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Obrigado, Gustavo

por João Miguel Tavares, em 09.01.15

Ontem houve uma explosão de visitas e de comentários aqui no nosso semi-comatoso PD4, graças ao espectacular e sempre inesquecível Gustavo Santos, que se lembrou de colocar no seu Facebook uma comovente reflexão sobre os atentados no Charlie Hebdo, que deixou milhares de pessoas a esfregarem os olhos e a pensar: "não é possível... ele disse mesmo aquilo?"

 

Ele disse.

 

Deixo só um cheirinho da profundidade do seu pensamento:

 

Que uns sejam apanhados e severamente julgados pelo que fizeram e que outros, os que tiveram sorte e ficaram, assim como tantos outros que fazem carreiras a ridicularizar a verdade de quem não conhecem de lado nenhum, aprendam alguma coisa com isto! Opinar sim, questionar também, agora gozar sistematicamente com convicções alheias é que me parece despropositado.

 

A sensibilidade! A argúcia! A elegância argumentativa! O amor à liberdade de expressão! A paixão pelos valores da civilização ocidental! O que dizer? É Gustavo Santos no seu melhor. 

 

E, de facto, há que admitir que se trata de uma reflexão coerente com a sua escola de pensamento: se eu sou a pessoa mais importante do mundo, se "o amor da minha vida sou eu, ponto final, parágrafo", não há qualquer justificação para levar um tiro na tola, na medida em que falecer é uma coisa que dificulta imenso continuar a amar-me. Donde, convém manter o biquinho bem calado em qualquer situação mais desagradável, não vá algo de mal acontecer-nos, impossibilitando-nos de continuar a acariciar o nosso umbigo e a modelar os nossos glúteos. Está certo, Gustavo.

 

Infelizmente, houve quem achasse isto simplesmente imbecil, e aproveitasse para linkar este meu texto de Julho sobre Gustavo Santos, que se mantém inacreditavelmente actual - o que me deixou muito satisfeito e me fez amar-me mais um bocadinho. Obrigado, Gustavo.

 

E graças a isso, o PD4 tive direito a:

 

1. Um post vergonhosamente generoso no enorme Malomil (se alguém quiser saber porque lhe chamo o melhor blogue português, leia a maravilhosa entrada Portugal Protocolo).

 

2. Alguns leitores a perguntarem se afinal o PD4 se tinha sumido de vez.

 

Esse leitores têm toda a razão no seu protesto. Eu avisei que a frequência dos posts iria diminuir, mas não era para desaparecermos em combate durante semanas. O problema é que me enfiei num novo desafio (como diria Gustavo Santos) que me está a levar muito mais tempo do que estava à espera e não tenho tido um segundo para o PD4.

 

Mas não desesperem: nós continuamos todos vivos e de boa saúde. E prometemos ir voltando, sem nos comprometermos com dias certos.

 

De qualquer forma, não queria deixar de agradecer ao Gustavo ter-me obrigado a vir aqui fazer uma prova de vida. És o maior, pá. Enfim... peço desculpa. És o segundo maior - já me esquecia que o maior tenho de ser eu. Mas tu vens logo, logo atrás.

 

Boa tarde!

 

GSantos.jpg

 

 

publicado às 15:20


84 comentários

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De V a 08.02.2015 às 13:14

Voltemmmm, estão aperdoadosss!!! Saudades
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De AA a 08.02.2015 às 10:28

Desisto! Não venho cá mais.. Tenho pena, era um bom blogue..
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De Marisa a 07.02.2015 às 01:43

Volteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem
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De Patrícia a 05.02.2015 às 21:11

Nós comentamos porque nos importamos. Nós comentamos porque estamos tristes com a vossa ausência ... Nós comentamos porque sentimos (muito) a vossa falta. Nós voltamos cá todos os dias na esperança de um alô, seja de que tipo for. Faziam parte da nossa vida, do nosso quotidiano, do nosso momento de descompressão diário Ficou o vazio. ..o não saber o porquê... E vamos continuar a comentar porque acreditamos que um dia chegamos ao blog e vocês passaram por cá e fizeram as pazes connosco.
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De ANONIMO a 05.02.2015 às 15:49

"Devo dizer que acordei com alguns problemas de consciência: é possível que o meu post de ontem tenha soado demasiado trágico. Ao ler a caixa de comentários, fiquei a achar que um cacharolete de gente entendeu o meu aviso de que vou passar a escrever com menos regularidade como um pré-anúncio de falecimento. Não, não, não. A ideia não é matar o PD4, ok?"
PARECE-ME QUE ESTA AUSENCIA è MESMO UM ANUNCIO DE FALECIMENTO... TENHO PENA
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De Ricardo C a 05.02.2015 às 11:15

Eu já não simpatizava com o Gustavo, mas agora é que estou mesmo fartinho dele...
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De Helena a 06.02.2015 às 22:06

Esta está boa. Realmente é chato, entrar aqui (já só) de vez em quando e ver sempre o nome do tal Gustavo que eu ainda nem sei bem quem é (não quero saber)... Se era para demorar tanto, podiam-nos ter deixado com um post mais agradável.
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De Anónimo a 03.02.2015 às 22:18

Sinto falta do PD4...do Gui..Ritinha e manos
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De Bruxa Mimi a 03.02.2015 às 21:36

Se o João e a Teresa não têm tempo de escrever no blogue, podem pôr a Carolina e o Tomás a substitui-los, um texto por semana. Eu gostaria, de certeza!
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De Ana a 30.01.2015 às 21:53

Os blogs também hibernam?
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De Carlos a 02.02.2015 às 15:02

Hibernam e nem avisam que vão hibernar.
Acho que quebrou de forma pouco delicada um compromisso que tinha com os leitores. Até pode acabar com o blog, é com o seu autor, mas dizer que a notícia da morte é exagerada, nunca mais escrever e vir chatear com um qualquer Gustavo - post do mais desinteressante, não acho bem.
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De Maria Duarte a 03.02.2015 às 11:49

Penso que era mais sensato e fechar o blog de vez...
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De Modern Ana a 05.02.2015 às 12:27

Ó por favor, deixem as pessoas em paz. Acaso pagaram para vir ler o blogue? Se não podem vir escrever, não podem. Eu também venho cá de vez em quando ver se há novos posts e não desato a barafustar. Até já vieram com a cena do divórcio. Please. O blogue é de seus donos, e eles fazem o que quiserem com ele. Escrever todos os dias, uma vez por mês ou uma vez por ano. Afinal não pagamos nada para cá vir, nem assinámos nenhum contrato com os donos. Que seria. As pessoas só estão bem a refilar, haja paciência.
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De Patrícia a 23.01.2015 às 12:13

24 dias, 24 dias sem um único Post.
Não tenho mais nada a acrescentar...
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De Helena a 24.01.2015 às 11:23

Subscrevo inteiramente ...
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De vera a 25.01.2015 às 14:17

Desisti deste blog
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De MC a 29.01.2015 às 10:42

Um pena.

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