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A Olívia fez uma observação a um leitor mais dado às liberdades de linguagem nos comentários a este post:
Só para dizer que deveria, no meu entender, escrever sem utilizar constantemente asneiras... não é de bom tom!
Tendo em conta esta repreensão, e o facto de cá em casa sairmos com demasiada frequência do "bom tom", eu senti-me interpelado a partilhar convosco a última invenção da nossa casa: a Garrafa dos Palavrões.
Infelizmente, eu estou mesmo como o leitor mais dado às liberdades de linguagem: de vez em quando saem-me pela boca umas palavras que eu não gostaria que eles ouvissem; e eles, por seu lado, andam a aprender na escola um vocabulário que eu preferia que não conhecessem. Portanto, tendo em conta que falta manifestamente à família a devida polidez, resolvi construir no último sábado isto:
A Garrafa dos Palavrões é constituída por uma garrafa vazia de Pepsi (embora eu seja um homem Coca-Cola Zero), na qual fiz uma abertura para as moedas com um x-acto e na qual colei um rótulo novo, com uma descrição minuciosa do funcionamento do produto.
Mas o maior problema da casa e dos meus filhos não são os "palavrões óbvios e horríveis", que em geral (digo "em geral" porque às vezes eles aprendem umas coisas novas sem que tenham a menor noção do seu significado e do seu peso) eles sabem perfeitamente que não podem dizer. O problema é mesmo a velocidade com que os "estúpidos" e os "gajos" e os "putos" e os "chiças" são debitados.
Essas palavras foram designadas como "feias", e cada uma delas paga 50 cêntimos. Para não haver dúvidas, resolvemos fazer uma lista em família, que ficou registada na garrafa. Neste momento constam "gajo", "gaja", "fosga-se", "caraças", "idiota", "parvo", "parva", "chiça", "bosta" e gestos de "pilinha sexy" (não queiram saber).
O "estúpido" e a "estúpida", dada a recorrência da sua utilização, mesmo não sendo tecnicamente palavrões, sofrem penalizações extra: 1 euro.