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Primeira aula da Carolina na nova escola, primeiro buraco: ainda não há professor de História.

 

Expliquem-me devagarinho, a ver se eu percebo. Se milhares de professores chegam sempre com uma semana de atraso, porque é que não se fazem as colocações uma semana mais cedo?

 

publicado às 10:39


44 comentários

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De Anónimo a 21.09.2014 às 17:53

-Cada vez me convenço mais que as escolas não querem bons professores mas... os melhores, o que vai uma diferença! Os mais experientes vão-se embora, ficam os que não sabem resolver... por falta de saber e conhecer que só vem depois de muitos anos a chafurdar nas coisas mais ignóbeis onde vivem pessoas mais as suas crianças. As escolas estão desertas. Reina a desconfiança e o alarmismo, onde ninguém se conhece e muito menos trabalha em equipa. O alunos? A parte interessada e interessante, esses parecem peixes fora de água, com a boca aberta a sufocar por tamanha indiferença e indisposição dos mais velhos. Este país não é nórdico, nem nunca o será e continuar a gatinhar de quatro à mercê dos bárbaros!
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De Ana a 18.09.2014 às 10:39

Eu não sou professora, mas tenho uma familiar com um cargo diretivo numa escola. Este ano teve direito a 3 (três) dias de férias, à conta das loucuras do ministério. Chegam a mandar um mail para a escola (ou através de uma plataforma, agora penso que é tudo na 6ª feira a pedir coisas até às 9h de 2ª feira seguinte! Têm professores que pediram a reforma, e que vão sair no decorrer do ano letivo (provavelmente logo no inicio) e não deixam a escola pedir outros já, para os substituírem. Têm pessoal não docente do quadro da Camara Municipal e do quadro do Ministério da Educação. Os da Câmara têm um regime horário, os do ministério outro. Os da Camara não tiveram congelamentos de carreira, os do ministério tiveram, o que significa que uma pessoa do quadro do ministério com muito mais experiencia e capacidade é preterida num concurso para cargo de chefia por uma da Camara que "subiu de escalão" (ou o que quer que se chame a isto) por a Camara permitir as progressões. A plataforma é outra coisa. 1 professor engana-se e não clica no sítio certo e pode perder a colocação por falta de um mero click (acho que isso aconteceu ou vai acontecer este ano). Dos agrupamentos nem vale a pena falar. São realidades completamente distintas que foram aglutinadas sem qualquer preparação. Um infantário não é a mesma coisa que uma escola secundária. Criou-se a moda da educação especial mesmo para crianças que não têm de estar na educação especial e os pais, pensando que lhes estão a facilitar a vida, recorrem a tal possibilidade, sem se aperceber das consequências futuras de tal escolha. A matéria da educação especial dava para vários artigos. Isto é o que me lembro. porque o desespero dela é tanto que eu acabo por ficar perdida nos assuntos.
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De Pedro a 17.09.2014 às 19:12

Como pai, perguntou eu também, porque é que não fazem as colocaçoes 2 SEMANAS mais cedo ?
Na Escola Artistica António Arroio, mil alunos nem sequer começaram o ano lectivo porque faltam colocar 50 professores.
Mas os telejornais não mostram isso, só mostram os "sucessos".
Irá com sorte começar daqui a 2 semanas. E a maior parte dos professores não colocados já lecciona na escola. Simplesmente, como não são efectivos, há que concorrer anualmente.
É Incompetencia e basta.
Bem, no caso específico desta escola, desconfio de algo mais.
Basta ver a legislação recente que alterou as condições de acesso ao ensino superior, especialmente feita a pensar nesta escola e na Soares dos Reis no Porto, escolas tradicionalmente contestatárias e que são pouco queridas a Nuno Crato, ao PM (este e o anterior) e ao PR.
Como cidadão sinto-me indignado. E como pai, vigarizado.
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De Sílvia Correia a 17.09.2014 às 16:31

