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No final da semana passada descobri ao ler o Sol que Manuel Maria Carillho voltou a atacar Bárbara Guimarães através do Correio da Manhã (já falei abundamente do caso aqui, aqui e aqui). A desculpa, desta vez, foi o Dia da Mãe. Declarou o antigo ministro da Cultura ao jornal:
“A opção dela foi de não almoçar nem jantar com os filhos. Preferiu ignorá-los.”
Bárbara Guimarães afirmou ao jornal que viu as crianças no final do dia e que “Dia da Mãe é todos os dias”. É fácil de adivinhar que, sendo um domingo, os filhos calhavam ficar à guarda do pai, e suponho que a mãe tenha preferido manter-se a uma prudente distância. Tendo em conta os antecedentes, não chega a espantar.
Aliás, pelo que se tem visto, tivesse Bárbara feito questão de estar com os filhos nesse dia e o título do Correio da Manhã, em vez de ser "Carrilho diz que Bárbara não quis passar Dia da Mãe com filhos", teria provavelmente sido "Carrilho diz que Bárbara o impediu de ver os filhos no Dia da Mãe". Neste frenesim de lavagem de roupa íntima na praça pública, Carrilho parece sentir necessidade de telefonar regularmente para o Correio da Manhã para informar o povo sobre a mais recente canelada na sua ex-mulher.
Independentemente das justificações de Bárbara Guimarães, a actuação de Manuel Maria Carrilho em todo este processo nunca, mas nunca, vem acompanhado de um pingo de sensibilidade para com as crianças de quem diz tanto gostar. Carrilho está indignado por os seus filhos não terem estado mais tempo com a mãe no Dia da Mãe, e tão preocupado está com o seu sofrimento que vem insinuar novamente para os jornais que a mulher com quem eles vivem a maior parte do tempo não cumpre os deveres parentais. O amor pelos seus filhos pode ser grande, mas muito maior é o amor que ele tem pelo seu ego ferido.
A incapacidade de colocar o bem-estar das crianças à frente do ódio pelo ex-marido ou pela ex-mulher é a maior das tragédias num processo de divórcio. E, nesse aspecto, não dá para virar a cara a esta separação na praça pública: ela é um manual acerca de tudo aquilo que não deve acontecer quando o casamento de duas pessoas termina.
Tendo em conta que dediquei abundante atenção neste blogue ao conflito de Manuel Maria Carrilho com Bárbara Guimarães (posts aqui, aqui e aqui), queria chamar a atenção para esta última notícia sobre o caso. O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, perante as suspeitas de violência doméstica, proibiu Carrilho de contactar a sua mulher e de se aproximar da sua residência.
Desculpem voltar ao tema Carrilho/Bárbara, sobretudo depois de já vos ter chateado com isto duas vezes (aqui e aqui). É que embora a saga já não esteja a animar tantas conversas de café, a mim continua a supreender-me - e a surpreender-me ao ponto de até ter comprado a Lux desta semana.
Não por causa da chamada maior da capa (mais uma acusação imprópria de Carrilho, neste caso afirmando que os filhos "foram sujeitos a uma lavagem cerebral"), mas por causa de um suposto "exclusivo", que garantia mostrar "todo o fim de semana de Carrilho com os filhos após o divórcio de Bárbara".
Eu li aquilo e pensei: "Exclusivo do fim-de-semana? Então mas o homem andou com um fotógrafo atrás no primeiro par de dias em que ficou sozinho com os filhos?" Sim, pelos vistos andou: há fotos de Manuel Maria, Dinis e Carlota num café à porta de casa; fotos de Manuel Maria, Dinis e Carlota a passear à beira-rio; fotos de Manuel Maria, Dinis e Carlota a almoçar; fotos de Manuel Maria, Dinis e Carlota na Avenida de Roma.
Obviamente, não me é possível garantir que aquilo foi combinado entre Carrilho e a revista (embora tudo aponte para que sim), mas ainda que não tivesse sido combinado, foi certamente consentido. Até porque Carrilho corrobora o trabalho com um longa entrevista à jornalista Natália Ribeiro, onde dá pormenores do divórcio e volta a atirar-se a Bárbara Guimarães.
Ora, porque é que tudo isto me dá a volta à tripa, e porque é que me parece tão importante eu continuar aqui a sublinhar a diferença de comportamentos de um e de outro num caso que tem sido exposto na praça pública? Por duas ordens de razões:
1. Primeiro, porque Manuel Maria Carrilho está a querer destruir a carreira de Bárbara Guimarães. Não há outra justificação para o seu comportamento. O que é que leva um professor universitário, um ex-ministro e um destacado filósofo português a expor-se desta forma em revistas cor-de-rosa? Porque se presta ele a entrevistas atrás de entrevistas a um tipo de comunicação social que nada tem a ver com ele nem com o seu trabalho intelectual, que pertence a um outro mundo, a um outro planeta, cuja superficialidade mediática ele próprio já criticou bastas vezes?
