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Primeiro comem as crianças, depois comem os pais #3

por João Miguel Tavares, em 22.10.14

E depois da partilha da Inês Teotónio Pereira, aqui fica a opinião do Dr. Mário Cordeiro. (Em relação à sugestão final, declino respeitosamente - e, se quiser, também tenho para troca):

 

Acho que depende muito da idade. E os seus [filhos] são ainda pequenos (uns... outros não). Creio que é de estimular as refeições em família, a conversa sobre o dia que passou em vez do "come-não come", etc, mas é preciso, mesmo sendo mais velhos, pôr ordem na freguesia, e para isso é que os pais existem...

 

É muito maçador (leia-se "chato") ter de estar a viver um kafarnaum no final do dia, quando apetece emigrar para uma ilha deserta. Todavia, se não os for ensinando eles não aprenderão, ou dito de outra forma, uma coisa são as "aulas teóricas", que é estar a dizer-lhes as boas maneiras, as prioridades, quem fala primeiro, etc, outra as "práticas" que é vivenciarem - pais e filhos - esses momentos.


Custa, João, mas dentro de 15 anos, entre Erasmus, estudos no estrangeiro e emigrações, terão mesmo de arranjar um cão para poder arengar com alguém à hora do jantar. Vai sentir saudades (não estou a ser cínico!). E um berro bem berrado de vez em quando, faz eco e testa a solidez do betão das paredes... (se precisar de mais três, de 12, 11 e 11 anos, disponha, por favor...)

 

publicado às 11:54


4 comentários

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De Anónimo a 26.10.2014 às 03:10

Olá
O Dr. Mário Cordeiro tem toda a razão.
As refeições cá em casa sempre foram sagradas, pois são a única altura do dia em que estamos todos juntos. Já se sabe que enquanto os miúdos são pequenos é uma verdadeira revolução, mas é realmente muito importante para o resto da vida. E sim, com o tempo, vamos ver resultados nisso, o que é sempre bom.
Eu sei que ainda hoje as minhas três filhas, que têm 26, 21, e 16 adoram esta hora do dia. É á mesa que temos as conversas mais importantes, e que são planeados grandes projectos, pois temos tempo e estamos ali só para elas, e elas só para nós, olhos nos olhos, sem televisão nem outras distrações.
E sim garanto-lhe que vai sentir falta dessa confusão, e de estarem todos juntos, quando começarem os Erasmus e a saírem de casa.
E embora possa parecer que até é bom, porque temos montes de tempo para nós (é bom!), o problema, é que habituamo-nos aos nossos safadinhos, barulhentos e desarrumados, e depois temos MESMO saudades desses tempos.
Ainda hoje estranho um bocado ter a casa tão arrumada! Hahaha, raios partam que foram tantos de luta para ter a casa minimamente apresentável, sem parecer que passou um furacão, ou três filhas, que é quase a mesma coisa, e agora acho estranho!?
Ainda dou comigo a pensar, caramba isto está tão silencioso! E a seguir, cheia de saudades, vou ligar ás duas que já saíram, uma para estudar aí em Lisboa, e a outra depois de terminar esse ciclo, para viver sozinha.
E também é verdade, um cão faz muita companhia....e um gato :)

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