De Tita a 25.11.2014 às 17:58
Gostava também de saber a vossa opinião em relação à nudez em frente aos filhos.
De Anónimo a 25.11.2014 às 18:03
Na minha opinião, acho que não há problema nenhum. Em minha casa, nunca fechamos a casa de banho e os filhos e pais entram naturalmente quando alguém está a tomar banho. Penso que são coisas totalmente diferentes.
De Tita a 25.11.2014 às 18:10
Coloquei esta questão aqui, mas se calhar não devia, pois não estou a comparar a nudez com os beijos na boca dos filhos. Tenho só curiosidade em saber a opinião de outros pais e especialmente a opinião do Dr. Mário Cordeiro.
Em relação aos beijos na boca não os dou aos meus filhos porque eles já não querem... A nudez já me suscita mais dúvidas.
De Anónimo a 25.11.2014 às 18:18
Cá por casa encara-se a nudez com muita naturalidade.
Ninguém se tapa, nem se esconde. Não nos andamos a mostrar, mas também não nos escondemos.
Entramos e saímos da casa de banho, quando lá estão os outros, caso a porta esteja aberta ou entreaberta. Se estiver fechada, é porque quem lá está quer privacidade e ninguém entra (ex. o meu filho qd vai fazer o n.º 2 fecha-se, não se sente bvem com a ideia de alguém entrar sequer).
Tomamos banho juntos se calhar de ser, vestimo-nos todos no mesmo quarto todos os dias - vou chama-los aos quartos deles e apenas ligo um aquecimento e estamos lá todos. É da maneira que vamos falando um bocadinho e vou ajudando a vestir...
Nunca senti os meus filhos incomodados com isso, se um dia achar ou eles me disserem, garanto a privacidade deles, claro.
De Mário Cordeiro a 25.11.2014 às 21:32
Olá
Já que me pede, tenho todo o gosto. Creio que a nudez deverá "terminar" quando se note algum desconforto por parte, quer dos pais, quer dos filhos. Por outro lado, acho que, após os 2 anos, a nudez (e tomar banho) com o progenitor do sexo oposto pode ser complicada porque a criança estará a iniciar o seu jogo de sedução com a pessoa que deseja como "pai ou mãe dos seus filhos"... sim, porque a parentalidade começa aos 18 meses! Com ursinhos de peluche e nenucos, mas parentalidade!
Abraços
De Tita a 25.11.2014 às 22:11
Muito obrigada Dr. pela resposta.
Eu quando as minhas filhas mais velhas eram mais pequenas (3/4 anos) via com naturalidade os banhos juntos ou despir-me à sua frente. Depois comecei a não sentir-me à vontade e achei que deveria resguardar-me, até para que elas(hoje com 12 e 11 anos) também tivessem algum pudor, porque acho que deve haver algum recato.
Mas fico sempre na dúvida se agi correctamente pois também não quero que as minhas filhas lidem mal com o próprio corpo.
De Ana Maria a 26.11.2014 às 13:29
Tomei banho com a minha filha até ela ter 3 anos. Não o fiz sempre, apenas ocasionalmente. Por vezes, não de propósito, ela via o pai nu. e nunca houve problema.
Passámos a ter mais cuidado agora porque ela entrou na fase do "conta tudo", e muito naturalmente diria na escola que "a mamã tem maminhas grandes", ou "tem pelos no pipi" (é assim que eles falam). E eu não quero passar a ideia de que não deve falar sobre isso, porque não quero que desenvolva a ideia de que a nudez é algo vergonhoso, ou pecaminoso.
O pai, deixou mais cedo, pelo mesmo motivo: não pelo mal que lhe causasse NESTA IDADE, mas pela forma como poderia falar sobre o assunto e a forma como outros poderiam interpretar as palavras dela.
Assim, evitámos filmes :)
De Anónimo a 26.11.2014 às 14:08
Cá por casa é tão natural - não nos expomos, mas não nos escondemos, que nenhum dos nossos filhos se importa com a nudez. A deles e a nossa.
Lembro um episódio quando o meu filho era pequeno que reparou que "a mãe não tem pilinha" e ficou "aflito" e perguntar "o que aconteceu à tua pilinha, mãe?"
Nessa altura serviu para uma lição de anatomia e pronto, assunto resolvido.
Não vejo drama nenhum.
Em relação aos beijitos (sim, beijitos, não são beiiiijosss) na boca, se os pais e filhos se sentme bem em faze-lo, não vejo mal nenhum nisso, até porque não vejo como se pode "confundir" com um beijo de um casal! São coisas tão diferentes.
