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Dificuldades de aprendizagem

por João Miguel Tavares, em 28.10.14

Porque o PD4 também é dos seus leitores, fica aqui a partilha desta mãe, muito preocupada com as aparentes dificuldades de aprendizagem do seu segundo filho. O seu pedido de ajuda estava na caixa de comentários deste post, onde vários leitores já opinaram sobre o tema, mas aqui ele tem mais destaque e outras pessoas podem ajudar com dicas e palpites.

 

Se me permite vou deixar o meu "problema", quem sabe algum dos comentadores me ajude com as suas experiências de vida.


Tenho dois filhos. O mais velho (7.º ano) sempre foi bom aluno, estudioso e, verdade seja dita, nunca me deu problemas com a escola. Talvez seja este o problema, por eu "pensar" que seria assim com a segunda filha. Ela está agora no 2.º ano. Desde o ano passado que a professora me diz que "é distraída, faladora e desconcentrada" (noto isso também), que demora a entender os conceitos e ... que tenho de trabalhar muito com ela em casa.

 

Mas aqui está o problema. Eu sinto que não estou a conseguir contribuir para melhorar o seu desempenho e o (pouco) tempo que estou com ela à noite e aos fins de semana está a tornar-se num suplício. Tentar explicar-lhe matemática é para esquecer! Parece que não percebe mesmo...

 

O estranho (ou talvez não, já nem sei nada) é que é uma miúda inteligente, muito perspicaz, decora o sítio de tudo (se eu não souber de algo em casa, ela sabe de certeza), é responsável, faz a mochila e o saco da piscina sozinha, nunca se esquece de nada. Será que é mesmo "limitada" para a matemática? Como poderei ter a certeza?

 

Tudo me tem passado pela cabeça. Pô-la em explicações (coisa que sempre me pareceu absurdo no 2.º ano...), levá-la a um psicólogo para tentar avaliar a sua capacidade (se ela não tiver realmente capacidade, vou andar a massacrá-la?). Não sei mais o que fazer. Só sei que me sinto a falhar sempre que falo com a professora, que me diz que tenho de "trabalhar muito com ela". 

 

Eu faço o que posso, mas nunca é suficiente. Já não brincamos, já não saímos... Estou a ficar desesperada! Há alguém na mesma situação?

 

publicado às 16:37


49 comentários

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De Anónimo a 29.10.2014 às 10:12

A opção de procurar um psicólogo (um bom) parece-me a melhor, pois ajudará a perceber o que se passa e a definir as estratégias adequadas e que não prejudiquem a relação mãe-filha (que não deve ser mãe/professora-filha!).

Mas já agora conto um pouco da minha história:
Também eu tenho um irmão mais velho muito inteligente, bom aluno e que sempre teve boas notas a tudo (5 a quase todas as disciplinas). Era daqueles meninos que as professoras adoram e consideram exemplar! Eu não. As notas eram medianas, os professores diziam que eu era pouco interessada, pouco aplicada, faladora, distraída, etc... Aparentemente também diziam de mim "ela até é inteligente, mas isso não se vê nos resultados". É verdade que eu sabia muitas coisas, mas nada daquilo que era perguntado nos testes. A questão da comparação com o mais velho não ajudava, claro. E sei que os meus pais sofriam bastante com isto.
À medida que o tempo foi passando, as coisas foram mudando um pouco, apesar de eu não saber exactamente qual foi o mecanismo. É verdade que os meus pais sempre foram exigindo que eu tivesse boas notas. Penso que com o avançar da escolaridade, os temas me iam interessando cada vez mais (o salto maior no meu desempenho foi a partir do 9º ano, altura em que há uma maior especialização das matérias escolares, indo mais ao encontro do que os alunos gostam). Acho também que é a partir dessa altura que se valoriza mais um pensamento menos convencional (e eu acho que às vezes era um pouco "fora da caixa")...

Hoje posso dizer que sou um exemplo de sucesso académico: sou doutorada, sou boa no que faço, sou procurada pelos meus colegas para fazer - ou ajudá-los a fazer - as coisas complicadas.

Na altura (isto foi há 30 anos) não havia o acesso a psicólogos que há hoje. Não sei se teria ajudado ou não. Continuo a achar que para o seu caso, o psicólogo é a melhor opção. Mas acrescento que às vezes também é preciso saber entender a inteligência dos miúdos e utilizar estratégias alternativas de aprendizagem, pois eles não são todos iguais.
Alguns são apenas menos convencionais e mais "out of the box"! (JMT, acho que se calhar é isto que se passa como o GUI!)

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