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A Patrícia C. está a cobrar-me o texto sobre o "overscheduling" - chamemos-lhe sobrecarga de horário - que eu ontem tinha prometido neste post. Peço imensa desculpa, mas vou ter de empurrar essa prosa para amanhã - agora preciso de ir escrever o texto do Público, que o PD4 não me paga as contas.
Levanto só uma ponta do véu, que de certa forma a Patrícia já intui: a questão da sobrecarga está a procupar-me um pouco no início deste 5.º ano por causa da Carolina, devido ao estranho balanço entre as coisas que queremos que ela faça e as coisas que ela quer fazer. Mais sobre isso amanhã - para já, fiquem com o comentário da Patrícia C., para o caso de quererem ir opinando:
Oh João, mande lá vir então esse post sobre o overscheduling, faxavor…!
É que, se concordo com tudo no texto e faço parte deste grupo de pessoas (muitas das quais assumo que venham com regularidade ao blogue) manifestamente contra a vaga de perder vida própria em prol dos filhos e sacrificando-se mais que a conta por isso, acho que não se pode dizer "apenas" que se é a favor ou contra esse tal overscheduling - ou sobrecarga do horário, que talvez possa ser uma aproximação de tradução.
Fazê-lo como fim em si mesmo não me parece positivo para ninguém, nem fazê-lo exclusivamente para que os pais tenham espaços de respiração próprios - aí os ATLs, as piscinas, etc. serão depositários de crianças e tenho dúvidas que elas (as crianças) de facto possam tirar o partido que lhes (de novo, às crianças) é devido.
Quando a actividade corresponde a um interesse do miúdo, ou quando os pais consideram que será fundamental para o seu crescimento e vida (por exemplo, a natação, um desporto, ou mesmo o inglês), é uma coisa. Muitas actividades só "porque sim", para fazer uma cruz na lista que inclui desporto, música, linguas, artes, etc. já será outra…
Mas espero o seu post, para ver então como defende a ideia de sobrecarga do horário (sim, é talvez uma tradução enviesada para o meu lado!) :)