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O clássico "dói-me a cabeça", mas agora em Excel #2

por João Miguel Tavares, em 23.07.14

Queria alertar para dois óptimos comentários a propósito deste post e do famoso mapa Excel com as desculpas que ela arranjou durante mês e meio para limitar o pinanço:

 

 

O primeiro comentário é do sempre pertinente, polémico e perspicaz (PPP) LA-C:

 

A acreditar que a folha de Excel não omite nada de relevante, somos levados a concluir que a mulher não tomou a iniciativa uma única vez durante um mês e meio. Já o marido tomou a iniciativa 20 vezes. Não houve comentários a esse respeito?

 

É uma óptima questão - porque a verdade é que ainda vivemos num mundo onde é suposto ser ele a tomar a iniciativa. Por outro lado, há que admitir que o gajo do Excel é um verdadeiro coelhinho, que não deve ter mais nada com que se entreter: é que ele tentava quase todas as noites.

 

É certo que só foram três "yes" em mês e meio, o que é muito "no" (fiz as contas: dá 89,3% de negas, o que eu diria ser um número complicado de sustentar numa relação feliz), mas, por outro lado, mesmo depois dos "yes", o gajo tentava logo novamente nas noites a seguir. Das duas uma, ou o sexo era muito fraco ou ele conheceu a mulher há 15 dias. 

 

Já o segundo comentário que eu queria trazer para aqui é uma confissão corajosa - louve-se a frontalidade - da Maria:

 

Isto é a realidade em mais de metade dos casais com mais de meia dúzia de anos de relação. Lá em casa é igual. Ele insiste e eu tenho sempre desculpas. Muitas delas parecidas com estas (mas tomo banho depois de ir ao ginásio :) E quem disser que é mentira, ou mente ou é uma raridade. 

 

Será mesmo assim? A vida sexual do homem e da mulher casados há muitos anos está condenada a nove "hoje dói-me a cabeça" por cada 10 tentativas de queca? Ora aqui está uma questão que merecia ser discutida neste blogue.

 

Vá lá, não sejam tímidos, que por aqui ninguém vos conhece.

 

publicado às 09:44


45 comentários

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De mulher/esposa a 23.07.2014 às 12:01

Ora pois muito bem.
Concordo com os comentários que dizem que se chegou ao ponto de fazer um registo de Excel foi porque esta bem ciente que a relação estava a terminar e queria ter um argumento bem palpável para dar corpo à sua decisão. Acredito que mesmo as suas insistências persistentes nesse período foram resultado do 'plano' que engendrou.
Mas agora meus senhores e quando os papeis se invertem?
Sim, quando ela consistentemente quer e ele não?
O que devem as mulheres pensar?
(na nossa cabeça já sabem que só que passam argumentos de a culpa é minha porque não sou boa na cama; estou feia e gorda....ou ele tem outra).
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De Marta a 23.07.2014 às 12:48

Também há a possibilidade de ele ser gay...
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De anonimo a 23.07.2014 às 16:25

Então se ele não quer é gay e a da folha de Excel é lésbica ou as mulheres em geral não gostam de sexo?
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De Regina a 23.07.2014 às 13:50

Não pense muito e converse com o seu marido.
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De Marta a 23.07.2014 às 16:35

Só estou a querer dizer que as mulheres fazem mal em pensar logo que a culpa é delas. Se calhar, muitas vezes, é mesmo o marido que anda mal resolvido...
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De Ana a 23.07.2014 às 11:47

Sendo específica, antes de ter filhos a média devia andar nas 3x por semana.
Agora, bem agora... tenho 2 filhos de 2 e 3 anos e as coisas são bem diferentes. Eu diria que 1x por semana, na loucura 2x. E isto porque temos flexibilidade de horários e às vezes conseguimos estar sozinhos em casa de manhã ou mesmo antes de ir buscar os miúdos. Porque se fosse só a contar com o fim do dia, estava tramada, eu chego ao fim do dia cansada sem grande vontade e o meu marido maior parte das vezes adormece com a minha filha quando a vai deitar lol
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De Alexandra a 23.07.2014 às 11:42

Primeiro, a contextualização: vivo com o meu marido há quase 7 anos (apesar de casados de papel passado, apenas há 3). Portanto ainda não alcançámos os famigerados 10 anos. Mas considerando que namoramos há 10, parece-me que posso ter direito a dizer qualquer coisa! :)
Bom, cá em casa o sexo é como a divisão de tarefas domésticas: ambos temos que ter iniciativa. Excepções houve a essa regra: a primeira gravidez, em que ele fugia a sete pés de mim, porque lhe fazia imensa confusão sentir a bebé mexer; alturas de grande stress para os dois, especialmente relacionadas com trabalho; e poucas outras situações idênticas!
Sinceramente acho que o sucesso da relação sexual não passa por contabilizar o número de vezes que temos sexo, mas a abertura que há em falar do assunto! E nós falamos muito sobre (e em) sexo! Desde sempre procuramos ter uma relação aberta, com abertura suficiente para dizer "hoje não quero" sem demais justificações... Já passámos por períodos de secura como por períodos de extrema actividade. O que notamos é que quanto mais sexo temos, mais nos apetece e isso acontece porque a resposta sexual é retro-alimentada.
Actualmente notamos que há uma grande pressão para o orgasmo, para o desempenho masculino ser excepcional e semelhante a filmes pornográficos e ainda com ideias sexistas muito bem camufladas. Mas sexo é sexo... Cada um deve saber o que gosta, como gosta e quantas vezes gosta :) O sr. da folha de excel certamente estava extremamente descontente com a sua vida sexual e isto parece-me mais uma experiência que ele levou a cabo para provar uma posição, do que propriamente para espelhar a sua realidade sexual. Se eu vivesse numa relação em que tivesse que dizer que me sinto um nojo, que estou suja ou que quero ver um filme para evitar o sexo, acho que cortava os pulsos! Se não falam sobre o maior domínio de intimidade do casal, conversam sobre o quê?
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De Sérgio a 23.07.2014 às 11:23

Noto que não há homens a comentar... Será sintomático?

