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É preciso dar banho aos miúdos tooooooodos os dias?

por João Miguel Tavares, em 23.10.14

Nos comentário a este post, a minha amiga Teresa A., que vive há muitos anos na Alemanha, como bem sabe quem passa regularmente por este blogue, deixou uma questão que me parece bastante curiosa em relação aos banhos das crianças - sobretudo porque em Portugal é uma prática que ninguém põe em causa. Escreveu ela:

 

Já agora uma pergunta, se calhar para a excelentíssima esposa, que é médica, ou para o Dr. Mário, que é pediatra: porque é que os portugueses dão banho aos miúdos todos os dias?

 

Aqui na Alemanha não se faz isso e eu acho muito bem, sinceramente. Se calhar sou sensível ao assunto por ter dermite atópica e ter de evitar o mais possível a água, mas acho um exagero isso de dar banho tooooodos os dias. Porquê? A pediatra da minha filha sempre disse que uma vez por semana chega. Durante a semana basta a "lavagem de gato": limpar com um paninho húmido as zonas mais sujas, tipo cara e pés ;-)


Como a minha filha também tem tendência para a dermite atópica, só dou banho às sextas-feiras, depois de jantar. E nunca ouvi ninguém dizer que ela cheira mal, muito pelo contrário! Claro que ela muda de roupa todos os dias.

 

Algumas pessoas já responderam - de forma civilizada, como é suposto - na caixa dos comentários, e o normal é utilizarmos o argumento do clima. Mas se fosse só por causa do calor não seria preciso tomar banho todos os dias no Inverno - e os meus filhos tomam banho todos os dias, inclusivamente no Inverno.

 

Ora, será que tanto banho é mesmo necessário, sobretudo antes de os miúdos entrarem na puberdade, quando os seus odores corporais são mínimos? A verdade é que eu não tomava banho todos os dias quando era criança.

 

Claro que nós todos conhecemos a resposta óbvia à questão: o banhinho só traz vantagens. Mas o LA-C salta em defesa da Teresa A., com argumentos bem curiosos:

 

Cara Teresa A.

 

Um banho por semana chega perfeitamente. Os portugueses (especialmente as mães, parece-me) são uns obcecados com os banhos. Estragam a pele e o cabelo das crianças pequenas com tanto sabonete e champô. Depois, evidentemente, gastam um dinheirão em sabonetes e cremes para peles sensíveis (atópicas e afins) e amaciadores para evitar estragar ainda mais a pele e os cabelos, nem se dando conta de que bastaria esfregá-los um pouco menos.

 

Dada a mentalidade portuguesa, parece-me que um banho semanal será impossível, mas se se conseguisse educar os pais portugueses para darem banho duas vezes por semana já era um grande ganho. Claro que a partir dos 6 anos já se pode dar banho com mais frequência às crianças e, a partir da puberdade, podem tomar os banhos que quiserem.

 

Parece-me um bom assunto para debate.

 

cartoon3927.png

 

publicado às 10:08


91 comentários

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De Bruno a 24.10.2014 às 16:28

Se não querem tomar banho, boa sorte com o cheirinho e a higiene pessoal. Eu tomo banho todos os dias.
O banho é uma questão cultural e de meteorologia. Os alemães que venham para cá com as nossas temperaturas e depois falamos
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De Leni Az a 25.10.2014 às 11:29

Caríssimo, estamos a falar de bebés e crianças até aos 6 anos, não de adultos! ;)
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De Américo Varatojo a 24.10.2014 às 14:20

Tenho uma filha nascida em Portugal, que também padece de eczema atopico e tem 5 anos.
Tenho um filho nascido na Alemanha com 7 meses.
O primeiro banho da minha filha fui eu que dei na maternidade umas horas depois do parto por indicação das enfermeiras.
O primeiro banho do meu filho foi por indicação dos médicos depois de o umbigo cair, tinha quase 3 semanas. Era somente limpo com um pano húmido.
A diferença não está só na mentalidade do país. A mãe também conta muito. A mãe da minha filha dava-lhe banho todos os dias até se saber que tinha dermatite atópica. Passou a dia sim dia não. Eu insistia numa vez por semana, o que faço aliás quando está em minha casa.
Já a mãe do meu filho, como já tinha tido mais antes na Alemanha, só dá um ou dois banhos por semana, eventualmente mais caso se justifique.
Engraçado que quando a minha filha está comigo, por vezes a minha mãe insiste no banho diário. Apesar dos filhos dela só terem tomado banho uma vez por semana quase até à idade adulta. E no campo as brincadeiras nunca são limpas, e brincar era connosco.
Tudo isto não passam de manias modernas de quem tem vergonha do passado e de si próprios.
Queremos ser o que não somos sem saber porquê.
Algo intrinsecamente português.
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De Helena Marques a 30.10.2014 às 01:33