Dormir na cama dos pais. Confesso que não gosto de dormir com filhos na cama, às vezes nem com o marido, gosto de espaço.... por isso não apoio a prática, mas apenas por isso - gosto de espaço.
Mas, sim, já dormi quando eles eram mais pequenos e estavam doentes, dormiam mal...
Hoje em dia, de vez em quando, metemo-nos todos na mesma cama e ficamos lá a conversa e a ver tv. É tão bom.
E nas férias, por vezes, trocamos e dormimos um com cada filho e ao outro dia trocamos. É assim um momento de cumplicidade em que ficamos a falar até mais tarde, escolhemos algo que gostamos os dois na tv...
Há muitos beijinhos, abraços e carinhos. Se estiver a "pecar", mal por mal que seja por excesso, porque tenho muita pena de não ter tido uma infancia assim. Adoro os meus pais, mas os nossos beijos são só de cumprimento...
Se as pessoas perdessem menos tempo a criticar quem beija os filhos na boca, num gesto inocente de carinho,...
Se perdessem menos tempo a criticar quem os deixa dormir na cama dos pais num gesto inocente de aconchego e protecção, porque têm simplesmente medo do escuro ou, tão somente, querem estar juntinho dos pais...
Se perdessem menos tempo a criticar quem amamenta em público e sem pudor o seu filho, suprindo-lhe uma necessidade básica, sem pensar que pode chocar outros com mentes estranhamente supsceptíveis...
Se perdessem menos tempo a criticar, dissecar, avaliar, moralizar, violentar e agredir o amor incondicional que une pais e filhos e se sente e traduz em tantos gestos que o amor entende e comporta...
Talvez fossemos todos mais felizes e amar fosse simplesmente como deve ser, simples!
De Sofia Lopes a 25.11.2014 às 17:05
ora nem mais!
critica-se quem dorme com os filhos na mesma cama, mas dão-se palmadinhas nas costas "custa mas é para o bem deles" aos pais que fazem um esforço sobre-humano para não tirar do berço o bebé que chora;
critica-se quem amamenta até ao desmame natural, mas a quem tem dificuldades na amamentação "não te sintas culpada, dá-lhe um biberão de leite em pó que é a mesma coisa";
critica-se quem pratica uma parentalidade afetiva, onde a palmada não é opção, mas dão-se palmadinhas nas costas "custa mas é para o bem deles" aos pais que a qualquer assomo de birra "sacodem as moscas".
eu acho que está tudo ao contrário, fomenta-se o distanciamente entre pais e filhos, depois admiram-se de serem largados em lares.
De Sílvia a 25.11.2014 às 17:34
Sofia, não me leve a mal, mas acho que está a fazer o mesmo... a criticar os outros dos quais discorda!
Eu, por exemplo, de tiver que dar uma palmadinha dou, mas não vejo mal em que quer evitar a todo o custo isso. O meu pequeno dorme na nossa(minha e do meu marido) cama, mas entendo o que dizem de terem o seu espaço. E não pude amamentar, mas quero lá saber se amamentam até aos 4 anos da criança. Cada pai sabe o que é melhor para o seu filho, cada um saberá melhor como manter a proximidade e afectividade entre a família, porque as pessoas e as famílias são todos diferentes. E não me parece que seja isso (ou só isso) que fará a diferença um dia mais tarde nos lares... isso também vai da personalidade de cada um. E como sabemos há pais que fazem "tudo bem" e os filhos saem menos bem, porque depois cada um terá a sua consciência e personalidade e haverão factores externos à família a moldar isso. É a minha humilde opinião!
De Sofia Lopes a 26.11.2014 às 12:03
Silvia, o que eu quis basicamente dizer é que hoje em dia é socialmente aceitável criticar-se quem não dá palmadas, quem amamenta em público e até ao desmame natural, quem dorme com os filhos na mesma cama, mas a crítica no sentido inverso já é "fundamentalismo".
De Sílvia a 25.11.2014 às 17:24
Inês, não se está a criticar (algumas pessoas criticam, vá) apenas por não se pensar da mesma maneira... estamos apenas a discutir ideias, que é o que propõe o post do João. É assim que a sociedade evoluiu, a pensarmos de forma diferente e a discutirmos ideias!
Se ninguém comentasse os textos do João, ele tinha que encerrar o estaminé!
Eu sou feliz e amo simplesmente, mas tenho opiniões contrárias aos outros, dou-as e com isso não preciso de criticar ninguém, cada um sabe de si! Mas entendo o seu ponto de vista, há "opiniões" críticas muito negativas e agressivas, que não levam a nada!
De Joana a 25.11.2014 às 17:32
Nem mais
Não diria melhor.