Só há uma resposta para esta pergunta: Carrilho ataca Bárbara Guimarães em revistas que não são frequentadas pelo seu público, mas que são frequentadas pelo público dela. Ele perde alguma coisa, mas ela perde muito mais, e por isso Carrilho acha que ganha no somatório de perdas. Carrilho terá feito as contas na sua cabeça, e concluído que entre o prejuízo que aquilo lhe traz a si e aquele que provoca à sua ex-mulher, a coisa compensa no seu planozinho de vingança.
E é por isso que eu, que pertenço mais ao público de Carrilho do que de Bárbara Guimarães, faço questão de estar aqui novamente a denunciar este seu comportamento. A sua atitude é uma vergonha desde o princípio e continua a sê-lo semanas depois, quando as cabeças já deveriam ter esfriado. Mas, pelos vistos, a cabeça de Manuel Maria nunca esfria. Vive em permanente estado de ebulição trauliteira.
2. E como vive em permanente estado de ebulição trauliteira, vai de repetir acusações a Bárbara Guimarães: "completamente tresloucada", com "um comportamento completamente alucinado", "alcoólica", que "não sabe o que é educar". Mas se Carrilho se limitasse a renovar as acusações em relação à mãe dos seus filhos, não haveria aqui qualquer novidade. Aquilo que mais me impressionou na entrevista, e a razão essencial deste segundo ponto e de eu voltar a este assunto, foi o que o caro filósofo disse sobre os seus filhos.
Carrilho diz que sentiu os filhos "ansiosos", que estiveram "sequestrados" durante três semanas, que foram "sujeitos a uma lavagem ao cérebro", que não está descansado por Bárbara Guimarães estar a cuidar deles, que está "inquieto com a educação" dos filhos, que está "muito preocupado com o seu futuro", que o que "a Bárbara fez é criminoso", que os filhos não deveriam viver "com pessoas de comportamentos instáveis e previsíveis".
Certo. OK. Tudo bem. Vamos por um momento admitir que tudo isto é verdadeiro até à última sílaba. Mas então, a ser absolutamente verdade, que tipo de pai é que, diante desta paisagem de apocalipse emocional, aceita um acordo de divórcio em que abdica da custódia dos filhos e fica com o direito de os ver apenas uma tarde por semana (das 16 horas até à hora de deitar) e estar com eles um fim-de-semana de 15 em 15 dias?
Manuel Maria Carrilho acha que os filhos estão a habitar uma casa de doidos e à beira do descalabro, mas em vez de ir lutar por eles para tribunal, para lhes dar uma educação equilibrada, ponderada e cheia dos melhores valores, deixa-os entregues a uma mãe alcoólica, que não faz ideia do que é educar, e aceita um acesso limitadíssimo aos filhos, mais limitado do que provavelmente conseguiria num divórcio litigioso, mesmo que este lhe corresse mal.
Portanto, não há volta a dar: ou Carrilho é um grande mentiroso, ou é um péssimo pai, ou é as duas coisas em simultâneo. E só lamento que a jornalista da Lux não lhe tenha feito a pergunta obrigatória, a única que se impunha, depois de ter escutado mais aquele chorrilho de queixas e indignações: "Mas ó senhor professor, se a situação actual dos seus filhos é assim tão má, porque é que abdicou de lutar por eles?" Adoraria ouvir a resposta.
Deixem-me voltar ao tema da Bárbara Guimarães do Manuel Maria Carrilho, porque ele me interessa triplamente: como jornalista, como pai e marido, e como simples cidadão. Nos comentários ao post anterior, a leitora que assina como Infinitiva (01.11.2013 às 00:42) colocou a questão de uma forma com a qual concordo em absoluto:
Vamos a ver: se apresentaram uma queixa por violência doméstica, essa vai ser investigada e a justiça determinará se é justificada ou não. A violência doméstica é um CRIME, e denunciá-la a quem de direito não é nem pode ser considerada "tornar a coisa pública" [NR: um leitor anterior criticava Bárbara Guimarães por ter sido a primeira a falar nisso]. Aliás, é um crime público - "o que significa que o procedimento criminal não está dependente de queixa por parte da vítima, bastando uma denúncia ou o conhecimento do crime, para que o Ministério Público promova o processo."
Sugerir que uma vítima de violência doméstica devia "esconder" a situação, não a "denunciando", para "defender os filhos" é contribuir para que o problema da violência doméstica não seja resolvido, é contribuir para a perpetuação da vergonha, do estigma, do preconceito.
