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Com o cheirinho da Primavera a chegar voltam as saudades de ter um quintal com jardim para poder plantar, semear e ver a força da vida a rebentar a terra. Acompanhar uma planta a nascer, crescer e dar flor ou fruto é tão confortante e reconciliador que apaga qualquer desencontro com a rotina diária e tem sempre direito a banda sonora exclusiva: é-me impossível não imaginar Louis Armstrong a cantar a sua "What a wonderful world" fazendo as plantas despontar da terra, como se estivessem sob a influência de um encantador de serpentes.
Exactamente por isso, todas as janelas com beiral da nossa casa têm vasos à espera de florirem, e toda a família espera ansiosamente o aparecimento de cada novo botão. Humm... toda, menos o João, já que infelizmente para ele as flores das plantas não têm letras nem dão para pôr a girar no DVD.
Todas as manhãs, quando levantamos os estores, procuramos novidades nos vasos das nossas janelas, que são o jardim da nossa casa. Este ano, a primeira flor da Primavera foi um narciso a que nós chamámos Susana, por ter aberto no dia dos anos de uma amiga nossa para quem, nos dias que correm, florir depois da desfolhada tem um significado especial. Hoje, ela já está assim: