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A mais estranha mnemónica da história das mnemónicas

por João Miguel Tavares, em 15.12.14

A Carolina acha a disciplina de Ciências Naturais a mais difícil do 5º ano, sobretudo porque já tem imensa coisa para decorar.

 

Na semana passada, ela estava fechada no quarto a estudar para o teste de final de 1º período, mas de cada vez que eu passava no corredor só a ouvia cantar. Bati à porta para perguntar que raio era aquilo e se ela achava que andar a cantorolar nas vésperas de testes era a melhor actividade a que podia dedicar o seu tempo.

 

Erro meu, do qual tive rapidamente que me penitenciar. Aparentemente, aquilo era mesmo estudo. E do mais original que já se viu. Tão original, aliás, que pedi logo autorização à Carolina para a gravar e partilhar com os leitores do PD4.

 

O som, como é hábito nos meus vídeos gravados no iPad, está uma bela treta (tenho de pedir um microfone de prenda de Natal), mas se colocarem o volume no máximo acho que dá mais ou menos para perceber.

 

 

Engenhoso, hein?

 

Bastante entusiasmado com a mnemónica melódica da minha filha mais velha, louvei o seu empenho e fiquei mais descansado: embora me parecesse mais fácil fixar as frases sem ter, ao mesmo tempo, de fixar tão intrincada melodia, aquilo era uma demonstração de indiscutível dedicação à disciplina de Ciências Naturais. 

 

Só que... 

 

Há um enorme SÓ QUE.

 

Quando fui confirmar a exactidão da letra cantada pela Carolina com os apontamentos originais, descubro subitamente que eu lhe tinha perguntado acerca do efeito de estufa e ela respondeu-me o que eram... as chuvas ácidas!

 

2014-12-04 09.46.27.jpg

 

Tal como um disco riscado, a Carolina andava a saltar faixas. E infelizmente, quando dei por isso, já ela tinha feito o teste.

 

Até tremo só de imaginar a nota que aí vem.

 

Para a próxima vou dizer-lhe para se deixar de mnemónicas e frases fixadas ao milímetro e perceber exactamente de que trata a matéria. De pouco me serve ter uma menina afinadíssima em termos de voz se depois desafina desgraçadamente em termos de letra.

 

Versos trocados em testes escolares? Um pai vê as coisas mais estranhas.

 

publicado às 10:11


22 comentários

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De Elisabete lopes a 16.12.2014 às 06:41

A minha filha também está no 5°ano e detestava ciências no 1°mês mas ensinei-a a perceber e a criar perguntas para o que está no livro e digo sempre que não se deve decorar mas sim entender senão nunca irá ter boa nota. Passou de nota 3 para nota 5 em 2 testes.
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De Duarte Nuno Januário a 15.12.2014 às 22:22

Sou professor de química e tenho uma enorme curiosidade sobre o que ela responderá se lhe perguntar o significado de "ácido" e, claro, de "mais ácido do que o normal".
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De Emanuel Luis a 15.12.2014 às 21:31

hehe a ideia é boa mas nao a leves ao the voice! Nao terá carreira musical mas assim vai longe onde interessa
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De Vanessa a 15.12.2014 às 15:10

A ideia dela foi boa, esqueceu-se foi de fazer uma melodia diferente para cada tipo de matéria diferente.

Eu tinha - e tenho - por hábito decorar as coisas por cores. X matéria tem uma cor específica e no teste lembro-me sempre disso. Por vezes não me lembrava de tudo, mas nunca me desiludiu.
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De marta a 15.12.2014 às 14:21

bem, eu cá cheguei a decorar com recurso a folhas A4 de cores diferentes...assim recordava-me da cor e mais facilmente conseguia recordar o que estava lá escrito...funcionava..
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De Rute Moreira a 15.12.2014 às 13:48

Eu acho muito eficaz. Quando os meus filhos eram pequenos e para resolver o problema Tabuada, criamos letras e lançamos um CD que teve bastante sucesso no mercado com a Tabuada. Se quiser envio-lhe para ver. Pode dar jeito para o seu filho que entrou agora para a primária. A única queixa que tenho é que os pais se fartam do CD por o ouvirem tantas vezes.
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De Entre Dias a 15.12.2014 às 12:48

Foi uma ideia gira, mas não resulta lá muito bem, pelos vistos! :p
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De Joana a 15.12.2014 às 12:22

Não consigo ver o vídeo, diz que não está disponível. Estou curiosíssima. :D
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De João Miguel Tavares a 15.12.2014 às 13:11

Não está disponível? Estive a confirmar, e ele funciona tanto no meu computador como no iPad.
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De Joana a 15.12.2014 às 13:56

Já consigo ver :) Obrigada. Ahaha melhor estudo que já vi :)
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De Carlos Duarte a 15.12.2014 às 12:00

Como vem tudo da queima de carvão e derivados do crude, pode ser que a coisa passe :P

Mas concordo com a ideia "intrínseca": mais vale perceber as coisas do que nos limitarmos a decorar. Especialmente nas Ciências.
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De Nicole I. a 15.12.2014 às 11:24

Lol ehehe

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