De Anónimo a 25.11.2014 às 22:39
Depois arrependem-se de não terem beijado, não terem deixado dormir na sua cama e tentam remediar a situação com os netos ...
De Maria2 a 26.11.2014 às 00:21
Livra, não me vou arrepender de não os ter beijado na boca! Recebem beijos com fartura, mas na boca não.
De Liliana Silva a 25.11.2014 às 23:16
Assino por baixo.faço minhas as suas palavras Inês
De DMN a 25.11.2014 às 23:48
Concordo inteiramente!
De Sofia Lopes a 25.11.2014 às 16:10
e agora pergunto eu (desculpe lá JMT): aqueles que dizem que é uma grande badalhoquice beijar os filhos na boca porque a nossa boca é cheia de germes (já começo a desconfiar que tenha mais bichos nos lábios que a lixeira de trajouce), até que idade esterilizam a casa e todos os objetos em que os vossos filhos mexem? e na escola, como é que fazem? ou os miúdos andam numa bolha real?
De Sílvia a 25.11.2014 às 16:17
Não tem a ver com badalhoquice ou não! Se bem que se já tivesse visto algumas das bocas que eu já vi (sou dentista, como disse no comentários dos germes) pensaria duas vezes antes deste comentário!
Tem a ver que a flora oral de um adulto e de uma criança são diferentes e cada coisa aparece no seu tempo. E será sim uma "badalhoquice" para quem, por exemplo, tem herpes.
E eu até deixo o meu filho andar por todo o lado, com animais e sem bolha e tudo e tudo e tudo! E como disse, se ele me dá um beijo na boca, não fujo, mas também não incentivo, porque ele depois pode achar normal beijar assim os avós, os tios, os primos e por aí fora e aí já me parece uma badalhoquice, sim!
De Sofia Lopes a 25.11.2014 às 16:19
Sílvia, não será para si, mas já li por aí muito comentário onde entrou a palavra "nojo" e derivados ;)
PS: ver dentes podres all day long? m-e-d-o! :D
De Sílvia a 25.11.2014 às 16:28
Ok, entretanto já li por aí outro comentário de germes... Mas como eu tinha falado disso, pensei que fosse comigo!
Mas realmente eu não usaria a palavra nojo, como noutros assuntos eu não vou "nem tanto ao mar, nem tanto à terra", confio no bom senso de cada um e cada pai (pai e mãe, claro!) sabe o melhor para os seus filhos.
Sim... all day long!! Tenham misericórdia! Lol
De Rita a 25.11.2014 às 16:24
Uma dentista deve saber mais do assunto do que os aficionados dos beijos na boca às crianças pequenas, Aos filhos adultos é um bocado estranho.
De Anónimo a 25.11.2014 às 18:25
Aficionados dos beijos na boca às crianças pequenas?
Realmente já começo a ficar traumatizada de vir a este blog.
De Anónimo a 25.11.2014 às 16:44
Sim, compreendo isso da flora dos adultos e crianças, mas até que ponto um beijo "repenicado" transmite assim tantos germes quanto isso?
Atenção que eu nem sou das que dou beijinhos na boca aos filhos, nem nunca recebi dos meus pais, mas parece-me que se está a fazer confusão entre um beijo na boca entre casal e um beijito entre pais e filhos, em que a troca de fluidos não será bem a mesma coisa, certo?
Faz-me mais confusão aqueles beijos molhados que algumas pessoas dão na cara umas das outras, em que apetece ir logo lavar!!! blheccc
De Joana a 25.11.2014 às 17:36
lol
É verdade, há pessoas que deixam a cara toda pegajosa quando nos cumprimentam.
Eu devo viver numa realidade paralela, no tema da amamentação falavam de mulheres que ficavam com as maminhas à mostra para todos verem, aqui falam em troca de fluidos.
Estamos mesmo a falar de beijinhos dados pelos filhos pequeninos aos pais? aqueles repenicados?
De Anónimo a 25.11.2014 às 18:33
Não. Estamos a falar daquilo que muita gente tem recalcado nas suas cabeças. Nova modalidade de beata de aldeia, coscuvilheira de serviço, que vê mal em tudo mas é informatizada(o). Estamos também a falar de gente que vê uma mãe a amamentar mas na verdade o que vê é uma gaja com mamas de fora, que vê uma mãe ou pai a dar um beijinho nos lábios do filho mas o que vê é uma atitude promíscua e pouco higiénica. Blhec é só "freakismos". E não estou a condenar quem tem uma opinião diferente da minha, porque aqui não condeno opiniões condeno ofensas.