Tenho 50 anos, logo, passei pelo passado, o passado em que não havia esquentador, tomava-se banho em alguidar, aquecia-se a água e decorria tudo com a maior das normalidades, aliás nem banheira havia. Contudo a minha mãe, beirã de raiz, orfã de mãe com 9 meses, criada pelo pai, sempre me deu e obrigou a tomar banho todos os dias, pés, pernas, as costas bem lavadas, axilas, braços,.... apenas os cabelos, bem longos por sinal eram lavados 1 vez por semana e com sabão azul e branco.
Fui mãe de 3 filhos, a todos logo após a queda do umbigo, dei banho todos os dias, nos primeiros 2 a 3 meses usei Oleoban recomendação da enfermeira, mais nada. Depois sabonete normal Lux, Feno, ou gel de banho de compra em supermercado .. sempre lavei toda a roupa de bebe e seguinte na máquina com detergente normal, nunca os "bezuntei" de cremes e mais cremes, nunca tiveram qualquer problema de pele e hoje adultos e adolescentes estão otimos, logo deixemos é de tantos cremes e creminhos, esfregar bem, a água não faz mal a niguém se fizesse não fazia parte do nosso corpo em tão elevada percentagem. Mas respeito as opiniões dos outros. Agora quando estou de férias em hotel com alemães e espanhois ( não digo que sejam todos) por vezes prefiro descer as escadas e não entrar nos elevadores, coincidência...
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De LB a 24.10.2014 às 11:52

Já se estava mesmo a ver as mães portuguesas todas ofendidas :) Eu sofria a mesma perplexidade quando dizia que a minha filha recém nascida, até aos 10-12 meses, tomava banho 1 vez por semana no inverno, no máximo 2-3 vezes por semana se estivesse muito calor, conforme nos explicaram em várias fontes (enfermeiras do curso pré e pós parto, livros etc.) e nunca cheirou mal ou teve problemas de pele. Para além da questão da pele, nos recém nascidos, há a questão do calor corporal, pois eles arrefecem, mesmo com água a temperatura certa, e isso traduz-se em perda de calorias que podiam ser usadas para crescer, em vez de aquecer. E sim, esse esforço extra todos os dias, durante meses, faz diferença num recém nascido. Felizmente as mentalidades mudam. Agora, não há duvida que a partir do momento em que eles começam a andar, a correr, a sujar-se todos... epá... se está todo porco, não há hipótese. Mas até serem adolescentes, como diz o pediatra do texto e bem, não devem tomar só por princípio. Também acho que o clima português em geral mais quente e a existência de pó e terra, mesmo numa cidade (o que não acontece na Bélgica onde vivi, por exemplo) exigem mais banhos. Eu tomo todos os dias, às vezes duas x por dia no verão nem que seja para arrefecer e vejo os estrangeiros com dificuldades em entender isso. Contudo, basta andar no metro de Londres ou em Paris ao pé de franceses para ver que eles beneficiariam de mais uns banhos mesmo nas cidades deles :)
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De Anónimo a 24.10.2014 às 10:43

Cá em casa toma-se banho quando achamos que é preciso e/ou apetece.
Não há regras definidas, nunca houve.
Tanto se tomam 2 (ou mais) banhos por dia, como nenhum dependendo das actividades que se fazem, do tempo (meteorológico).
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De Andreia a 24.10.2014 às 10:43

4 filhotes entre os 13 e os 2 anos. Todos tomam banho todos os dias.. Eu não sei como são com os outros, mas os meus correm, saltam, pulam e sujam-se e suam imenso. É muito mais rápido dar banho a 3 ( a mais velha toma sozinha), que o faço em 20 minutos, do que andar a dar banho á gato... Aliás nunca pensei que isto fosse uma questão pertinente.. Dar banho não faz bem só ao corpo, também faz relaxar.. Ah, e uma das minhas filhas também tem pele atópica e ficar suada seria o pior possível... Banhocas e crianças cheirosas e relaxadas é o que se quer! Pelo menos na minha casa :)
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De Nicole I. a 24.10.2014 às 09:50

JMT,

Já que falamos em banhocas.... a minha cunhada deixou de tomar banho com a filha quando ela entrou para a creche quando tinha 4 anos. Tudo porque a míuda descaiu-se e disse que tomava banho com a mamã... e as educadoras chamaram a minha cunhada a escola indicando que isso não era um comportamento adequado visto a menina saber que a mamã tinha pelos lá em baixo... e comentar na escola...

