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"Manifesto pela abolição dos trabalhos de casa"

por João Miguel Tavares, em 17.09.14

O título não é meu, mas da Maria João Marques, que leio sempre com prazer. Frequentemente discordamos, como é próprio dos seres com o cérebro irrigado, mas aquilo que ela hoje escreve no Observador sobre os trabalhos de casa parece-me muito pertinente. Para abrir o apetite:

 

Não há qualquer motivo de ordem não sádica para esperar que crianças, depois de passarem a manhã e metade da tarde nas escolas, percam mais do seu dia repetindo o que fizeram na escola.

 

O seu texto pode ser lido aqui.

 

publicado às 10:10


49 comentários

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De Cabanas a 17.09.2014 às 15:16

Não vejo mal nos trabalhos de casa...aliás quantas vezes levo trabalhos para casa...crianças precisam de brincar e o desafio está em fazer os trabalhos de casa como se de uma brincadeira se tratasse...aprender é divertido...eu pelo menos sempre achei...e acho!!!
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De VascoB. a 17.09.2014 às 14:55

Mais um tema controverso no paisdequatro... :)

Já François Hollande quis proibir os tpc:

http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/francois-hollande-quer-acabar-co_5023.html

Outro artigo interessante:

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1236103&page=-1

Nota: atenção às datas dos artigos.
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De liliana antonio a 18.09.2014 às 10:53

Em França os horários escolares são diferentes. Depende de cidade para cidade, num máximo de 24h semanais. E anda tudo louco porque os miúdos começaram a ter escola as 4a feiras.
A ideia do hollande é eliminar os tpc, mas incluir no horario escolar apoio pedagógico.
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De Marisa a 17.09.2014 às 14:43

Sou mãe de 3 filhos, o mais velho com 20 e a mais nova com 5 anos, sempre tiveram excelentes professores que lhe passavam trabalhos de casa. A minha pequena entrou este ano para a primária e no primeiro dia já trazia tpc, nada de especial, apenas 3 vezes o nome dela manuscrito. Concordo plenamente com os tpc, claro que deverá ser sempre adequado à idade e ao tempo que os alunos têm. nasci em 1974, e desde que me lembro, na escola tive sempre tpc, e mesmo assim tive tempo para brincar, imaginar e tudo o mais que quisesse.
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De Susana V. a 17.09.2014 às 14:53

Eu nasci em 1973 e ficava na escola só até à hora do almoço. E sim, tinha tempo para fazer os TPC e para brincar e brincar e brincar...
Outros tempos...
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De Susana V. a 17.09.2014 às 14:34

Para mim é TPC Qb.

Acho importante as crianças desde relativamente novas serem encorajadas a trabalhar sozinhas. Mas dentro das suas competências e em função do tempo dispendido na escola.

Trazer TPC todos os dias quando as crianças estão na escola até às 17:30 ou 19:00 é absurdo.

Trazer TPC para os quais que as crianças precisam apoio permanente dos pais (como enunciados longos e elaborados no primeiro ano, quando ainda não sabem ler) é absurdo.

Ao fim da tarde tanto as crianças como os pais estão cansados e devem poder desfrutar da vida familiar. E as famílias têm o direito de escolher actividades e interesses que não sejam os impostos pelo ministério da educação!

Para mim é obvio que as crianças mais crescidas devem fazer TPC para treinar as competências adquiridas. No entanto, o tempo dedicado ao estudo em casa deve ter em conta a carga horária.

Dito isto, eu tal como a Maria João Marques, também não gostava de TPC!
;-)
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De Sn a 17.09.2014 às 13:37

O meu filho está na escola das 9h30 às 17h30, horário lectivo, feitas contas são 40h semanais em que as actividades são orientadas e os intervalos curtos.
Na escola que frequenta a política é a de não trazer trabalhos para fazer em casa, aproveitando o horário lectivo para aprofundar conhecimentos. Não significa que, havendo dificuldades na aprendizagem de alguns conteúdos, não se peça ajuda aos pais. Dependendo dos ritmos e capacidades de cada um poderá haver trabalhos para fazer em casa.
Compreendo que alguns professores se sintam incapazes (por falta de meios, horas ou excesso de alunos) de preparar convenientemente os seus alunos sem os trabalhos de casa mas não é por isso que os TPC são aceitáveis nas condições actuais.
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De Sílvia a 17.09.2014 às 12:28

