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Cá em casa todos adoramos cinema, miúdos incluídos. Desde antes dos dois anos que os introduzimos nos filmes e séries que mais admiramos e, por vontade deles, aproveitariam os fins-de-semana para ficarem agarrados a ver de enfiada todos os episódios das sequelas ou séries que mais gostam. Assim a saúde dos seus olhos (e dos seus neurónios) o permitisse.
Os desenhos animados não fogem à regra, e depois de lhes mostrarmos com saudosismo e admiração as séries mais emblemáticas da nossa infância, estas passaram a ser também as suas preferidas. Heidi, Conan, D'Artacão, Willy Fog, Abelha Maia, As Misteriosas Cidades de Ouro ou Tom Sawyer já foram vistas e revistas inúmeras vezes.
Mas há uma que, porque nunca cativou o ultra-cinéfilo da família, nunca pôde ocupar o horário nobre da exibição de conteúdos cá de casa: a Ana dos Cabelos Ruivos. Esta menina orfã - que adora dar asas à imaginação, que fica paralisada de felicidade com a beleza das pequenas coisas do mundo, que ferve em pouca água, que adora usar palavras caras, que quando um nome de uma coisa não lhe agrada se apressa a arranjar-lhe outro muito mais estimulante e que mudou a vida de dois velhos irmãos (Marília e Matias) resignados à sua existência dura e solitária - ocupa um cantinho muito especial nas minhas memórias. A Carolina também já se rendeu aos seus encantos e foi vendo os seus episódios muito espaçadamente, em momentos de distracção do papá.
Mas há dois dias tudo mudou. O Tiago Cavaco rendeu-se publicamente aos encantos da Ana dos Cabelos Ruivos e, por sua causa, o meu mega-cinéfilo ficou com a pulga atrás da orelha. É agora ou nunca! Já sei qual vai ser o programa especial de fim-de-semana depois das natações, audições e apresentações de livros já marcadas.
Muito obrigada, Tiago!