Hora esta é outra questão que noutros países é muito banal, pais e filhos não tem pudor e tomam banho juntos (mãe e filhas, e pai e filhos)... como também não fecham as portas quando estão no banho ou w.c.



Eu por exemplo fui educada com a liberdade de andar meio desnudada pela casa, ou seja tomar banho sempre de porta aberta e vestir-me sem me trancar no quarto... a minha mãe sempre foi ao w.c apenas de porta encosta e qualquer pessoa podia entrar... quando entrei na adolescência nunca tive pudor em frente ao meu pai... a porta do w.c ficava encostada e do quarto também, ele sempre nos respeitou e nunca entrava sem perguntar se estavamos tapadas... e lembro me perfeitamente de já ter 19 anos e ter a tal dermatite atópica em que fiquei todas as manchas e a minha mãe super aflita, a por-me pomada chamar o meu pai para ver e estava de cuecas e de soutien apenas...algo que nunca vi como errado ou estranho.
Mas a realidade que vi de outras amigas era que se fechavam no quarto para se vestir, a mãe só entrava se elas já tivessem vestidas... e nunca tomaram banho com as mães nem em pequenas. De referir que a minha mãe cresceu na África do Sul numa comunidade de Ingleses em que para eles era natural os filhos tomarem banho com os pais quando pequenos.
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De maggie a 24.10.2014 às 09:48

Pois bem. Daqui fala a mãe de um rapaz e de um marido de pele atópica e que gastou rios de guita por causa disso.. até que fiz o que o meu conhecimento me ditava.. Ora se a pele atópica faz com que a pele esteja no seu expoente máximo de secura e nós ao tomarmos banho, esfregamos, limpamos, esfregamos outra vez.. vai-se embora a "gordurinha" caracteristica da pele o que é que fica?? Por tal..O meu filho tomava banho dia sim, dia não.. a pele melhorava, mas mal vinha um calorzinho de nada voltavam as dematites e eczemas,, ora um dia cansada como o raio, decidi "também não tomas banho hoje".. Experimentei numa semana dar-lhe banho dia sim, dia não, dia não e dia sim. Ao final de 15 dias.. todas as malezas.. FORAM-SE. Até hoje. Com isto também se foi à vida o gel de duche de 23€ e os creminhos de corpo de 21€ e o da cara de 16.30€ e os creminhos das crises..
Agora dá banho dia sim, dia não, dia não.. só altero se ele vier da escola tipo cigano (que acontece com alguma frequencia) e sabem qual é o gel de banho?? Da Palmolive para peles secas ;) vou fazer 1 ano sem crises de pele nem de comichões..

Aqui fica então a minha experiência..

No marido a coisa é mais dificil, mas melhorou muito.
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De MJ a 24.10.2014 às 13:56

"Vier da escola tipo cigano"??? Como assim? Espero que tenha mais cuidado na referência a outras etnias quando estiver a falar com o seu filho. Preconceito não é nada fixe...
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De maggie a 24.10.2014 às 16:39

Não quero ofender ninguém. Já no outro dia referi alguém de "preto" num texto e fui completamente ofendida, foi a calamidade.. Devia ter colocado a palavra entre aspas.. tipo "cigano" pois são crianças que brincam na rua, na areia, na terra, fazem escavações, buracos, enterram-se lá dentro, comem erva com areia e pedacinhos de paus fingindo ser sopa(coisas que eu tb fiz quando era catraia e a minha mãe me chamava "sua ciganita") e se o ranho estiver a cair do nariz, pois limpasse assim mesmo.. com terra e por aí adiante.
Como devem imaginar, vem muitooooooooooooooo sujo! E tem de ser banho.

Já agora conheço ciganos mais limpinhos que o meu filho ao final do dia.

