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Quem visita regularmente o Pais de Quatro conhece com certeza o meu dilema canino-doméstico, que só vem aumentando à medida que se aproxima o Natal (já ando com suores frios) e a semi-promessa de um cão para a família.

 

Toda a gente cá em casa gosta mais de cães do que de gatos, mas muito por causa da publicidade que durante vários anos a minha amiga Ana Dias Ferreira foi fazendo aos seus bichos, eu fui começando a pensar com os meus botões se um gato não seria melhor opção cá para casa. Dá muito menos trabalho e é muito mais independente - tudo aquilo que eu preciso.

 

Além disso, a famosa história de que "gato não conhece o dono e só gosta de quem lhe dá de comer" sempre me pareceu uma bela treta. E agora, depois disto,

 

 

há que dizer que não é apenas treta - é uma mentira descabelada. Que gato do camandro! Aquele cão era o quê? Um pitbull?

 

Acho que vou pôr este vídeo a correr em loop cá em casa, até todo o agregado familiar se afeiçoar à ideia. Gato não conhece o dono? Não brinquem comigo. Já começo a sonhar com garras, longas caudas e bigodes.

publicado às 08:50


41 comentários

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De Isabel a 21.05.2014 às 00:00

Boa noite, venho deixar o meu testemunho, pode ser que ajude.
Eu ja tive uma cadela, um gato e uma gata (só os gatinhos foram ao mesmo tempo).
Vivo num apartamento.

Quanto à cadela: os meus pais deram-nos a cadela, tinha eu 10 anos. Uma dálmata, linda, linda. Foi um erro, um cão precisa de espaço, e nós não o tinhamos. Passavamos muito tempo fora de casa, e ela ficava sozinha muito tempo. Fazia as necessidades no chão da cozinha, e não a conseguimos ensinar. Acabamos por dá-la a uma pessoa amiga que tinha uma quinta.

Os meus gatinhos foram a minha paixão:

Primeiro veio o gato, já tinha os meus 15 anos, e isto ainda no apartamento. Totalmente diferente da cadela. Quando ele veio para nossa casa, tinha 2 meses, e já sabia ir ao caixote da areia. Lembro-me perfeitamente, de ver aquela bola de pêlo entrar para o caixote sozinho, fazer o seu xixi, e tapou logo. É instituto natural para eles. A minha mãe ficou toda contente, porque tinha receio que ele fizesse no chão.
O meu gato era um senhor do seu nariz, só gostava que lhe fizessem festas e pegassemos ao colo quando ele queria e lhe apetecia, mas adorava estar a nossa beira e adorava deitar-se nas nossas pernas a dormir. Quando chegavamos a casa ele vinha-nos receber à porta.

A minha gatinha, adoptei-a passado 1 ano do ter tido o outro gato. Era completamente diferente: adorava mimo, festas e mais festas, era linda e muito meiguinha. Seguia-me para todo o lado, (até para o WC) saltava para cima da minha secretária e sentava-se em cima do PC ou dos livros que estava precisamente a estudar. Dava turrinhas, beijinhos e ronronava muito.

Os gatos são animais incríveis, muito inteligentes e amigos, ao contrário do que algumas pessoas pensam, não são frios nem arrogantes. É claro que não como os cães, não andam a lamber a cara aos donos. Mas são muito especiais à sua maneira. Adoram fazer companhia aos donos, e sentem a nossa falta. São ideias para apartamentos, e para quem passa algumas horas fora de casa.

O único defeito dos animais de estimação é que partem cedo de mais, e nós ficamos, o que acabou por acontecer ao meus queridos gatinhos. Mas ficam as recordações dos anos felizes que partilhamos, isso ninguém nos tira :')
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De Andreia Ferreira a 19.05.2014 às 15:38

