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Já que muita gente partilhou a sua opinião sobre a sesta neste post, aproveito para vos contar a minha experiência. No infantário dos meus filhos a sesta é obrigatória até aos seis anos de idade, em parte por razões fisiológicas (faz bem aos putos), em parte por razões logísticas (o infantário é pequeno e se uma ou duas salas não tivessem a rotina do repouso seria uma barulheira e o caos em todo o lado).
Tal como muitos leitores, eu também tenho a perfeita noção de que os miúdos têm ritmos biológicos diferentes. Uns precisam de dormir mais, outros menos. Por exemplo, a sesta nunca foi um problema para o Tomás, mas quando o Gui tinha cinco/ seis anos já não precisava de dormir assim tanto à tarde - e o dormir muito à tarde fazia com que ele não dormisse à noite tanto quanto eu achava que ele deveria dormir.
Não sei se um infantário ter salas de repouso para quem precisa de sesta e salas de brincadeira para quem não precisa seria uma grande solução - pela simples razão de que os miúdos se copiam uns aos outros, e seria difícil ao fim de pouco tempo a sala de repouso não ficar às moscas. Os miúdos nunca querem dormir. Mas acho, sem dúvida, importante que os tempos de repouso sejam apropriados a cada uma das idades. Enquanto a minha filha Rita às vezes ainda lhe enfia com três horas de sesta à tarde, provavelmente ao Gui chegaria meia hora de repouso aos cinco anos - até para depois fazer a transição para a escola.
Mas percebo perfeitamente que as limitações físicas de infantários que vão dos seis meses aos seis anos torne esta minha teoria de muito difícil execução. Cheguei a conhecer pais que tiraram as crianças de lá por causa do tema da sesta. Só que um infantário é muito mais do que isso - e também precisamos de compreender a lógica com que o outro lado organiza as suas rotinas, tendo em conta o espaço físico em que as crianças se movem.