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A nossa juventude é ignorante?

por João Miguel Tavares, em 30.04.14

O título não é meu, mas de um excelente texto que o Henrique Monteiro assina hoje no Expresso online. Eu não poderia estar mais de acordo com o que ele escreve acerca da alegada ignorância da juventude, uma acusação que tem milénios. Não percam.

 

publicado às 09:57


2 comentários

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De joao a 30.04.2014 às 18:39

Há um aspecto que me parece importante e que é omitido no texto de Henrique Monteiro: a compressão da escala temporal e, em muitos aspectos, da escala espacial.

Por exemplo, quando os meus filhos me perguntam "não acha que Coldplay é boa música?" eu respondo "não sei, daqui a 30 anos saberemos". Por isso, a minha grande luta com eles não é na ampliação do âmbito de interesses mas sim dos horizontes temporais e espaciais. Porque a história repete-se no tempo e no espaço e nós somos muito iguais ao que já fomos e procurarmos ligações no tempo e no espaço ajudar-nos-á a crescer e a entender melhor o mundo.

Em relação ao espaço, a comunicação social portuguesa é mais cosmopolita do que os valores típicos da União Europeia (compare-se por exemplo as capas dos quotidianos em kiosko.net). Mesmo assim, sabemos dos "outros" quando os desastres ou o espectáculo os puxa para a ribalta.

Há uma enorme concentração da informação e conhecimento sobre a actualidade e a nossa vizinhança e parece-me que esse efeito se tem acentuado desde a década de 1990 com a comunicação digital instantânea: Web, televisão por satélite e cabo, telecomunicações móveis.

É hoje possível encontrar jovens que são "especialistas instantâneos" no uso de drones no Afeganistão mas é muito mais raro encontrar um jovem que saiba quem são os hazara e o que fazem sob os drones americanos no Afeganistão. Paradoxalmente, nunca tanta informação esteve disponível para quem quiser aprender.

A sabedoria será daqueles que conseguirem peneirar a informação e o conhecimento e escolher o que é relevante porque é duradouro no tempo e no espaço.

P.S.: a "atomização" no sentido original de "anekdote" também é importante na actualidade mas penso que atravessa muitas gerações e contextos.
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De Sílvia a 30.04.2014 às 10:52

Concordo com ele. E não devemos esquecer que os nossos jovens licenciados são considerados "lá fora" como dos mais bem (senão os mais bem) preparados para aquela função, daí que tantos estejam a emigrar!

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