Olá!! Bom, antes demais quero dizer que gosto muito do vosso blogue =) Acompanho há pouquíssimo tempo, mas tem sido muito divertido =)
Eu já tive cães, gatos e até ratinhos quando era criança =) vá, pronto, já não conseguia cuidar de ratos outra vez =). Mas os gatos reconhecem sim o seu dono e podem ser muito carinhosos. Apesar de gostar de gatos, acho os cães mais divertidos e companheiros de brincadeiras do que os gatos =) Neste momento tenho uma cadela em casa (já adulta e com 15 kg) que tem imensa energia e uma bebé de 10 meses =) e até agora a adaptação tem corrido bem, até porque a cadela chegou 2 anos antes da pequenina e elas agora estão a começar uma amizade que espero que dure para o resto da vida. Sempre com muito cuidado e não as deixo sozinhas, claro. Não sou uma expert na matéria mas depois de ter a Nina (cadela) informei-me muito sobre a matéria e vi muitos episódios do "Encantador de cães" (que aconselho vivamente), e acho que aprendi alguma coisa. Um cão dá trabalho, mas vale a pena =) Quando se adopta um cachorrinho tudo é mais difícil, dá muito mais trabalho porque temos que lhes ensinar uma série de coisas, especialmente onde fazer as necessidades, um cão maior (jovem/adulto) à partida aprende mais depressa. O importante nos cães é a energia, eles absorvem tudo, se for um cão com mais energia vai ser mais difícil de controlar pois vai ter a tendência de querer ser o líder da matilha, têm que sair mais vezes com ele, mais exercício físico, se bem que no vosso caso, com 4 crianças acho que vai ficar cansado logo. Também tem que ser um cão que se adapte ao vosso estilo de vida. Independentemente do cão, o importante é mostrar que ele está em ultimo na "árvore" da família (assim como os manos mais velhos orientam os mais pequenos) os humanos devem orientar o cão. Os cães têm a tendência de seguir o líder =) e se desde cedo mostrarem liderança, não vão ter problemas. Na escolha de um cão devem ter cuidado com, por exemplo, se for um cão que venha a correr imediatamente...é sem dúvida um líder. No momento da escolha de um cão (já crescido) deixem-no farejar antes (um cão que não usa o faro em primeiro lugar tem tendencialmente problemas) e vejam como se comportam...neste momento a linguagem corporal é muito mais importante do que a verbal. Por exemplo, um cão que salta logo para cima das pessoas...muita energia e pouco respeito pelos humanos, tendência a dominar, mas um cão que tende a lamber a boca aos humanos é muitas vezes sinal de submissão (se estiverem de joelhos ao pé do cão)(observar as matilhas) Já a sair do lugar onde o forem buscar o cão deve ir sempre ao lado ou atrás dos humanos, a entrar em casa, sempre por último, especialmente pela primeira vez (o líder passa sempre primeiro) Observem uma matilha numa rua (dá logo para perceber quem é o líder porque todos os outros o seguem e andam à volta dele) =) Em suma...já escrevi muito eheheh... O cão é um animal maravilhoso e faz muito bem à saúde e ao ego =) Saudações Madeirenses =)
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De t2para4 a 18.05.2014 às 14:26

Ah, esqueci de referir o seguinte: há regras. E algumas inquebráveis.
- os gatos não sobem para sofás nem para camas, a menos que vão ao colo das piolhas e nunca com a cama por fazer.
- os gatos não arranham nem trepam a cortinados
- os gatos não arranham mobília nem tapetes

O que faço: têm um tapete (tipo capacho) que usam e abusam para arranhar e está encostado à porta sacada, onde bate o sol; têm um arranhador; têm mantas fofinhas como as nossas na caminha deles. E um borrifador com água. Sempre que não cumprem estas regras, são borrifados e coloco-os no sítio indicado para fazerem arranhadelas, trepar, etc. Bastou uma ou duas vezes.
A caixa de areia é tapada, com uma portinha, e foi montada e colocada a areia com eles a verem todo o processo. Bastou coloca-los lá para saberem que ali se faz xixi e cocó. E tem corrido tudo bem!
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De t2para4 a 18.05.2014 às 14:19