Ora, não li o texto da Mª João Marques, não vou ler, também eu não sou dada a TPC!! Nem sequer li o seu texto todo (só na diagonal), mas tenho a dizer que acho muito bem, as crianças em casa deviam fazer os trabalhos da casa, isto é, limpar, arrumar, varrer, afinal os pais não têm tempo e não e assim eles estavam entretidos!!
Em relação ao não-TPC o tratado de Bolonha veio estragar tudo, grande porra, afinal os alunos é que têm que fazer tudo em casa, e se não vão preparados de trás, duvido que consigam acabar o curso. Mas que se lixe, também não há empregos para licenciados e não! Afinal a Mª João Marques é capaz de ter alguma razão!! :D
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De Ana C Oliveira a 17.09.2014 às 12:25

A minha sobrinha entrou agora na 1ª classe, qual não é o meu espanto que logo no primeiro dia de aulas trouxe logo deveres. Enfim...
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De Sílvia a 17.09.2014 às 12:30

Pois eu acho muito bem. É assim que funciona num colégio privado. Afinal não entendo se os professores não querem saber dos alunos caem-lhes em cima, se marcar logo tpc caem.lhes em cima na mesma... isto está muito complicado!!
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De Ana C Oliveira a 17.09.2014 às 12:41

Olá Sónia. Obriga pelo seu comentário. Não há nada como uma boa motivação, certo? Trabalho, trabalho e mais trabalho, afinal de contas não é para isso que estamos a ser educados e formatados. Se não és um bom trabalhador, se não te empenhas então não prestas e não serás nada na vida. Agora pergunto eu, onde fica a imaginação e a brincadeira, será que este é o caminho certo no que toca à educação dos nossos? Eu acho que não, mas isso já é outra conversa.
É de recordar que estou a falar de uma criança de 6 anos.
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De Ana C Oliveira a 17.09.2014 às 12:42

*Sílvia, e não Sónia. Peço desculpa pela troca de nomes.
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De Sílvia a 17.09.2014 às 15:35

Compreendo perfeitamente o que diz, infelizmente é a sociedade em que vivemos, quem não trabalha... Se não gosta (você ou eu) ou ruma contra a maré (e aí corre o risco do filho se perder nesta sociedade), ou muda para uma sociedade com a qual se identifique. É triste, é chato, mas é a realidade. Não sou eu que dito as regras, apenas sou objectiva e mudo conforme os tempos, lá terá que ser.
Por mim era como no meu tempo de miúda, ou até mais atrás, se pudesse tinha 20 filhos e estava em casa a tomar conta deles!

Imaginação e brincadeira nada têm a ver com demasiado trabalho, ou não. No meu trabalho e trabalho muito, posso usar sempre a imaginação e a brincadeira quando quero!
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De Sílvia a 17.09.2014 às 15:52

Já agora Ana Oliveira, para ver que até compreendo o que diz e em parte concordo (apenas mudo porque a sociedade assim o exige), proponho outra discussão ao João, a da idade de colocar os miúdos na escola (ou pré-escola). O meu ainda é pequeno, tem 1 ano, e eu tenho a sorte de ter os avós que tomam conta dele. A pré-escola começa aos 3 anos, por mim coloco-o nessa idade (lá está, outros tempos, outra sociedade, que assim o exige), o meu marido acha demasiado cedo (prefere aos 4), se ele for para a faculdade são cerca de 20 anos seguidos sempre na escola, ele acha demasiado tempo. Entendo-o, afinal no meu tempo só fui aos 6 anos e chegou, sou licenciada, não estou perdida no mundo, vivo razoavelmente...!
E agora, vou com a corrente (da sociedade), ouço o meu marido (e corro o risco de o miúdo depois não se adaptar por já ser maiorzinho)...? Complicado... Decisions, decisions!
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De Sn a 17.09.2014 às 13:13

O meu filho frequenta uma escola privada e não trazem trabalhos para casa.
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De Sn a 17.09.2014 às 13:13

(Não traz)
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De Sílvia a 17.09.2014 às 15:37

Isso dependerá das escolas privadas. Conheço quem tenha colocado os filhos em escolas privadas precisamente para eles não terem trabalhos, nem os pais recados. A escola era nova, teve que ceder às pressões dos pais.
Conheço colégios centenários que não precisam (economicamente, porque têm lista de espera) de ceder às pressões dos pais e estão no top 10 do ranking das escolas nacionais!
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De Sílvia a 17.09.2014 às 15:38

Esses que conheço no top 10 (conheço do Porto) passam TPC logo no 1º dia. Era o que queria dizer!
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De LL a 18.09.2014 às 12:18

Lá por as escolas estarem no TOP 10 dos ranking das escolas não quer dizer que tenham mais conhecimento ou que venham a ter maior sucesso na faculdade.