Este caso levanta questões muito complexas, e ainda ontem escrevi um texto no jornal Público (o link fica aqui, mas o espaço de opinião é fechado, por isso é preciso pagar para ler) criticando a opção por não noticiar o caso. A direcção do jornal entende que uma queixa à polícia não é suficiente para justificar aquilo que é, manifestamente, uma violenta invasão da vida privada do casal. É um bom argumento, e um argumento respeitável (com o qual, aliás, concordaram a maior parte dos leitores que me escreveram, discordando de mim e concordando com a opção do jornal), só que este é um daqueles casos em que não há boas soluções. E não havendo boas soluções, e sendo uma questão que foi publicamente comentada por duas pessoas maiores de idade, acho que é dever dos media noticiá-la.
Se volto ao assunto é por vários leitores deste blogue identificarem as notícias acerca do tema - e por extensão o seu debate na esfera pública - como um "descer muito baixo", ou então reagirem com o clássico "mas o país não tem nada melhor para discutir?". Bom, suponho que haja sempre melhores coisas para discutir, mas o meu ponto é que esta é uma discussão muito importante.
O meu argumento é este: a entrada de uma queixa na polícia sobre violência doméstica dizendo respeito a uma figura pública e a um ex-político é notícia, da mesma forma que seria notícia se alguém apresentasse uma queixa na PJ contra Manuel Maria Carrilho por corrupção. Ambos são crimes públicos. O que há a fazer, nesse caso, é ouvir a outra parte, para que ela se possa defender.
No caso em apreço, surgiu um problema concreto: a outra parte (Manuel Maria Carrilho) respondeu de forma completamente descabelada à acusação, invadindo a esfera mais íntima de Bárbara Guimarães. O que fazer neste caso? A meu ver, noticiar. Não se pode ignorar as palavras de uma das partes, ainda que os media possam indirectamente servir de meio para efectuar uma vingança e tal possa vir a penalizar - como penalizou - Bárbara Guimarães, que se efectivamente tiver razão na sua queixa de violência doméstica é, assim, duplamente agredida.
É uma boa opção? Não é que seja uma boa opção. Mas é, na minha opinião, a melhor das más opções. É que não me parece haver forma de a opção pelo silêncio não ser encarada como uma defesa do "isso é lá com eles", ou do "isto é demasiado sujo para nós metermos as mãos". A meu ver, a questão da violência doméstica nunca deve ser encarada como "isso é um problema deles, eles que resolvam em família ou na pacatez da esquadra da polícia". Esta posição tem como consequência dar força ao algoz e enfraquecer a vítima.
Pode esta ser uma falsa acusação de Bárbara Guimarães? Pode, claro. Mas teoricamente tudo pode ser uma falsa acusação. Quantas notícias não deram em nada? Quantas acusações de corrupção morreram nos tribunais? Para aí 99%? E é por isso que os media não as noticiam? Não, os media continuam a noticiar, a correrem o risco de serem injustos, porque é esse o seu trabalho. Enquanto jornalistas temos a obrigação de ser o mais responsáveis possíveis, com certeza, daí a regra de se ouvir sempre as duas partes, de se estar na posse, sempre que possível, de informação fundamentada, mas obviamente que os media não se substituem aos tribunais na atribuição de culpas.
A mediatização é um processo muito complexo, porque não é nunca possível controlar todos os seus efeitos. Mas também não é, de todo, óbvio, que Bárbara Guimarães, Manuel Maria Carrilho e respectivos filhos estejam todos eles pior hoje do que estavam há 15 dias, quando nada disto se sabia. E se nós vivemos num país onde a violência doméstica é um problema gigantesco, acho desadequado virarmos a cara para o lado quando a sordidez de um caso específico nos atinge directamente na cara.
Sim, não há quaisquer dúvidas que o caso é sórdido de mais. Mas qual é a melhor opção? Indignarmo-nos com as abstracções dos números e das estatísticas da violência doméstica (meu Deus, tantas agressões!) e fecharmos os olhos a um caso concreto quando ele nos entra pela casa dentro?
Eu sei que isto acaba invariavelmente no voyeurismo, nos abusos dos tablóides, nas perguntas à frente dos filhos sobre as alegadas tentativas de violação da mãe. Mas o caminho alternativo não é, nem pode ser, a não-notícia ou o não-comentário. É a investigação, é a reportagem, é o debate, é o cruzamento de opiniões, é a tentativa de saber mais, na medida em que estamos a falar de uma questão importantíssima e de um problema que, emanando da esfera privada, é da sociedade como um todo. E um problema que a sociedade deve ter a coragem de enfrentar, analisar, ponderar e combater. Mas nunca silenciar.
Diante de casos como o de Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho há muita gente que torce o nariz e diz: "isto é vida privada". Sim, é vida privada, só que neste momento há queixas na polícia (a própria violência doméstica é um crime público, o que significa que a denúncia pode ser apresentada por qualquer pessoa e a vítima não tem direito a retirar a queixa, mesmo que queira), há comunicados de imprensa, há entrevistas a jornais, e a consequência de tudo isso é o inevitável circo montado em torno da família.
