nas latas de Coca-Cola. Só a pobre mamã é que ficou sem nada: não conseguimos arranjar uma Teresa em lado nenhum. Se alguém tiver uma a mais, eu troco por 47 Joões.
E pronto, é isto. Vocês não fazem ideia, mas nós temo-nos divertido à brava, ganhando energias para o difícil ano lectivo que se aproxima. Mas isso é conversa que fica para depois.