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- Papá, no próximo fim-de-semana vamos à Kidzânia.
- Quem disse?
- A mamã. E não podem voltar atrás: eu gravei-a a dizer isso.
Se bem se recordam, em Outubro do ano passado escrevi um post no PD4 sobre o número de vezes que devemos dar banho aos filhos, que deu origem a muita controvérsia.
Desde então, fiquei com a ideia de ir investigar um pouco mais e averiguar qual a opinião dos especialistas portugueses acerca dos banhos diários. Acabei por decidir fazer esse trabalho para o Observador, num texto que pode ser lido aqui, e cujos resultados não são lá muito simpáticos para mim, enquanto grande praticante da lei do menor esforço - é que os quatro pediatras e dermatologistas que escutei acham mesmo que se deve tomar banho todos os dias (ou quase).
Um excerto só para abrir o apetite:
Infelizmente, aquilo que muitos americanos nos querem impingir não é, de todo, partilhado pelos dermatologistas e pediatras portugueses que o Observador se deu ao trabalho de ir ouvir.
A fação pró-banho diário sai vitoriosa – e por esmagadora maioria.
Pondo números às coisas, o Observador escutou dois pediatras e dois dermatologistas sobre o tema, e o triste resultado para os pais que trocavam alegremente a remoção de sujidade capilar pelo visionamento de uma assistência de Nani, Nico Gaitán ou Jackson Martínez, é este:
Mário Cordeiro, pediatra – dar banho todos os dias.
Maria João Paiva Lopes, dermatologista – dar banho todos os dias.
José Campos Lopes, dermatologista – dar banho todos os dias “não se desaconselha”.
Hugo Rodrigues, pediatra – em bebés, dar banhos em dias alternados, mas se ele gostar “pode dar mais vezes”.
O resto aqui.
Hoje cheguei ao carro, para ir apanhar dois dos miúdos à catequese, e tinha uma prenda à minha espera no tabliê.
Uma caixa da Arcádia, com um chocolate em forma de coração lá dentro. E um bilhete que dizia...
..."Parabéns pelos 23 anos!"
É verdade: eu e a Teresa começámos a namorar a 2 de Março de 1992, fez ontem 23 anos. Mas como entretanto esse passou a ser também o dia de aniversário dos nossos filhos Gui e Tomás (nasceram ambos a 2 de Março, imaginem), é muito fácil passarmos ao lado da nossa vetusta comemoração.
Felizmente, a excelentíssima esposa, mesmo com um dia de atraso, fez questão de dizer: "presente!". Com ponto de exclamação e tudo.
A Teresa sempre gostou de pontos de exclamação. É coisa que de um modo geral eu evito na escrita, mas que adoro ver nos bilhetes dela para mim.
Antigamente nós fazíamos isto mais vezes, como é natural. Mas por ser mais raro, quando acontece sabe ainda melhor. Embora o marido dela seja francamente encantador, 23 anos a aturar o mesmo gajo não está ao alcance de qualquer um. Há que louvar-lhe a paciência.
E eu louvo, e agradeço.