Não é verdade que haja sempre problemas com a colocação de professores. Quando eu comecei a trabalhar, em 1998, éramos colocados em Agosto. O concurso de professores era o concurso mais transparente da função pública e corria (quase) tudo bem (numa altura em que não havia plataformas informáticas, veja bem). O drama das colocações dos professores é recente e começou com a governação da Dra. Maria de Lurdes que em nome da autonomia das escolas dividiu o concurso único em mais do que um, com os mesmos professores a ter de concorrer de diferentes modos. O Dr. Crato complicou ainda mais as coisas e hoje o concurso dos professores é tão complexo que muitos professores têm dificuldade em entende-lo. Imagino que os profissionais do MEC também e daí tanto erro este ano. Acontece que de lá para cá a importância dada a este assunto no início de todos os anos lectivos pelos média aliada às queixas (com justa causa) dos professores que são afectados dão-lhe outra visibilidade. O ter filhos em idade escolar também nos torna mais sensíveis para a problemática.
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De VascoB. a 17.09.2014 às 14:48

Tenho um amigo que costuma ver o mundo de modo algo simplista.

Há dias dizia-me: "Não percebo porque raio uma escola perde um professor para este ir parar a outra escola... ou ficar desempregado. E depois vem outro. Se lá estava, é porque fazia falta. E todos os anos andam nisto, tiram de um lado para meter no outro."

Bom, às tantas ele volta e meia até acerta. Um banho de pragmatismo faria tão bem de vez em quando... mas gostamos mesmo é de complicar
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De carla a 17.09.2014 às 11:16

A Carolina tem sorte só lhe falta 1 professor, ao meu filho no 9º ano faltam 6 professores e sem previsão de vir a ter.E assim se começa o ano lectivo.
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De Maria2 a 17.09.2014 às 02:55

A razão é que mais uma vez o MEC começou os procedimentos muito tarde e cometeu erros, atrás de erros. Se os pais não se mexem, os alunos ainda ficam sem professores daqui a umas semanas, pois a gravidade dos erros é de tal ordem que a única hipótese será retirar os que foram mal colocados e começar tudo novamente.

JMT, era mesmo importante que alguém se interessasse sobre o assunto, já há algumas abordagens nos jornais, mas se quiser eu explico melhor. É a tal ponto que eu nem sei bem o que fazer, nem sei quem poderá repor a justiça de tudo o que se passou.

Para cúmulo, o MEC enganou-se na fórmula de cálculo da colocação, o que quer dizer que os professores com menos experiência foram colocados antes. Assim como os professores que mentiram nas respostas (sim, mentiram e essas respostas não estão a ser verificadas mas assumidas como verdadeiras). Já foram apanhados alguns casos, mas as Direcções remetem para o MEC, o MEc para os Directores.

NUNCA vi nada assim! Nem sei o que vai acontecer.


Se estiver interessado, eu explico-lhe, contacte-me por e-mail. Tenho fotos da candidatura para comprovar os erros que aponto.
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De João Miguel Tavares a 17.09.2014 às 09:42

Eu evito descer muitas vezes ao lado mais específico da questão quando escrevo nos jornais porque não sou especialista na matéria, e porque me parece que os jornais têm, de um modo geral, especialistas em educação que vão denunciando os problemas - além de que para fazer barulho não há melhor do que a Fenprof. Não lhe parece que isso esteja a acontecer desta vez, Maria? Se for esse o caso, e se achar que há algum ângulo particularmente escandaloso que não está a ser abordado pelos media, então sim, agradeço que me explique. O meu mail profissional é jmtavares@outlook.com.
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De Maria2 a 17.09.2014 às 10:58

Obrigada por ter respondido, João.

Infelizmente, quando a FENPROF abre a boca, acaba por demonstrar, pelo menos aos professores envolvidos, o total desconhecimento da situação. Chega a ser embaraçoso.