Além disso, a linha entre vida pública e vida privada sempre foi bastante maleável no caso de Bárbara e Manuel Maria. Se bem se recordam, nos tempos em que Manuel Maria Carrilho tentava conquistar a câmara de Lisboa, ele não teve qualquer pudor em utilizar a imagem da família e do (então único) filho para carregar no glamour e procurar ganhar as eleições.
Ainda assim, e como é bastante visível, a linha entre vida pública e vida privada não é, para mim, nenhuma vaca sagrada - basta olhar para este blogue, onde passo o tempo todo a falar dos filhos e da mulher. Donde, posso eu ter alguma coisa a dizer sobre aquilo que se está a passar? Na verdade, diria imodestamente que sim, porque há formas muito diferentes de fazer as coisas - e é porque as coisas estão a ser tão horrorosamente feitas neste caso que ninguém neste momento fala de outra coisa em Portugal.
Eu sou perfeitamente a favor de dar visibilidade aos filhos e à família, e de eles terem um papel de relevo em termos públicos. Numa época em que cada vez menos gente tem filhos, e em que ser mãe, mas sobretudo ser pai, parece ter-se transformado numa actividade semi-underground, na medida em que os homens com intervenção pública respeitável (chamemos-lhe assim) praticamente não falam da paternidade por ser "vida privada", eu faço absoluta questão de falar dela - porque gosto e porque acho que é preciso.
Ter filhos, constituir família, e falar das suas alegrias e dificuldades não tem de ser um feudo de revistas pirosas. E o que eu sempre tentei, assim que comecei a escrever sobre esta coisa de ser pai e marido, foi encontrar um caminho alternativo (ambição não me falta, como vêem) de dar visibilidade aos filhos e ao amor de uma família sem ser em tons cor-de-rosa foleiros.
Contudo, é absolutamente necessário traçar a linha entre aquilo que é vida privada, e que no meu caso não tenho nenhum problema em tornar pública (pelo contrário, até o faço com orgulho), e aquilo que é vida íntima e deve ser cuidadosamente preservada.
O que é que isto tem a ver com Bárbara e Manuel Maria? Tem tudo. Porque o problema deste caso não está na invasão da vida privada mas na forma desbragada como Manuel Maria Carilho decidiu trespassar a vida íntima da família. Mesmo deixando de lado a questão da violência doméstica, da qual eu não faço ideia se é culpado ou inocente, ainda que Joana Varela (a sua primeira mulher) já tenha vindo publicamente solidarizar-se com Bárbara Guimarães, de uma coisa eu sei que ele é culpado, porque o vi com os meus olhos - das declarações inacreditáveis que fez sobre a sua mulher e a sua família.
Até pode ser que Bárbara Guimarães tome dezenas de comprimidos por dia, esteja traumatizada com a chegada dos 40, se tenha enchido de silicone e botox, consuma uma garrafeira diariamente e tenha sido vítima de tentativas de violação. Nada disto seria novo, acontece todos os dias com milhares de mulheres no mundo inteiro, está em muitos livros e em muitos filmes. O que é inacreditável é Manuel Maria Carrilho vir para a praça pública dizê-lo, apregoá-lo em voz alta, disparando sobre tudo o que mexe, num imparável frenesim vingativo.
Ainda que ele estivesse a ser injustamente acusado, fosse um homem encantador e a sua mulher tivesse enlouquecido, Manuel Maria Carrilho parece ter-se esquecido de dois pequenos detalhes - os seus dois filhos. Mesmo que tudo aquilo que ele diz sobre Bárbara Guimarães fosse absolutamente verdade (e tenho algumas dúvidas), os seus dois filhos não podiam ser expostos a acusações daquele calibre sobre a mãe que cuida deles e com quem vivem.
É por isso que a inacreditável frase da jornalista da Correio da Manhã TV nesta peça, dita à frente de um filho de nove anos - "o seu marido diz que o seu ex-padastro a tentava violar" -, não deveria só encher de vergonha a jornalista e o canal que a transmite, mas sim, e em primeiro lugar, o homem que possibilitou que essa pergunta fosse feita. E esse homem foi Manuel Maria Carrilho. É ele o autor da pergunta.
Que esse homem seja, ao mesmo tempo, um sofisticado intelectual e um homem cultíssimo apenas demonstra, para nosso desconsolo, aquilo que já sabíamos desde Auschwitz - a cultura de nada serve quando faltam valores essenciais.
Bárbara Guimarães respondeu simplesmente à jornalista da CM TV: "Tenho aqui os meus filhos, por favor." E eu estarei sempre do lado de quem dá essa resposta. Independentemente do número de copos que beba à noite.