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O papá não é médico #9.2

por João Miguel Tavares, em 20.01.14

Meu Deus, mas que quantidade impressionante de sugestões mariquinhas, e super-fofas, e mega-delicadas! Peço desculpa à excelentíssima esposa, mas a bem da defesa da virilidade desta casa, sou obrigado a apresentar propostas alternativas.

 

Segundo o Manual de Gajos Brutos que Acham que os Putos Hoje em Dia São um Bocado Estragados com Tanto Cutchi-Cutchi, notável súmula de investigações milenares realizadas pelo Instituto de Tributo às Cavernas Onde Não Havia Grande Coisa e Ainda Assim Chegámos Cá, há outras formas de conseguir o abandono da chucha. Por exemplo, esta:

 

- um dia olha-se para um puto a chuchar e pensa-se "Hummm... se calhar já era hora de largares essa coisa";

 

- explica-se ao puto que já é hora de largar aquela coisa;

 

- de um modo geral, o puto entende que nunca é hora de largar aquela coisa;

 

- tira-se-lhe aquela coisa, ainda assim (pais e mãe mais sensíveis podem criar histórias imaginárias, algumas das quais envolvendo sapos grandalhões, que o Instituto de Tributo às Cavernas Onde Não Havia Grande Coisa e Ainda Assim Chegámos Cá não tem nada contra isso);

 

- o puto chora um bocado;

 

- se tiver mau feitio pode até chorar muito;

 

- não se cede;

 

- estamos mentalmente preparados para passar três noites sem dormir espectacularmente (fazer esta operação nas férias é capaz de não ser má ideia);

 

- ao fim de alguns dias, o puto esquece-se da coisa em particular, e começa a fazer birras por outra coisa qualquer em geral;

 

- à partida, posso assegurar que esta prática não deixa sequelas para a vida, na medida em que é raro ouvir dizer a adultos "o maior trauma da minha infância foi quando me tiraram a chucha".

 

E pronto, era esta sugestão do Manual de Gajos Brutos que Acham que os Putos Hoje em Dia São um Bocado Estragados com Tanto Cutchi-Cutchi que eu queria partilhar convosco.

 

Admito que lhe falta alguma cientificidade, mas parece-me um método eficaz.

 

 

Ah, e em relação à sucção de dedos, deixo a sugestão de um filme: Thumbsuckers, de Mike Mills, um filme de 2005 que em Portugal estreou com o título de Chupa no Dedo. Dá menos trabalho do que o consumo do New England Journal of Medicine e diverte bastante mais.

 

publicado às 14:52


9 comentários

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De Maria Santos a 30.11.2014 às 21:54

Um tema muito a propósito da minha situação! Mas ainda não consegui tamanho feito e já são quase quase 5 anos! Foi tudo muito cedo mas o "raio" de chucha já estava mesmo quase e logo apareceu a varicela. Vou ler o "dito manual" outra vez.

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De Ptarícia Tomé a 21.01.2014 às 12:43

Olá, João!

Pois que eu, confessa mãe-galinha e muito fofinha, me identifico e, atenção! inclusivé preconizo o "modus operandi" do Manual de Gajos Brutos que Acham que os Putos Hoje em Dia São um Bocado Estragados com Tanto Cutchi-Cutchi. Com o primeiro combinámos com ele que no dia do seu 4º aniversário (shame on me... tardíssimo!) ele próprio deitaria a sua chucha no lixo e assim fez! Depois de umas noites um bocadinho complicadas, a coisa passou, e até agora, nada de traumas! Tem nove anos. Com o mais novo, fui ainda mais radical. Quando fomos de férias, no Verão dos seus três anos, ele adormeceu no carro e, quando acordou, pediu-me a chucha e eu disse-lhe que me tinha esquecido da chucha em Lisboa (tanga! Tinha para aí umas 125.000 chuchas na mala ara o caso de a coisa correr mesmo muito mal!). Alguns gritos e 1 ou 2 noites mais complicadas, a coisa também passou! Como estavamos de férias, o truque era deitá-lo sempre o mais tarde possível. Ele era passeios no jardim a seguir ao jantar, um pézinho de dança no bar do hotel, e a verdade é que quando íamos para o quarto ele já estava tão podre que "quinava" assim que o deitavamos na cama! Tumbas! Por isso, as noites até se passaram bem. Confesso que o que foi mais complicado, tanto com um como com o outro, foram mesmo aqueles momentos de birra, ou quando estavam doentes, ou quando se aleijavam. Fogo! Até eu estive mesmo quase a ceder em alguns momentos! Ainda hoje... Ai se eu ainda pudesse ter uma chucha para calar aquelas birras... Mas tudo se faz e nada de traumas lá por casa. A verdade é que N-U-N-C-A vassilámos! E tenho plena consciência de que se o fizéssemos, nem que apenas uma vez, estaria tudo estragado.
Encerrado que está este capítulo das chuchas, devo dizer que em (quase) tudo o resto, faço toda uma série de "asneiras" susceptíveis de tornar os Meus Putos Hoje em Dia um Bocado Estragados com Tanto Cutchi-Cutch!!! Um abraço, João!
Patrícia B. Tomé
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De macacagravaporcima a 21.01.2014 às 10:53

