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Este blogue está a ficar uma chatice

por João Miguel Tavares, em 30.06.14

A Maria João Resende já não me consegue aturar:

 

E se fossemos para o sofá falar sobre um filme? Ou ver fotos parvas de pessoas com ar incrível? Ou contar as novidades do Gui, da Ritinha, ou as novas conquistas da Carolina e do Tomás? E se fôssemos comentar profundamente um tema inesperado, e encontrar nuances curiosas em coisas de todos os dias? 


Eu sei que já passei do prazo de me preocupar com filhos, e ainda não estou numa de netos, e que será talvez por isso que já não aguente mais estas conversas sobre bater, e não bater, e o diabo a PD4. Eu sei, também, que acompanhar os interesses dos seus leitores será uma das suas prioridades, e que o número avassalador de comentários que estes temas merecem parece indicar que o principal interesse das pessoas está aí.


Mas será que o que quer para o seu blog é ser um agregador de comentários sobre os GRANDES TEMAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL? Só???
São as "audiências" a mandar? E não irão as "audiências" matar o que me parecia ser a essência deste blog?

 

Não sei! Só sei que tenho saudades da vossa família, das vossas histórias, e da forma como, sem nos chapar na cara o "hoje vamos falar sobre A, B ou C", éramos convidados a pensar em coisas sérias, muitas vezes de forma bem ligeirinha. Apetece-me atirar-me para o chão e, correndo o risco de apanhar uma valente palmada que a minha mãe não hesitaria dar-me, gritar bem alto: 'QUERO O MEU BLOG FAVORITO DE VOLTA!'

 

A Carolina também quer o mesmo:

 

Antes não passava um dia sem vir cá, agora sou capaz de só vir uma vez por semana. Tenho saudades dos tempos iniciais do blog e estou um bocadinho farta de tantas discussões sobre assuntos polémicos. Quero saber sobre os "pais e os quatro" não sobre apenas e só as "discussões sobre como educar os quatro.

 

Três comentários rápidos a propósito disto:

 

1. Acho que muita gente está sobretudo com saudades da Teresa. Eu também estou. A sua ausência prolongada deste blogue tem como consequência diminuir muito a variedade dos temas, até porque boa parte do que eu escrevia também era inspirado nos seus textos. Se quiserem fazer um abaixo-assinado para ela regressar ao blogue, eu subscrevo. A última vez que a Teresa escreveu aqui foi a 6 de Junho. Passaram 24 dias. Invariavelmente, sem ela, eu tendo a ficar mais chato e meditativo.

 

2. As audiências não são nenhuma preocupação especial. No PD4 (isto está a pegar, Conceição M.) escrevo sobre aquilo que me apetece. Por uma razão simples: embora este blogue tenha exploração comercial, e eu sempre tenha querido que fosse assim, os rendimentos que daqui retiro não são significativos ao ponto de justificar preocupar-me demasiado com isso, ou sequer ter uma estratégia de marketing encapotada. Por aqui, e até ver, as audiências mandam muito pouco.

 

3. Mas se as audiências mandam pouco, a comunidade de leitores manda muito. Como me parece ser bastante visível, eu sempre privilegiei o diálogo com os leitores deste blogue. Nesse sentido, sou naturalmente sensível aos temas que mais interessam às pessoas, como é o caso da palmada. Para mim, o PD4 é uma espaço de partilha de experiências, e uma das partes mais recompensadoras do blogue é aquilo que eu aprendo com as partilhas de dezenas de outras pessoas. Nem pensar em abdicar disso. Se eu escrevo tanto aqui é também para poder vir a ser melhor pai. E bem preciso, como a Maria certamente concordará.

 

 

publicado às 09:07


11 comentários

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De Maria João Resende a 30.06.2014 às 13:01

Alguns esclarecimentos em relação ao meu comentário do outro dia:
Em primeiro lugar, foi mesmo só um desabafo, e mais nada. Tenho saudades da vossa família e da sua forma tão saudável e divertida de retratar o dia a dia.
Em segundo lugar, não acho que a autoria dos posts seja muito relevante neste blog. Ela só cria mais dinâmica, e geralmente, os posts da Teresa têm o efeito fantástico de iniciar uma troca de galhardetes que tem sempre muita graça seguir.
Em terceiro lugar, terei talvez usado mal a palavra 'audiências' já que não era minha intenção sugerir que os seus posts obedecem a qualquer espécie de estratégia comercial. Não era por aí! Era, no fundo, um desabafo um bocadinho anti democrático, se quiser, de quem vê 'a maioria' levar este blog para um caminho ligeiramente diferente do inicial, de que eu gostava imensamente mais. Porque é natural, e saudável, e desejável que o JMT alimente a conversa com os seus leitores que comentam, pois são eles que dão sinais de vida, ao contrário dos que, como eu, gostam mesmo é de 'espreitar' o seu quotidiano e rir com a criatividade do Gui ou as travessuras da Ritinha, ou as compras do supermercado, e mais nada.
Será, talvez, esta a diferença entre os grandes e os pequenos temas do quotidiano - os que nos levam mais longe, e os que ficam só ali. E, estranhamente para mim, confesso, dou por mim a desejar que este blog seja, pelo menos de vez em quando, mais superficial ;).
Lamento, ainda, que haja quem tome como tentativas de manipulação um simples desabafo, mas é mesmo assim ... outra opinião!

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