Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Os conhecimentos geográficos de alguns leitores nunca deixam de me espantar. A propósito da resposta a esta questão, a Rita acertou na mouche, com impecável rigor:
Posto de vigia florestal na Serra das Talhadas, junto ao Chão do Galego.
É mesmo isso. Para quem não sabe, o Chão do Galego fica ao pé dos Montes da Senhora, onde a Teresa foi criada, que por sua vez faz parte do concelho de Proença-a-Nova, distrito de Castelo Branco.
A vista do posto florestal das Talhadas é incrível. No dia em que lá fomos conseguia-se ver a Torre, na Serra da Estrela, que fica a uns bons 100 quilómetros de distância.
Há muito que a Teresa queria subir com os miúdos ao cimo da serra do Chão do Galego, e nestas férias aventurámo-nos a isso, tendo como guia de luxo o meu sogro, que ainda ali guardou muitas ovelhas quando era criança e conhece todos os recantos (incluindo essa espécie de gruta chamada Buraca da Moura, que o JMCF também refere nos comentários).
Levantámo-nos às seis e meia da manhã (sempre uma excitação para os miúdos) e aproveitámos a fresquinha para uma caminhada de uma hora, hora e meia, até lá a cima. A Rita é que teve de ficar em casa com a avó, porque aquilo ainda era um grande esticão para ela.
Foi bem divertido. Uma manhã passada no meio da natureza dá sempre dez a zero ao melhor jogo de iPad.
Aviso já que, ao contrário da excelentíssima esposa, eu não sou fofinho e não atribuo prendas aos vencedores.
Então não se estava mesmo a ver que as embalagens para o molho de soja dos restaurantes japoneses são exactamente iguais às lanchas usadas no Desembarque da Normandia?
Já aqui falámos sobre o interesse que a Segunda Guerra Mundial desperta em todos os membros da família (aqui e aqui, por exemplo), mas o Tomás, em particular, passa a vida a pensar nisso. Ora, há já muito tempo que ele nos pede para lhe arranjarmos um dos barcos usados no dia D (Barco Higgins, baptizado oficialmente de LCVP - Landing Craft Vehicle Personnel). Mas à falta de melhor, e enquanto o barco não chega, resolveu dar corda à imaginação e adoptou as caixinhas do molho de soja para as suas recriações exaustivas do desembarque nas praias da Normandia.
A paixão é tal que até nos tempos livres da escola o Tomás foi enchendo páginas e páginas de desenhos, com paciência de chinês. A sua professora ficou muito impressionada com este desenho em particular, realizado nos 70 anos do desembarque, a 6 de Junho passado. Por isso, acabou por lhe perdoar o pouco rigor na ortografia da legenda que acompanhava o retrato da praia de Omaha.
As soluções propostas pelos leitores deste blogue foram muito imaginativas, e o Gui chamar-lhes-ia um figo se já soubesse ler e viesse aqui tirar ideias para as ditas caixinhas. Mas foi a Storyteller a acertar na mouche - e como prémio gostaria imenso de lhe enviar uma caixinha de molho de soja cheia de soldadinhos ansiosos por desembarcar na sua sala. Esperemos que tenha lá por casa algum Tomás para brincar com ela. Aguardamos a morada no nosso mail.
De cada vez que vamos comprar comida a um restaurante japonês (e nós somos verdadeiros adeptos de comida japonesa), os nossos miúdos tentam sempre arrebatar uns quantos recipientes de molho de soja, para depois trazerem para casa.
Independentemente das múltiplas vantagens da utilização do shoyu (o mais utilizado dos molhos de soja), nós habituámo-nos a não o consumir, já que, entre outras coisas, o seu conteúdo em sal é proibitivo para hipertensos e desaconselhável para crianças e pessoas a caminhar para o envelhecimento dos seus vasos sanguíneos (que é o caso dos cotas da casa).
O passatempo sobre os Mendonça Tavares de hoje é descobrirem para que é que os Mendonçasinhos Tavaresinhos se esforçam tanto por acumular em casa pilhas de coisas destas (sem a soja):
É só para relembrar as famílias mais atrasadas que se quiserem participar no passatempo que vai distribuir gratuitamente cinco exemplares do livro A Arca de Não É... ou o guia dos animais que poderiam ter existido têm apenas mais dois dias para o fazer (todos os pormenores aqui). Aceitam-se cruzamentos de animais para o mail paisdequatro@gmail.com até às 23.59 do próximo dia 7, quinta-feira.
Para o caso de estarem necessitados de inspiração, coloco aqui, com a devida vénia, um exemplo de um dos primeiros concorrentes: o Joali (ou seja, um cruzamento de joaninha com javali) da filha Rita e da mãe Andreia:
Atenção, atenção, para recordar os mais esquecidos: temos um grande passatempo a decorrer neste blogue que dará direito a distribuir cinco exemplares do livro A Arca de Não É... ou o guia dos animais que poderiam ter existido pelos melhores autores de desenhos de animais imaginários, feitos a partir de dois animais reais. Parece-me uma boa proposta para entreter os miúdos no fim-de-semana, enquanto os pais namoram, vêem televisão ou bebem para esquecer as agruras da vida. Todos os pormenores aqui.