Como já referi anteriormente, sou mãe de duas crianças com autismo. Devido a uma enorme pressão e busca sei lá de quê, há uns anos comprei uma cadela golden retriever pura filha de pais campeões e blá blá blá. Foi o completo e total caos apocalítico. E não estou a exagerar. As piolhas tenham medo da cadela e a cadela tinha medo delas, os sinais externos de autismo (estereotipias, comportamentos desregulado e desasjustado, etc.) pioram a 100%. Tive de desistir para bem de todos: nós pais, filhas e cadela. A cadela foi para uma casa e um ambiente mais calmo, onde era amada sem medos. No dia seguinte à partida da cadela, as minhas filhas fizeram o desfralde diurno de vez. Tinham 4 anos e 2 meses.
De há uns meses para cá, pediram-nos um gato preto e branco. Não conseguem - nem sabem - explicar a razão. Ficámos receosos e pensámos na história da cadela e pelo que passámos... Mas arriscámos, testámos as reações delas com gatos de amigos, vimos ninhadas, etc. Correi tudo bem.
No passado domingo, o Quico e o Silvestre (um gato cinzento e branco e um preto e branco), irmãos gémeos, vieram morar para o nosso t2. Não tenho palavras para exprimir a transformação que vi nelas e neles. Eles afeiçoaram-se logo às piolhas, vão sempre despedir-se delas à noite, sobem para o colo delas e ali adormecem. Elas preocupam-se com a ração e a água deles, querem que sejam vacinados para não terem doenças más, dizem para eu ligar à veterinária se houver problemas, assistem à limpeza da caixa de areia (ainda são pequenas para que o façam) sem vómitos (isto pode parecer nada mas as minhas filhas vomitam por causa de pequenos nadas...). Acham naturalíssima o que fazemos com os gatinhos. Percorrem a casa toda só com elas enquanto que comigo restringem-se apenas à cozinha e sala. Os gatos têm, no máximo 7 semanas. E esta grande mudança não causou crises a ninguém...
Apesar de as piolhas serem mais velhas agora, a verdade é que a relação delas com estes gatinhos não se compara à que tiveram com a cadela ou à que têm com os peixes que cá vivem há mais de 3 anos! Os gatos são especiais para elas e eles sentem isso. Ou então, indo mais longe, eles sabem que elas são "especiais" de alguma forma e moldam-se, não sei.
Desta vez, acredito que tomámos a decisão certa. Só esperemos que seja por muitos anos (o marido recomeçou com crises de asma que não tinha há mais de 10 anos e estamos a tentar descobrir se será deste excesso de pólen ou dos gatinhos).
A minha história vale o que vale, mas achei importante partilhar.
Boa sorte na decisão.
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De Anónimo a 19.05.2014 às 16:24

O meu filho tambem estava sempre a pedir um cão ou gato. Devido ao nosso espaço e horarios tivemos que optar por gato, tambem era o meu preferido. Ao meu marido aconteceu o mesmo com crises asmaticas mas fomos informados que os polens estão cada vez em maior quantidade na atmosfera apesar das epocas do ano. Ajustuou-se a medicação (pois não é alergico a gatos - após testes efetuados) e tenho um cuidado maior na limpeza e escovagem do gato. As crises terminaram. O gato é um amor meigo com todos da casa. O meu filho faz o que quer dele e parecem dois irmãos se ralho com um ou outro vão os dois para o quarto a "lamber as feridas um do outro".
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De Susana Marques a 17.05.2014 às 18:12

Eu tenho alguma experiência no assunto:
Durante 11 anos tive um cão, quando este morreu foi dos maiores desgostos da minha, tinha crescido com ele e não estava a habituada a viver sem um animal em casa. Cerca de 4 meses depois ofereceram-me uma gatinha bebé e a casa pareceu encher de luz mais uma vez. A gata era uma santa e muito bem educada, tinha a suas manias, como nos ver a comer de um sitio alto, mas não passava a barreira da toalha de mesa. Só tinha um defeito a sua curiosidade e foi este mesmo defeito que passado 2 anos a fez sair de casa e desaparecer. Agora tenho um gato, que veio cá para casa com um mês, o gato é um pequeno demónio e só tolera as pessoas que vivem aqui em casa. A especialidade dele é portar-se mal.
Tudo isto para dizer que os gatos são muito diferentes entre si, quando adoptamos um felino, ele adopta-nos também a nós. Para ele não somos seus donos, somos uma espécie de família a que ele pertence, não estando ele abaixo de nós. E é por isso que é muito dificil ensinar um gato, o máximo que podemos fazer é recorrer a truques para moldar o seu comportamento.
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De Polliejean a 17.05.2014 às 12:49

