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E beijar os filhos na boca? Pode-se? #2 (parece que não...)

por João Miguel Tavares, em 25.11.14

O Dr. Mário Cordeiro, que até costuma dar uma ampla liberdade às idiossincrasias dos pais, é absolutamente contra os pais beijarem os filhos na boca. Eis a sua argumentação:

 

Nããããão! É dar a ilusão de que a relação parento-filial se pode tornar numa relação conjugal, que é um interdito entre pais e filhos porque corresponde à fantasia dos dois anos de idade. As pessoas cumprimentam-se de todas as maneiras, e os homens com 3 beijos nos países árabes ou no sul de França, ou na Rússia.

 

Todavia, um beijo na boca é como dormir na cama dos pais - um sinal de inversão do triângulo pai-mãe-filho, e uma intrusão do filho na relação conjugal dos pais, com perturbação da sua futura relação conjugal (seja com o Noddy ou a Ursa Teresa, com o João ou a Teresa do Infantário, ou mais tarde com o Príncipe ou Princesa encantados).

 

Portanto, JMT: nãããããão !!!!! A menos que gostem de lançar bombas atómicas ou deixar o percurso de vida dos vossos filhos cheios de minas!

 

kissing-rex.jpg

 

publicado às 10:15


132 comentários

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De Susana Fernandes a 26.11.2014 às 02:17

É doloroso tentar ler todos os comentários mas este post está efectivamente nos comentários... E depois de ler alguns a primeira coisa que estranho é haver quem ache bizarro considerar um beijo na boca algo sexual. Eu não vejo outra carga associada ao beijo na boca senão a sexual. Daí que beijar alguém na boca, para mim só esteve e está associado a namorados e agora marido.
Depois estranho é considerarmos a opinião de um especialista tão ligeira como qualquer outra. Ainda que não concordemos deveria, pelo menos, deixar-nos a pensar e muito.
Ainda mais estranho é o argumento amor que serve para tudo.
A minha opinião é fundamentada em dois episódios e uma convicção. Já vi uma adolescente de 14 anos beijar o pai na boca e não é bonito de se ver. Não é por isso que ele é melhor pai e não acho que sejam adolescentes mais saudáveis e felizes. Outro episódio foi ver a filha de dois anos, de um casal amigo, tentar beijar o meu marido porque o costuma fazer com o pai...
Para além disto, minha convicção é que devemos proteger o nosso papel entre marido e mulher. Não podemos deixar de ser marido e mulher porque se é pai e mãe e devemos começar a fazê-lo deixando os limites bem definidos entre pais e filhos. Filhos saudáveis não são os que beijam os pais na boca mas os que vêm os pais serem um casal feliz e completo. Isso sim é o exemplo que devemos passar. Beijinho na boca é para o papá e a mamã que são namorados!
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De MIsabel a 26.11.2014 às 09:15

Nesta situação concreta, para mim, a opinião de um pediatra é como outra qualquer.
Se estivéssemos a falar de uma doença, de uma vacina ou de algo semelhante, aí sim, seria uma opinião mais relevante.
Mas lá está, eu vou ao meu pediatra para acompanhamento na doença ou para avaliar o normal desenvolvimento do meu filho. E não para que ele me "ensine" a educar o meu filho.
Para ajudas na educação acho muito mais válida a opinião dos meus pais do que a do meu pediatra...
(e não, não dou beijos na boca ao meu filho ou ao meu pai)
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De Sara a 26.11.2014 às 09:19

Concordo com tudo o que disse Susana.
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De Anónimo a 26.11.2014 às 09:20

que horror, uma adolescente... de 14 anos!... a beijar o pai!!e não telefonou logo para o serviço de proteção de menores??
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De Anónimo a 26.11.2014 às 15:03

Concordo tanto consigo! Para mim, é mesmo como diz. A confusão dos papéis só pode trazer confusões e mal-estar. Pode ser muito giro, como dizem alguns comentadores, mas acho que é muito inconveniente.
Quanto à opinião do Dr. Mário Cordeiro, para mim, ele tem muita razão e é grande presunção pensar que um pai ou mãe que só conhece a sua casa e a dos amigos sabe mais do que ele.
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De Sofia Lopes a 26.11.2014 às 15:08

se um qualquer pediatra saiba mais de doenças de crianças do que eu? sabe sim senhor! mas sabe mais do que eu o que é bom ou mau para o meu filho? não, não sabe :D
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De Patty a 27.11.2014 às 19:14

Concordo muito com este seu comentário, Sofia!
É pouco comum as pessoas assumirem, de forma assertiva, que sabem mais de si e das suas famílias que os que estão à sua volta, sem ceder a pressões.
Eu ando a aprender... ;)
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De Sofia Lopes a 28.11.2014 às 13:29

um exemplo muito concreto. quando o meu filho os 12 meses a indicação da médica foi "já pode começar a comer de tudo". ok ok. de tudo? é que é já a seguir! come aquilo que eu considero ser apropriado para ele! leite de vaca nem pensar, comida com sal só há relativamente pouco tempo comecei, doces nunca os sequer cheirou! a médica nem sequer pergunta, por exemplo, onde e como é que ele dorme - não tem nada a ver com isso! confio nos médicos para tratarem doenças, não para educarem :)
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De Meninas Mulheres - M.M. a 17.04.2015 às 12:10

Concordo com esta opinião. Não tem mal, nem vem mal algum ao mundo, todavia, o saber estar e o saber cumprimentar as pessoas em diferentes patamares é o mais lógico, para mim, claro!
Agora é só fotos nos "faces" com pais e mães a darem beijinhos na boca aos filhos!... Tudo se quer!
M.M.

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