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A jóia da nossa família

por Teresa Mendonça, em 20.02.14

Quando era pequenina lembro-me de vibrar com a descrição feita pela minha mãe do nascimento de cada um dos seus filhos. Ela contava sempre pormenores que tornavam cada parto num momento especial e único e no qual ficava impresso desde logo a personalidade de cada um de nós, o que sublinhava quão especial e irrepetível é cada criança que nasce. 

 

Eu, por exemplo, vim ao mundo esfomeada e cheia de pressa (a minha mãe diz que parecia que vinha de patins), de tal modo que quando atravessei o canal de parto borrifei de preto o médico e as enfermeiras que o auxiliavam. Ainda hoje não sei bem se o que deu banho àquelas pessoas foi mecónio ou sangue (bleeergh!), devido ao descolamento da placenta que ocorreu antes de eu ter nascido, mas comecei desde logo a tocar a vida das pessoas que me rodeavam... com líquidos biológicos nauseabundos. Este baptismo de sangue parece ter sido premonitório, uma vez que acabei por me especializar em Hematologia Clínica.

 

Todos vibrávamos com estas descrições romanceadas e cada um de nós sabia qual tinha sido o presente que o meu pai havia oferecido à minha mãe no dia do nosso nascimento, e que eventualmente haveria de ser herdado pelo respectivo filho quando fôssemos velhinhos. Geralmente o meu pai escolhia pequenas peças em prata que eram por nós admiradas como se fossem diamantes.

 

Quando comecei a construir a minha família com o João, conhecendo ele bem esta história, transportou esta tradição para nós e a cada nascimento dos nossos filhos ofereceu-me uma peça muito bonita e que passará para cada um deles quando eu já não pertencer a este reino. Mas na sequência de um famigerado assalto, a Carolina acabou por ficar sem a sua prenda correspondente, e eu já há alguns anos que me perguntava sobre como colmatar esta falta. Não queria substituí-la por uma peça qualquer, sem qualquer sentido, e resolvi deixar o tempo passar até que a resposta surgisse. Saber esperar! Uma grande lição de vida.

 

E a resposta surgiu. No mês passado recebemos um presente muito especial e inesperado. A Omnia, uma marca portuguesa de joalharia, resolveu oferecer-nos uma peça em prata representando a nossa família.

 

 

Qual seria a probabilidade de uma joalharia se lembrar de oferecer ao Pais de Quatro uma peça personalizada em prata (como as que o meu pai oferecia à minha mãe) e representando a nossa família, quando eu esperava há anos por encontrar uma peça simbólica para substituir a que me foi roubada depois da Carolina nascer? 0,000001%? Mas assim foi.

 

Para que não haja confusões: nós não fazemos posts pagos; não usamos o blogue para fazer publicidade a marcas; e a maior parte de ofertas como esta, que nos chegam via mail, são recusadas. Mas gostamos de partilhar grandes ideias, e esta é uma delas, para mais vinda de uma marca portuguesa que dedicou à família peças cheias de simbolismo (linha Family da colecção My World).

 

Estas peças da Omnia são produzidas manualmente, e portanto podem ser personalizadas a pedido, de acordo com as características da família. Além disso, são bastante acessíveis, o que não é de todo frequente encontrar. Podem, por exemplo, representar uma família com cinco meninas e um menino representando as crianças de acordo com as suas idades; duas meninas gémeas; a mãe grávida e três rapazes; cinco raparigas e três rapazes mais um cão (vão ao pormenor de poder representar as raças dos cães, como no caso de um Teckel que lhes foi pedido); tudo o que couber no espaço de dois centímetros. E custam 39 euros (+12,5€ no caso de pedido especial).

 

 

Todas as peças que estão no site podem ser compradas online ou nos pontos de venda que estão indicados, mas para pedidos especiais deve ser usado o email info@omnia.pt, e neste caso o prazo de entrega ronda uma a duas semanas (nós acabámos de fazer uma encomenda especial para uma família amiga). Para uma ocasião que se quer rechear de simbolismo e marcar com um presente personalizado, é uma alternativa fantástica.

 

Que o digamos nós e em especial a nossa Carolina.

 

publicado às 11:04



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