Gato conhece o dono, pois. Tive uma gata que, aquando do último famoso (e inofensivo) terramoto em lisboa, me veio acordar com a patinha (garras fechadas) para me avisar do perigo. Não só nos conhecem, como têm um sexto sentido fabuloso. Ela sabia que eu estava a chegar a casa ainda nem tinha chegado ao elevador!
Eu voto no felino! :)
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De outro anónimo a 16.05.2014 às 23:09

Nós cá em casa já tivemos uma cadela, uma golden retriever que deixou muitas, muitas saudades (morreu com perto de 14 anos), e agora temos três gatos, todos resgatados da rua, todos esterlizados na altura devida. Cada um à sua maneira, são excelentes companhias, dóceis e brincalhões. Acredito que eles têm uma espécie muito curiosa de sentido de humor, porque são capazes de nos aparecer nos cantos mais insuspeitos da casa, se lá estivermos a fazer qualquer coisa, e como que fingem ser uma mera coincidência termo-nos encontrado por ali. A mais novita gosta particularmente de acompanhar as atividades da impressora, tentando agarrar as folhas de papel que saem e voltam a entrar quando estamos a imprimir em ambas as faces. Os dois mais velhos ainda conviveram com a cadela, e nós brincávamos com a ideia de que o mais velho de todos, o único macho, agora com 9 anos, tinha adquirido com ela certos tiques de cão. Agora, ao ver este vídeo, confirmámos que, afinal, os gatos têm comportamentos que costumamos associar aos cães, como estes da defesa dos donos perante perigos trazidos por terceiros.
Não consigo optar entre cães e gatos: tanto num caso como no outro, depende dos indivíduos em si (já vi cães e gatos com que achei que não iria ter qualquer empatia, enquanto há outros que é mesmo amor à primeira vista). Mas é um facto que os gatos dão menos trabalho, o que também torna mais fácil arranjar alguém que lhes dê alguma assistência (muito pouca) quando vamos o estrangeiro. No caso de irmos para o Algarve, vão connosco, e adoram andar na rua a fazer vida de gato de aldeia por uns tempos, saindo e entrando quando lhes apetece. São também as férias deles.
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De Sónia a 16.05.2014 às 19:40

Sempre achei, e acho, que um gato é mais adequado a um apartamento que um cão. Adapta-se bem, ocupa pouco espaço, é asseado e não requer muito mimo nem treino. É boa companhia, mas se quiser estar sossegado, encontra sempre um lugar onde ninguém o encontre. Esterilizado e vacinado, se não sair à rua, tem uma boa qualidade de vida. Para evitar arranhadelas na mobília, pode ser habituado a um arranhador (há uns que servem de ginásio, com plataformas para o bicho subir e nichos para se esconder).
A nossa gata, já com 7 anos, é a mana mais velha cá de casa :) Os putos adoram-na e ela, quando quer brincadeira, vai ter com eles. Também os põe na linha quando abusam. Nunca os arranhou e suportou muitas palmadas quando eles eram bebés e ainda não sabiam fazer festas, com uma paciência que não usa com os adultos :D Pode ser uma boa opção para vocês.
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De Filipa Fino a 16.05.2014 às 16:50

Caro Joao.
Realmente, os gatos não são tão dados a meiguices mais elaboradas (comparando com os cães), mas digo-lhe que são uma excelente companhia, muito meigos e dão relativamente menos trabalho (não havendo o factor "ida à rua", as crianças podem ajudar a tratar). São extremamente asseados (se bem educados a ir à "casinha") e defendem o seu espaço da invasão de "intrusos" (seja esse espaço a área da casa ou o colo do dono). Pondere na aquisição de um "bichano" (macho ou fêmea - é só pensar qual a percentagem quer desequilibrar aí em casa - homens ou mulheres... :)
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De Joao a 16.05.2014 às 16:08

E se ainda houver indecisão entre cão e gato, há uma loja em Moscavide (junto à entrada do Metro) com o melhor reclame para resolver o caso: Banhos e Tosquias "e o seu cão fica um gato" :D

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