Há que reparar, por exemplo, que a diferença entre a média das notas dadas pela escola e a média das notas nos exames rondam os 5 valores, nas primeiras escolas do ranking. O que significa que as notas dadas pelas escola estão muito empoladas.
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De Teresa A. a 17.09.2014 às 12:15

Ai, por amor de Deus, tenham dó!

Os trabalhos de casa, na minha modesta opiniao, sao mesmo muito úteis e necessários. Os argumentos da Maria Joao Marques sao perfeitamente ridículos: a ideia dos TPC nao é repetir o que se fez nas aulas mas sim exercitar o que se aprendeu!
Nao me digam que acreditam mesmo que, depois de 5-7 horas de aulas, os miúdos ainda se lembram do que o/a professor/a da primeira aula esteve a explicar?
Eu, no meu trabalho, depois de ter 3 reunioes seguidas sobre temas diferentes, ter lido 20 e-mails e ter atendido 5 chamadas telefónicas, se nao tiver tirado apontamentos e revisto o que foi falado na primeira reuniao, esquecam!
Ou quando faco uma accao de formacao? Por exemplo, para nao ser muito complicado, sobre funcoes extras em Microsoft Word: quando estou sentada e uma pessoa está a explicar como se faz, eu percebo tudo. Mas quando chego ao meu gabinete e quero pôr em prática o que ouvi...? Tenho que tentar várias vezes até memorizar como se faz.

Ou outro exemplo: alguém me explica como chegar de A para B. Viras à esquerda, no segundo semáforo viras à direita, segues 2 km em frente, passas por uma bomba de gasolina....blablabla... e depois é a terceira casa do lado direito, com um castanheiro no jardim.
Eu, na altura em que me estao a explicar o caminho, até entendo e fixo, mas a meio do caminho comeco a pensar "era a segunda ou a terceira?". E, só depois de percorrer o caminho 2-3 vezes é que fixo realmente o caminho e nao me torno a esquecer.

Ou andar de bicicleta: lá porque uma pessoa me explica como andar, nao significa que eu, à primeira vez que me sento numa bicicleta, consiga andar imediatamente!

Em quase tudo na vida é preciso exercitar para aprender e memorizar.
Nao me venham com tretas de cargas horárias!
Eu sempre fui boa aluna (sou geracao de 1970), nunca faltei às aulas, estava com atencao e tinha muito boa memória. Mesmo com a carga horária que tinha, mais os escuteiros, as aulas do conservatório, côro e orquestra, natacao, tinha tempo para brincar, ver televisao e fazer os TPC. A regra em casa era que só havia brincadeira e TV depois dos TPC estarem feitos. E os meus pais trabalhavam ambos a tempo inteiro. Se calhar a grande diferenca é que ia para todo o lado a pé e sózinha e nao "perdia" tempo com computadores e telemóveis e afins. E o tempo de televisao nao ultrapassava 1/2-1 h por dia...
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De Helena a 17.09.2014 às 13:18

Concordo. Com "peso e medida", onde impere o bom senso, o TPC, em diferentes e muitas áreas e anos de escolaridade, pode ter lugar, sim!
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De Sofia a 17.09.2014 às 11:49

Eu concordo com os argumentos anti-TPC, mas por outro lado, se os miúdos NUNCA fizerem trabalhos, como é que ganham hábitos de estudo e se preparam para os exames de 4º ano? E mesmo antes dos exames na primária, como é que os miúdos se adaptavam ao 5º ano, com várias disciplinas, cada uma com dois ou mais testes por período, se nunca faziam trabalhos de casa na vida?

De qualquer forma, não defendo TPC's todos os dias, muito menos na Primária. Do meu ponto de vista, estes só deviam ser marcados uma ou duas vezes por semana.
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De Helena a 17.09.2014 às 11:19

Assunto controverso, sem dúvida. No entanto, parece-me que Maria João Marques ao afirmar : " ...E no 3º ciclo ou no secundário evidentemente há disciplinas (matemática e pouco mais) que necessitam de treino e justificam trabalhos de casa", acaba por não ser, suficientemente, esclarecedora quanto à sua posição. E eu perguntaria: Por que razão "matemática e pouco mais" é que precisam de treino? A real questão não estará antes em saber gerir o "mandar fazer TPC" (tipo de tarefa, tempo necessário para a sua realização, pertinência ou não).

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