ERu tenho dois filhos que amo da mesma maneira. Eles estão a ficar crescido e cada um está a ganhar a sua personalidade e a verdade é que um deles se enquadra mais na minha e eu na dele. Amo os dois igual, tenho a certeza, mas dou-me melhor com um deles, converso mais....Saimos juntos, vamos passear... O outro não gosta de ir, prefere ficar em casa... Não estou a preterir o outro, não mesmo. É mesmo uma questão de personalidades. Visto de fora, acho que pode parecer que "gosto" mais de um que do outro, mas não é verdade e quando falamos nisso lá em casa, eles proprios sabem que há diferenças, sim, mas não no ano, apenas no relacionamento, porque somos todos diferentes uns dos outros!
Leio o seu blogue todos os dias e revejo-me várias vezes.
Já várias vezes disse ao meu Pai que os seus textos me lembram muito a maneira como o meu Pai tem "exercido" esse papel mas hoje foi a identidade total.
Quando um de nós os quatro lhe perguntava se éramos o preferido ou a preferida ouvíamos sempre um (amoroso) sim imediatamente seguido de, no meu caso, "a minha filha mais velha preferida". Claro que a minha irmã é a "filha mais nova preferida" and so on... Sempre achei muita graça a esta frase e, quando comentei o seu texto com o meu Pai, fiquei incumbida de vir aqui contar "a maneira dele".
Vantagens de ter dois filhos, e um de cada sexo, é que posso sempre dizer e sem sombra de dúvida que ela é a milha filha preferida e que ele é o meu filho preferido... :)
E pode acontecer amar-se mais um filho que outro? Só tenho uma filha, mas acho que sentir-me-ia horrível se tivesse mais e tal me acontecesse. A maior parte dos pais diz sempre que amam todos os filhos da mesma forma, mas conheço alguns que falam em ligeiras preferências...e nota-se.
Na minha experiência eu diria que NUNCA, JAMAIS. Eu tive muitas dúvidas,mesmo durante a segunda gravidez... achava que o que eu sentia pela minha filha nunca se compararia a nada no mundo... Estava enganada, chegou o Gui e percebi que é a mesma coisa, o mesmo amor. Mas não sei, falo apenas por mim, acredito que é sempre igual.
Mas por acaso pergunto, eu que sou pai só de um (por enquanto): é difícil manter a sensação de "igualdade afectiva" dentro da família, ou é habitual um (ou mais) filhos sentirem-se preteridos?
(Sou o mais velho de quatro irmãos e nunca senti qualquer problema nesse ponto, tenho de dizer.)
Não, do que eu conheço não acho normal sentirem-se preteridos, a não ser em breves momentos de chantagem emocional, do género "tu fazes todas as vontades a X ou Y!". De um modo geral, não tenho grandes dúvidas que os meus filhos se sentem todos tratados por igual, independentemente das suas idiossincrasias.
Eu, que também tenho três irmãos, sempre senti muita diferença. Minha mãe nega isso, mas sempre achei que ela tivesse um ¨fraquinho¨ pelos meninos... E ela sempre dizia: ¨ Amor é um sentimento absoluto, ou se ama, ou não se ama, e quando se ama é sempre do mesmo tamanho!¨ Hoje, sendo eu a mãe compreendo isso, imagino que mesmo tendo 10 filhos seria esse amor,inexplicável e tão fácil de entender quando temos filhos. Sempre digo à Pipa: você é a minha filhA preferida! E ao Gui: você é meu filhO preferido... Como a idéia é parar por aqui vai dar sempre para fazer essa brincadeira!