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Primeiro comem as crianças, depois comem os pais #3

por João Miguel Tavares, em 22.10.14

E depois da partilha da Inês Teotónio Pereira, aqui fica a opinião do Dr. Mário Cordeiro. (Em relação à sugestão final, declino respeitosamente - e, se quiser, também tenho para troca):

 

Acho que depende muito da idade. E os seus [filhos] são ainda pequenos (uns... outros não). Creio que é de estimular as refeições em família, a conversa sobre o dia que passou em vez do "come-não come", etc, mas é preciso, mesmo sendo mais velhos, pôr ordem na freguesia, e para isso é que os pais existem...

 

É muito maçador (leia-se "chato") ter de estar a viver um kafarnaum no final do dia, quando apetece emigrar para uma ilha deserta. Todavia, se não os for ensinando eles não aprenderão, ou dito de outra forma, uma coisa são as "aulas teóricas", que é estar a dizer-lhes as boas maneiras, as prioridades, quem fala primeiro, etc, outra as "práticas" que é vivenciarem - pais e filhos - esses momentos.


Custa, João, mas dentro de 15 anos, entre Erasmus, estudos no estrangeiro e emigrações, terão mesmo de arranjar um cão para poder arengar com alguém à hora do jantar. Vai sentir saudades (não estou a ser cínico!). E um berro bem berrado de vez em quando, faz eco e testa a solidez do betão das paredes... (se precisar de mais três, de 12, 11 e 11 anos, disponha, por favor...)

 

publicado às 11:54


4 comentários

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De Maria F a 22.10.2014 às 13:40

Não tenho filhos, mas lá em casa dos meus pais éramos 4, 3 rapazes e uma rapariga (eu)
Sempre me lembro de jantarmos todos juntos, e não tenho memória de grandes confusões, só cenas engraçadas que ainda hoje nos fazem rir quando nos reunimos em família. Eramos uma família remediada, mas a minha mãe tinha que ser muito boa gestora porque eramos crianças saudáveis e sempre cheias de apetite, e só o meu pai trabalhava como era normal na época. Ás vezes a comida não era do nosso agrado (farinha de pau de peixe até me dava suores frios), o meu pai que era todo dado á " boa paz " perante os nossos protestos só argumentava -Pois se a mãe tivesse feito "faisão dourado" era bem melhor, mas ela não fez, tens que comer a farinha de pau.... Lembro-me também certa vez que a minha mãe fez bacalhau a "Gomes de Sá" com muitas batatinhas e ovo e o "cheirinho do bacalhau". A meio do jantar estava o meu irmão mais velho com o garfo a fazer cana de pesca e com a outra mão a fingir que enrolava o carreto, em frente á travessa, e pergunta o meu pai: - que estás a fazer, responde ele: -estou a ver se pesco o bacalhau que ainda não o vi. Gargalhada geral na mesa (tirando a minha mãe que não tinha um sentido de humor tão apurado).
Resumindo e concluindo as melhores lembranças da minha meninice, foram mesmo passadas na mesa.

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