A única associação que nos tem ajuda é a ANVPC, mas que não é um sindicato e não tem o acesso à Comunicação Social como a FENPROF.

Eu vou contactá-lo e tentar fazer um resumo.
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De Anónimo a 17.09.2014 às 00:51

Porque ficam até ao último minuto a engendrar um plano maquiavélico para eliminarem professores em condições de vincular. (disclosure: não sou professora!)
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De Mário Cordeiro a 17.09.2014 às 00:51

PS (ou outra sigla, se quiserem): e um elogio para a Drª Maria de Lurdes Rodrigues. Goste-se ou não da pessoa e do seu estilo "peculiar", acredite-se ou não que prevaricou, ache-se ou não que estas "sentenças exemplares", além de serem pouco constitucionais têm muito que se lhe diga, fez uma série de reformas do primeiro e segundo ciclos, desde o tempo completo, AECs, inglês, expressões, aulas de substituição, refeições quentes, etc, etc, que nunca foram valorizadas porque o seu consulado ficou apenas para a História como "A guerra da avaliação do professor Mário Nogueira". O mesmo para a Parque Escolar que, para lá da história mal contada das "derrapagens" - hoje, o Correio da Manhã e o facebook são a Pravda e o Izvéstia do regime -, fez inúmeras intervenções que tornaram algumas escolas habitáveis. Não partilho das ideias do Miguel Sousa Tavares que "no nosso tempo íamos de burro para a escola, escola essa onde chovia, fazia frio e, todavia, ficámos uns homenzinhos... também se dizia o mesmo da tropa!
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De Mário Cordeiro a 17.09.2014 às 00:41

E se os alunos terminam em Junho e se inscrevem em Maio... porque é que as turmas só saem na véspera do primeiro dia de aulas?
E se as matérias são nacionais (que eu saiba, o Dom Afonso Henriques de Vila Real será o mesmo de Faro, ou o do Agrupamento Filipa de Lencastre o mesmo dos Salesianos), porque é que os manuais escolares não são feitos por um grupo de trabalho de professores do ramo, impressos na Imprensa Nacional que até tem uma editora, vendidos a preço de custo (aí umas dez vezes menos do que o preço que pagamos) e, finalmente, duráveis 3 a 5 anos (a Pré-História não muda muito, acho, nesse "longuíssimo período de tempo, nem os superlativos absolutos analíticos e sintéticos ou lá como se diz)... e feitos em partes que se juntam aolongo do ano para não carregar para a escola nas inefáveis mochilas, no primeiro dia, o peso das páginas de Junho seguinte, e ainda que não se escrevesse nos manuais para os (escassos) irmãos poderem aproveitar.
Mas não. A 16 de setembro continuamos sem alguns professores, com horários incompletos, sem saber o que fazer em termos de actividades complementares... e assim se promove a natalidade...

Só há uma solução para o ME: primeiro implodi-lo (eventualmente retirando algumas pessoas... vá lá, todas para não me chamarem talibã), e depois reconstruir e designar por "ministério do ensino, aprendizagem, artes e cultura, e desenvolvimento da pessoa e do cidadão" (um bocadinho grande, mas arranja-se um acrónimo), em que o ministro faria um juramento de que seria, mesmo "ministro," ou seja, "servidor" da "res publica".
Finalmente, vassourar alguns directores, professores, chefes de secretaria e aumentar em muito o número de auxiliares seria outra medida estrutural fundamental.
Enquanto a hierarquia napoleónica se mantiver e os dez pais, dos quatrocentos possíveis, que aparecem nas reuniões de pais e intervêm na escola, se queixarem sobretudo de que o peixe tem espinhas, o puré de batata grumos e o arroz está empapado... esqueçam.
Nice try, JMT... mas por experiência própria digo que desmoraliza,mesmo que uma pessoa não se deixe abater e persista.
Abraços
PS: o meu amigo já se inscreveu na Associação de Pais? "Maila" sua Excelentíssima Esposa?

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