Com o meu filho as conversas são assim:

http://maggiepinto.blogs.sapo.pt/mae-e-preto-149989

Não tenho preconceito nenhum e o meu filho muito menos! Expliquei simplesmente a realidade das coisas.
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De Susana Cunha a 23.10.2014 às 23:03

Bem, se eu só desse um banho semanal ao meu filho de 6 anos, ninguém se conseguia aproximar dele, coitadinho.
Por acaso na semana passada tivémos uma fuga de gás no prédio onde vivo, e para fazer a reparação e inspecção estivemos sem gás durante 4 dias. Foi um drama! Todos os vizinhos diziam o mesmo "como é que vamos tomar banho?!" "vamos ver se não fica aqui um fedor no prédio" :-)
Nesses dias eu e o meu marido fomos todos os dias a casa dos avós tomar banho e dar banho às crianças. Seria impensável não o fazermos.
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De Carla Marques a 23.10.2014 às 18:06

A minha filha, de 7 meses, toma banho de acordo com a necessidade. O normal é dia sim dia não mas, pode tomar 2 dias seguidos ou ficar 2 dias sem tomar banho. Ela pouco se suja e não vejo necessidade de estar sempre a tomar banho até porque não é um daqueles bebés que relaxam com o banho.
Quanto a mim, sou dessas pessoas que fazem do banho uma terapia por isso tomo todos os dias, 2 vezes por dia no verão. Tomar um duche demorado e vestir uma roupinha leve fresquinha, tira-me o peso do mundo de cima.
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De Maria Isabel Prata a 23.10.2014 às 15:47

O JMT é o Rei Midas dos comentários: qualquer post que escreva, mesmo o mais improvável (que é o caso deste) dá origem a dezenas e dezenas de comentários apaixonados.


Já que se comparam hábitos portugueses e alemães, ando a reparar numa tendência interessante e bem portuguesa neste blogue: a Teresa é a Teresa, o anónimo é o anónimo, a Inês é a Inês, o Mário Cordeiro é o Dr. Mário Cordeiro. Que acham?
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De João Miguel Tavares a 23.10.2014 às 15:54

Está muito bem observado, Maria Isabel Prata, mas a culpa é minha, e apenas por uma razão: para mim é Dr. Mário Cordeiro, na medida em que é o pediatra dos meus filhos. Eu escrevo no blogue os nomes que chamo às pessoas fora do blogue, como é natural. Além de que, no caso de médicos, o Dr. parece-me uma designação factual e profissional, e não simplesmente um adereço da habitual pomposidade portuguesa.
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De LA-C a 23.10.2014 às 20:58

"Além de que, no caso de médicos, o Dr. parece-me uma designação factual e profissional, e não simplesmente um adereço da habitual pomposidade portuguesa."

Isso é interessante. Então achas que as pessoas devem ser designadas de acordo com a sua profissão, é isso? Se fosse professor, chamava-se professor Mário Cordeiro, se for juiz chamava-se meritíssimo Mário Cordeiro, ou algo assim, se fosse enfermeiro ou jornalista seria enfermeiro Mário Cordeiro ou jornalista Mário Cordeiro.

Ou esse teu raciocínio só se aplica aos médicos?
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De João Miguel Tavares a 23.10.2014 às 23:00

Só aos médicos. E a alguns professores. Mas não tem a ver com a profissão deles - tem a ver com aquilo que eu lhes chamo no dia-a-dia. Eu chamo Dr. Mário ao Dr. Mário porque o trato por Dr. Mário - é o pediatra dos meus filhos. Tal como tratava por professora Celestinha a minha professora de Filosofia muito anos depois de deixar de ser seu aluno. Tu não fazes isso?
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De LA-C a 23.10.2014 às 23:59

Faço, mas não quer dizer que não me questione. É que, realmente, esta coisa do Dr. parece um pedantismo nacional. Mas o caso do Dr. aplicado aos médicos já parece um pedantismo internacional. Estava a tentar perceber por que raio há este tratamento diferenciado entre profissoes.
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De João Miguel Tavares a 24.10.2014 às 08:25

Eu sou muito sensível a esse género de pedantismo, e tenho a mesma opinião do que tu. Mas não me chateia abrir uma excepção para professores e médicos, que historicamente desempenham um papel social muito próprio. Como os padres.
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De Maria Isabel Prata a 24.10.2014 às 09:36

Eu acho que as pessoas, por uma questão de organização e de identificação, podem ser chamadas de professor tal, ou enfermeiro tal, em contexto profissional. Eu gosto que os meus alunos me chamem professora, porque é isso que sou e gosto muito de ser. Diria que é quase como os meus filhos me chamarem mãe. Já me incomoda e acho absolutamente ridículo que fora desse contexto alguém me chame de Dra ou professora.
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De DP a 24.10.2014 às 10:06

Muito bem comentado e associo-me à sua teoria. Detesto que as pessoas tratem-se por coisas que não o são ou fora do contexto profissional.

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