Eu confesso: o patronato não sabe que estou em greve. Eu não contei nada à excelentíssima esposa. Ando calado que nem um rato.
E, pelos vistos, os leitores que achavam que o PD4 estava a ficar um bocado enjoativo ultimamente tinham toda a razão: a minha família e a família dela devem ter desertado há bastante tempo do blogue. Deixaram de cá vir. Porque eles gostam de saber notícias dos netinhos e das suas traquinices, mas não têm grande pachorra, vá lá saber-se porquê, para as minhas elucubrações existenciais.
Donde, só nós é que sabemos que o PD4 está em greve. Eles não sabem. Ela não sabe. E ninguém lhe diz.
Por isso, tendo em conta a escandalosa dimensão do meu abandono, e à falta de uma boa tragédia shakespeariana sobre o tema, acho que isto merece uma canção da Ágata. É só escutar e substituir mentalmente "crianças" por "maridos". O que, a bem dizer, é todo o meu projecto de vida desde que comecei a escrever sobre a família - sem sucesso, como se vê.
Ah, e a greve continua, claro.
15 comentários
De Mário Cordeiro a 03.07.2014 às 23:30
Resolvam isso civilizadamente, em prol das crianças... olhem que o dr. Estivil e o dr, Gonzalez vos vigiam... e qualquer passo em falso será motivo para queixa na CPCJ. E ainda falta a inefável Maria!
Abraços aos dois!
PS: JMT: experimente estar de banco 24 horas e depois " venha falar comigo"... bom, agora não, que estou de férias!
De Teresa Pinho a 03.07.2014 às 20:45
De Sofia a 03.07.2014 às 16:51
De Marisa Santos a 04.07.2014 às 09:59
De Olívia a 03.07.2014 às 16:02
Frases simples, sem polémicas de maior... claro que falta a visão feminina da vida familiar, mas a greve está a ter um efeito muito positivo, assim quase a cheirar a férias, verão e praia!!!!
(Essa banda sonora é uma verdadeira desgraça, mas também rima com as secas de programas de verão neste país)
Olívia
De Mónica a 03.07.2014 às 15:05
Enquanto respirava o pó da alcatifa e tentava não apanhar choques na tripla descarnada que alimentava os candeeiros, imaginei tudo: eles aflitos, chorosos, gritantes, eles bradando aos céus "onde anda a nossa rica filha???" até ao reencontro, quando eu aparecesse e - finalmente - me fizessem todas as vontades.
Adormeci a pensar nisto. Quando acordei meia hora depois, e fui ter com eles, percebi que nem tinham dado pela minha falta.
E é isto :P
De Maria a 03.07.2014 às 14:14
De Cris a 03.07.2014 às 14:12
De Alexandre a 03.07.2014 às 12:29
De Amélia a 03.07.2014 às 12:01
Beijinhos à família.
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