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Em tempos idos (há um ano e meio, tempo comum; há uma década e meia, tempo familiar) escrevi neste blogue um texto bastante mauzinho - mas sincero - sobre Eduardo Sá, intitulado "A Associação dos Pais Alérgicos a Eduardo Sá". E eis que este domingo Eduardo Sá voltou à minha companhia via Observador, onde ele dá uma entrevista a propósito do seu novo livro, Hoje Não Vou à Escola!.
E como a entrevista é das que se lê e não das que se ouve, dei por mim a concordar com Eduardo Sá mais vezes do que é habitual, até porque o seu costumeiro tom cutchi-cutchi aparece aqui bastante suavizado.
É claro que a visão da criança "criativa" e a defesa de que "crianças mais empanturradas em conhecimento são crianças que pensam menos" é muito cor-de-rosa e altamente discutível. Mas, de um modo geral, concordo com o retrato que Eduardo Sá traça da escola actual.
E para aquele tema que nos ocupou tanto na semana passada, há uma frase sua que me parece bastante pertinente, e que me fez escrever este post:
Crescer é uma receita razoavelmente simples: dar o mais possível de colo, um q.b. de autoridade e o mais possível de autonomia.
É verdade. Ensinar a crescer é mesmo isso. Sobretudo aquela parte de "o mais possível de autonomia" que, vá lá saber-se porquê, foi a que mais gostei de ler.
Ora, se até o psicólogo mais cutchi-cutchi da nossa praça o diz, quem, de entre as pessoas que escrevem neste blogue, terá coragem para o desmentir?