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A minha amiga Inês Cardoso enviou-me um link provocador da revista Visão, a propósito de um estudo levado a cabo pela Universidade do Minho, onde se conclui que a a conexão emocional de um pai com um recém-nascido é mais rápida do que a conexão emocional da mãe. Ora leiam:
As dores do parto podem interferir na "disponibilidade" da mãe para se ligar afectivamente ao bebé, pelo que são os pais quem, com maior frequência, sentem "amor à primeira vista" pelo filho recém-nascido.
Num comunicado enviado hoje à agência Lusa, a academia minhota explica que o estudo "Mães e Pais - Envolvimento Emocional com o Bebé", de uma investigadora da Escola de Psicologia daquela universidade, Bárbara Figueiredo, contraria crenças populares ao defender que o "amor" da mãe com o filho "nem sempre é instantâneo".
Segundo Bárbara Figueiredo, cujo trabalho envolveu mil progenitores, "a reação de amor imediato é, de facto, mais comum nos homens do que nas mulheres".
A acreditar no estudo, e tendo em conta a minha experiência de pai de quatro, sou obrigado a concluir aquilo de que sempre desconfiei e do qual alguns colegas de trabalho já me chegaram a acusar: eu sou uma gaja.
O que não tem mal, não implica uma mudança drástica na minha vida, pois posso perfeitamente continuar heterossexual, na medida em que a minha mulher é um gajo.
Cá eu, conexão emocional com bebés é pouco mais do que zero. Amor à primeira vista com recém-nascidos, nunca me aconteceu. Já a excelentíssima esposa é só festinhas e embevecimento.
Portanto, resta-me agradecer à Universidade do Minho por me ter ajudado a finalmente sair do armário. Muito obrigado.