por Teresa Mendonça, em 09.09.13
O homem da minha vida fez ontem 40 anos!

Já não usa os oculinhos à Harry Potter (que usava muito antes deste ser criado), nem escreve cartas com 50 folhas para aproximar a distância que nos separava (eu vivia em Castelo Branco e ele em Portalegre).
Já não passa o dia inteiro com o saco do Público na mão (era reconhecido na faculdade por isso e os pais encheram uma arrecadação com os exemplares que guardava religiosamente desde o número 1), nem usa o seu colete cheio de bolsos com o qual dava asas ao desejo de vir a ser jornalista.
Os óculos acompanharam as tendências e a versão app do Público poupa as florestas do planeta, mas ele é hoje para mim muito mais do que eu podia imaginar quando o conheci há 23 anos: o meu marido, o meu namorado, o meu melhor amigo, o meu maior crítico, o pai dos meus quatro filhos, o meu amante, o meu herói, o meu punching bag. Amanhecer ao seu lado continua a ser um dos maiores prazeres desta vida e adormecer no seu abraço volatiza qualquer problema que me aflija.
O dia acabou com o João a apagar as 40 velas num muffin de chocolate. Ia deitando fogo ao hotel a acendê-las, mas valeu a pena. Aquele bolo éramos nós: um espaço pequeno onde cabe tanta, tanta coisa.