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Crianças não permitidas #4

por João Miguel Tavares, em 03.04.14

LA-C, nos comentários a este post, aconselha-me a falar menos sobre o tema do "child free":

 

Se se aceita que as crianças são pessoas de corpo inteiro com os mesmos direitos das outras pessoas, então estas proibições estão exactamente ao mesmo nível de proibir ciganos, negros, ou portugueses, como uma minha professora de liceu viu num parque na Suíça há cerca de 20 anos.

 

E os argumentos são semelhantes aos que são dados para as criancinhas. Por exemplo, no caso dos portugueses era porque eles muitas vezes deixavam o local do piquenique bastante sujo.


Evidentemente, o que se deve proibir é o lixo, as sardinhadas, o barulho, as correrias, etc., e não as crianças, ciganos, portugueses, etc.

 

Tu escreveres tanto sobre o assunto estás a dar espaço para que isto seja sujeito a debate e penso que estás errado. O racismo e a xenofobia combatem-se, não se debatem como se o outro lado tivesse argumentos decentes para dar. Aqui é o mesmo.

 

O argumento é bom, mas que as pessoas se sentem motivadas a discutir este tema, sentem: o recorde de comentários para um único post foi ontem largamente batido.

 

A minha questão é que, ao contrário do racismo e da xenofobia, não me parece que as pessoas estejam ainda devidamente sensibilizadas para esta pedofobia em estado larvar, como se vê pela quantidade de gente que acha que haver muitos hotéis ao lado que deixam entrar crianças é suficiente para resolver a questão. Este é um dos casos em que a lei está mais à frente do que certas mentalidades, e é bom alertar para isso.

 

publicado às 08:56


13 comentários

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De Kate Guimaraes a 04.04.2014 às 09:12

Eu concordo que a restrição de uma criança num hotel não e a mesma coisa do que a restrição da criança numa discoteca.

Estava aqui a criticar a comparação dos direitos das crianças com os adultos.

Eu não acho que os direitos das crianças sejam iguais ao dos adultos, exactamente pela imaturidade. Tirando o caso de conduzir (uma vez que so pode conduzir quem tem carta e não e um direito adquirido de um cidadão), o direito a votar por exemplo e aplicado a todos os cidadãos. Ora, as crianças não podem votar porque são imaturas. E por esse mesmo motivo, os seus direitos não são iguais aos dos adultos.
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De André a 04.04.2014 às 10:50

Eu já estive em hotéis onde as pessoas passavam o dia tudo o usufruir de um bar aberto numa piscina, com música em alto volume, num clima de franca libertinagem (se for este o argumento), que se estendia por todas as zonas comuns do hotel. Não vejo bem a diferença de um hotel destes para a grande maioria de discotecas. Posso negar a entrada de crianças em hotéis destes? Se posso, então porque não pode qualquer hotel negar a entrada a crianças em função do tipo de experiência que oferece? Se não posso, então porque podem as discotecas negar a entrada a crianças? Basta não vender-lhes álcool, e oferecer espaços sem fumo e com pouco barulho, não?

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