Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O post da Teresa sobre a pista de esqui na sala, escrito apenas para me causar ciúmes e para que eu saiba o que ando a perder (claro que eu tenho tratado de me vingar), colocou-me de novo diante do facto consumado de que os sacanas dos miúdos parecem divertir-se sempre mais quando eu não estou por perto. Até a excelentíssima esposa aposta em caprichar nestas ausências, não sei se para compensar a falta do pai, deitando mão a doses extra de paciência e disponibilidade para aturar as criancinhas e lhes fazer as suas vontades.
Juro que não me lembro de algum dia ter regressado de viagem e de repente ter diante de mim os miúdos macambúzios, suspirando pelo tempo que eu estive ausente. Nope. Nada disso. Eles têm sempre 47 coisas para contar, 46 das quais provavelmente não teriam feito se eu estivesse presente. Já se fosse ao contrário, e a Teresa estivesse três dias fora, o meu humor por esta altura andaria pela hora da morte. Para a rapaziada lá de casa, contudo, mini-férias de pai são festa da grossa. As três elas e os dois eles andam todos felizes da vida quando falam comigo ao telefone, muito enérgicos e bem-dispostos.
A triste verdade, caros senhores, é esta: nós precisamos muito mais delas do que elas precisam de nós. Se calhar vou ficar pela Madeira mais uns dias.