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Eu coloquei o post que escrevi na sexta-feira sobre a Keira Knightley no Facebook, mas como deixei a foto ir agregada, os zelosos funcionários do senhor Zuckerberg decidiram congelar a minha conta e apagar o respectivo post. Tinha maminhas ao léu, e o Facebook não aprecia maminhas ao léu. Mesmo que sejam as maminhas da Keira Knightley.
Suponho que assim já possa ser:
O problema de apagar fotos de maminhas mais depressa do que o Lucky Luke saca do revólver é que marcha logo tudo - post e comentários incluídos. E, assim, temendo que eu fosse um perigoso pornógrafo, os senhores do Facebook também apagaram um comentário maravilhoso de um leitor sobre a Keira Knightley, que eu queria trazer para aqui.
O comentário dizia qualquer coisa como isto (reproduzo de cor, infelizmente sem a elegância original):
O que eu mais gosto na Keira Knightley é um tique que ela tem, que faz com que o seu lábio inferior desça e a sua boca permaneça sempre entreaberta.
Isto, sim, prende-se com o conteúdo do meu post anterior. Um gajo que repara nisto é um verdadeiro gajo, armado daquela atenção minuciosa que dá origem à mais apurada badalhoquice (no melhor sentido da palavra).
Embora vocês, senhoras, nos tenham em bastante má conta, e achem que o macho ibérico só pensa no truca-truca, a verdade é que nós, homens, somos seres sensíveis e cheios de subtilezas. Por isso, apreciamos - e celebramos - toda a maravilhosa variedade presente na espécie feminina.
Reparem: isto não é dizer que é tudo igual, e que nos é indiferente uma mulher ser gorda, magra ou assim-assim. Nem é dizer que não existe uma ideia de beleza feminina ou masculina, porque ela existe, pelo menos desde o tempo em que os gregos produziam senhoras como esta (mas com bracinhos):
Agora, entre a beleza clássica (ou o actual 86-60-86) e aquilo que para nós, gajos, é "sexy", vai um mundo de diferenças. E é essa riqueza de imaginário que realmente importa nos jogos de sedução entre homens e mulheres - coisa que estas conversas um pouco deprimentes sobre massa corporal parecem por vezes esquecer.
Como dizia sabiamente uma alegada psicóloga que adornava o final dos episódios da Playboy que a SIC transmitia nos anos 90:
A zona mais erógena do nosso corpo é o cérebro.
Sábias palavras.
Vai a família pela rua, os pais e as meninas mais atrás, os dois rapazes lá mais para a frente, quando de repente o Gui começa a chorar:
- [Choradeira]
- O que é que se passa, Gui?
- [Continua a choradeira]
- Acalma-te, Gui, o que é que se passa?
- Foi o Tomás! [Mais um bocadinho de choradeira]
- O que é que o Tomás te fez?
- O Tomás está sempre a dizer que eu sou sexy!
E pronto, são assim os meus dias. Os meus filhos n.º 2 e n.º 3 acham que "ser sexy" é um insulto. Dá Deus nozes a quem não tem dentes.