obrigada por terem abordado o tema, veio memso a calhar e ontem tomei uma resolução... ora vejam aqui: http://www.macaquinhasnosotao.blogspot.pt/2014/01/daqueles-posts-que-so-interessam-mesmo.html

so far, so good, mas ainda só passou uma noite... Inventei uma fada das chuchas e tudo, o que uma mãe não faz... :-D
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De Helga Vera-Cruz a 21.01.2014 às 09:25

É pa espera lá... isso quer dizer q sou uma mãe muito
brutinha????;-) concordo tantooooo com essa teoria!!
O meu aos 5 meses tiramos o leite durante a noite. A médica deu a dica e nós, pais brutos, pimba. 3, 4 noites de gritaria sem leite e sem irmos ao berço meter xuxa dar beijinhos e colinho. Depois disso, noites inteiras a dormir sem pedir o leite. Não foi nada fácil, diria até que passei belas noites na ombreira do quarto dele sem ele me ver.Chorava ele e eu. Mas... remédio santo;-) Não tarda entramos nessa guerra de tirar a xuxa;-)
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De Susana Neves a 21.01.2014 às 07:26

Não resisto a contar a forma como a chupeta foi tirada à Leonor.

Um dia, seriam 6 da manhã, a Leonor acordou descontrolada por não saber da pêpê. Lá andei de rabo para o ar, a tentar encontrá-la e nada.

Tentei acalmá-la e fui buscar uma das chupetas da Benedita, para resolver o drama provisoriamente.

Mas a rapariga estava tão irritada que atirou com a chupeta ao chão, com violência, e fartou-se de berrar.

O papá acordou com aquele berreiro, veio escada a baixo em direcção à gaveta onde estava guardada a tesoura. Depois revirou o quarto e cortou a chupeta ao meio.

Fiquei em choque, cheia de medo dos traumas que aquele epísódio pudesse causar à cachopa.

Dias depois desabafei com a pediatra cuja reacção foi surpreendente.Disse ela que o pai tinha feito muito bem, porque a Leonor, naquele momento, estava a humilhar-me.

Pelos vistos a única traumatizada com a cena fui eu, pois na Leonor nada se nota. Faz é questão que aconteça o mesmo à mana, quando fizer 3 anos.

E até a pequena já fala disso. Diz que o pai vai cortar a pêpê, quando fizer 3 anos.

Suponho que neste tema, como em quase todos os outros que se relacionam com a educação infantial, não existam respostas matemáticas.

Cada caso será um caso.

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De Sónia a 20.01.2014 às 17:33

Provavelmente eu também li o Manual de Gajos Brutos que Acham que os Putos Hoje em Dia São um Bocado Estragados com Tanto Cutchi-Cutchi, porque concordo que hoje em dia há "mariquices" a mais com os garotos.

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De Sílvia a 20.01.2014 às 16:14

Sou gaja, mãe e nada bruta, mas, e embora não tendo lido o manual, já sou obrigada a concordar com ele só pelo título "Manual de Gajos Brutos que Acham que os Putos Hoje em Dia São um Bocado Estragados com Tanto Cutchi-Cutchi"... Como eu costumo dizer, paneleirices de hoje em dia!!
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De SIplesmente Ana a 20.01.2014 às 15:44

Pois, mas isso não ó o Manual dos Gajos Brutos e Tal, mas sim Manual dos Pais (leia-se progenitor do sexo masculino). O meu marido rebola imenso os olhos quando lhe explico as minhas teorias.

Por exemplo:

Quando lhe digo que não é hora de tirar a chucha porque acabou de entrar para a escola, rebola os olhos.

Quando lhe digo para não a comparar ao primo da mesma idade, rebola os olhos.

Quando lhe peço que não lhe diga que é má quando se porta mal, rebola os olhos.

E por aí fora.
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De gralha a 20.01.2014 às 15:14

Para quando a publicação do manual completo? Um best-seller em potência, sem dúvida.

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