Acho que todas as relações têm os seus altos e baixos em termos sexuais, com a influência de inúmeros factores: os profissionais, os filhos, os familiares, e naturalmente à medida que a idade vai avançando esses factores pesam mais na predisposição para uma vida sexual (mais) activa.

Na minha opinião, o Sr. Excel já estava farto há muito tempo, e este foi o culminar de um processo. Concordo com o João Miguel quando diz que ele fazia investidas todo o santo dia, e pela frequência e respostas, a investida devia ser um "passa-me a vagina, por favor", e aí não há libido que desperte.

Há que ser imaginativo, e tudo se resolve. O mais importante é o casal estar bem; o número propriamente dito, é melhor deixar para o INE, e não pôr o tablet à cabeceira da cama para fazer um registo.
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De Mãe Sabichona a 23.07.2014 às 11:15

Desde o nascimento do nosso filho que existiram mudanças significativas. Apesar das investidas serem mais da parte dele, ao final do dia estamos tão cansados com as mudanças de rotinas a que estávamos habituados que acabamos simplesmente por nos esquecer... ele adormece num segundo e eu ainda tenho de o chamar para se ir deitar na cama. Tem sido recorrente acontecer ao fim de semana, pelo que estamos oficialmente um par de velhos :) Mas acredito que com o tempo a coisa melhore.
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De Regina a 23.07.2014 às 11:05

Ora bem, talvez o problema esteja na relação entre o casal. As relações sexuais embora importantes numa relação não são tudo. Se a mulher está magoada, desiludida ou triste com o marido dificilmente estará disposta a ter relações sexuais. Bem pelo menos quando estou chateada não quero sequer olhar para a cara dele quanto mais... Só depois das coisas resolvidas é que consigo pensar no resto.

Quanto a tomar a iniciativa. Tomo muitas vezes e por vezes e também levo negas. É assim a vida. Nem sempre estamos dispostos e isso vale para as duas partes. Mas adianto que detesto receber uma nega. :p

Agora que o sr do excel não devia pensar em mais nada lá isso é verdade.
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De Mary a 23.07.2014 às 10:39

Principalmente as mulheres acham que eles é que têm que tomar a iniciativa e se dao ao trabalho de arranjar essas desculpas... ou o fazem por "frete" depois admiram-se de traições afastamentos e afins...

Efectivamente nao tem que haver sexo todos os dias e ha dias que realmente nao apetece.. um simples "nao apetece" deveria bastar, do que arranjar desculpas parvas.

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De Anita G. a 23.07.2014 às 10:33

Bem, na minha experiencia importa pensar na vida antes de ter um bebé e depois, chamemos AB e DB.
Se esse cenário aconteceu AB é preocupante e algo não estava realmente bem! Tanta desculpa e sem iniciativa não é normal, acho eu...
Agora DB tenho a dizer que me revejo nas estatísticas (e não no teor das desculpas). Mas espero que seja só uma fase.
Não tenho um relacionamento de meia dúzia de anos mas metade da meia dúzia, e acho que há fases e momentos, e que no fundo, a percentagem de 'yes' e 'no' não é assim tao importante pensada a longo prazo.
Se pensarmos nessa percentagem aos 70 e aos 25 anos, será que era a mesma?


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De Maria C a 23.07.2014 às 10:16

O sexo continua ser um assunto tabu, mesmo com o médico, nem homens nem mulheres falam das suas relações. Concordo com a Maria que as mulheres arranjam muitas desculpas e quando já as esgotaram muitas vezes fingem o orgasmo para despachar o companheiro. Também o fiz muitas vezes.
Mas não tem que ser assim. Quando realmente gostamos de estar com uma pessoa isso faz toda a diferença.
Homens se gostam da vossa mulher/companheira e querem sexo a receita é muito fácil, deêm-lhe atenção e acima de tudo reparem nas pequenas coisas que fazemos.
Uma pequena frase aqui e ali, faz toda a diferença, Exemplos: miudas não sujem o chão, a vossa mãe acabou de limpar tudo; Obrigado por teres limpo o meu escritório.
Mas quando chega a hora da cama, não entrem a matar, uma mulher tem que ser conquistada todas as noites. Basta algo como: "pensei em ti o dia todo, estava doido para te tocar" , isso faz disparar a libido de qualquer mulher cansada ou não. Felizmente tenho um companheiro inteligente e atencioso que não se pode queixar de falta de sexo, mas o mérito é todo dele. A sua única queixa é que raramente todo a iniciativa, mas tento compensar apimentado as coisas quando ele menos espera.
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De Marta a 23.07.2014 às 10:16

Nada disso! Eu tomo a iniciativa muitas vezes, às vezes com sorte, outras nem por isso ;)

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